segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Espanha

Cabeça de chave nas últimas três edições da Copa do Mundo, a Espanha sempre decepcionou o mundo da bola quando o assunto é mundial. A exceção talvez tenha sido em 2002, quando foi eliminada pela Coreia do Sul nas quartas-de-final após dois erros absurdos da arbitragem, que invalidou dois gols da fúria. Mas a tradição de revelar bons jogadores para o futebol mundial se equivale a tradição de decepcionar seus torcedores de quatro em quatro anos. Para tentar romper esta escrita, o país que tem como melhor posição em Copas do Mundo em quarto lugar em 1950, conta com a melhor geração de sua história.

O título europeu de 2008 mostrou a capacidade da seleção que hoje é comandada por Vicente del Bosque. A Espanha não tomou conhecimento de seus adversários e só foi ameaçada nas quartas-de-final, quando derrotou a Itália nos pênaltis. Jogando o futebol mais bonito do mundo, os espanhóis transformaram o talento que sempre tiveram em eficiência. Jogadores como Xavi (Barcelona), Iniesta (Barcelona), David Villa (Valência) e Fernando Torres (Liverpool) são capazes de derrotar qualquer seleção mundial. O time é tão bom, que Fabregas, um dos grandes meias do futebol mundial, é reserva na fúria.

Mais do que nunca a pressão por uma boa Copa do Mundo vai ser muito grande em cima dos espanhóis. Tropeçar no próprio salto pode ser um perigo para a equipe, mas nesse sentido, a Copa das Confederações foi muito útil. Depois de atropelar as fracas seleções da África do Sul, Nova Zelândia e Iraque, a Espanha perdeu de 2 a 0 para os Estados Unidos na semifinal, configurando um dos maiores vexames de 2009. Mas o tropeço pode ser benéfico, já que o time tomou o susto que precisava antes da Copa e provavelmente não vai menosprezar nenhum adversário.

O contrário aconteceu com a seleção brasileira na última Copa. Depois de vencer tudo entre 2002 e 2005 (inclusive a Copa das Confederações), o Brasil caiu nas quartas-de-final. Alguns jogadores não acordaram nem a ponto de ver o show de Zidane. A Espanha parece precavida em relação a isso, mas enquanto o título não vier, a pressão será muito grande. Uma ajuda pode vir no sorteio dos grupos, que acontece no dia 4 de dezembro. Nas últimas duas Copas do Mundo, os espanhóis pegaram adversários muito fracos na primeira fase. Nenhuma seleção pôde exigir muito do time, que só "estreou" na segunda fase. Claro que cair em um grupo da morte não é o que ninguém quer, mas é bom enfrentar times minimamente razoáveis na fase de grupos.

O entrosamento entre os jogadores é talvez a grande qualidade da Espanha. Sabemos que não basta ter apenas talento, mas sim formar um time. E nesse aspecto, o time espanhol parece que atua junto toda semana em algum campeonato nacional. As jogadas saem naturalmente e o toque de bola rápido e preciso envolve o adversário. A defesa não é ruim. No gol, Casillas vai para sua terceira Copa do Mundo. Na zaga, o experiente Puyol tem a companhia do jovem Piquet, que é bom nas bolas aéreas. Na lateral-direita, o zagueiro de origem Sérgio Ramos se adaptou bem. E na cabeça-de-área, o brasileiro naturalizado Marcos Senna encaixou como uma luva. A lateral-esquerda, que hoje é ocupada por Capdevila é o ponto fraco.

A Espanha fez uma campanha irretocável nas Eliminatórias, vencendo suas dez partidas. Recentemente, a seleção recuperou o primeiro lugar no ranking da FIFA, que pertencia ao Brasil. Os espanhóis precisam ter equilíbrio caso estejam atrás no placar, o que não aconteceu nas semifinais da Copa das Confederações contra os Estados Unidos. Caso mantenham a cabeça no lugar, a Espanha tem grandes chances de conquistar o título mundial.



Jogadores da Espanha comemorando o título europeu em 2008.


sábado, 28 de novembro de 2009

Portugal


Portugal estará na Copa pela quinta vez em sua história. Os portugueses nossos “patrícios” só obtiveram sucesso em mundiais quando tiveram a presença de brasileiros no comando. Foi assim na primeira participação lusitana em Copas do Mundo na Inglaterra – 1966, quando o brasileiro Otto Glória era o comandante da seleção de Portugal e apresentou ao mundo o “Pantera Negra”, apelido do moçambicano e português Eusébio. Na terra da rainha Portugal ficou com a terceira colocação, melhor dos portugueses na história.

Quarenta anos depois, na Copa da Alemanha, a seleção portuguesa dirigida por outro brasileiro, Luiz Felipe Scolari, conseguiu mais uma boa campanha chegando ao quarto lugar. Na campanha de Scolari em 2006, os portugueses conseguiram importantes vitórias contra Inglaterra e Holanda.

As outras duas participações de Portugal foram em 1986 no México e em 2002 na Coreia e Japão.

E quase que a seleção do atual melhor jogador do mundo fica de fora da Copa na África do Sul. Os portugueses precisaram disputar a repescagem contra a boa seleção da Bósnia e Herzegovina.

Na fase de grupos Portugal ficou na segunda posição do grupo que contava com Dinamarca (1º lugar), Suécia, Hungria, Albânia e Malta. Os portugueses somaram 19 pontos, sendo 5 vitórias, 4 empates e uma derrota. O ataque anotou 17 gols e a defesa sofreu 5. Na repescagem duas vitórias por 1 – 0 sobre a Bósnia e o passaporte carimbado.


Torcida lusa comemora classificação


A seleção portuguesa é treinada por Carlos Queiroz, e conta com bons jogadores, entre eles o melhor do mundo na atualidade, o atacante do Real Madri (ESP) e um dos postulantes de imediato a craque da Copa.

No gol o nome para ser titular é o de Eduardo do Braga (POR), que tem como reserva o ótimo Hilário do Chelsea (ING). Na linha defensiva os nomes são o do brasileiro naturalizado português Pepe, e Ricardo Carvalho. No meio campo além de C.Ronaldo, ainda tem bons jogadores como Deco, Nani e Tiago.
O ataque conta com Simão, Hugo Almeida e mais um brasileiro naturalizado português, Liédson.


Ex-Corinthians, Liédson tem chance de ir à Copa por Portugal

Palpite: Os portugueses têm chance de fazer bonito na Copa, chegando entre as 8 melhores do mundo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Uruguai

Assim que entrar em campo em solos africanos no ano que vem, a seleção do Uruguai já terá que quebrar um longo tabu: a celeste olímpica vai completar 20 anos sem vencer uma partida de Copa do Mundo. A última vitória do país em mundiais foi no dia 21 de junho de 1990, quando derrotou a Coreia do Sul por 1 a 0 no último jogo da primeira fase. Mas depois disso foram apenas quatro jogos em Copas, um no próprio ano de 1990, quando foi eliminado nas oitavas-de-final, e outros três em 2002, quando foi eliminado na primeira fase.

Portanto, além de vencer um jogo de Copa do Mundo, a seleção uruguaia busca a partir de 2010 ser figurinha constante em mundiais. A última participação convincente dos sul-americanos foi em 1970, no México, quando terminaram na quarta colocação. Mas mesmo sem convencer há décadas, a celeste olímpica, com toda sua mística, tradição e história, merece o respeito de seus adversários. O Uruguai ainda é capaz de vencer jogos na base de sua típica catimba, provocação e dos tumultos provocados propositalmente quando a situação parece não caminhar de forma favorável aos uruguaios.

O melhor e mais recente exemplo aconteceu na repescagem para o mundial contra a Costa Rica. Depois de vencer o primeiro jogo fora de casa por 1 a 0, o Uruguai abriu o placar no estádio centenário com Abreu, já no segundo tempo. Pouco tempo depois, os costarriquenhos empataram com Centeno. Então, um grupo de jornalistas do país provocou integrantes do banco de reservas adversário e um tumulto se iniciou. Baixada a poeira, o Uruguai controlou o jogo e se classificou, mesmo após Saborio perder mais uma boa chance para a Costa Rica.

Na África do Sul, devido a grande organização do evento, jornalistas uruguaios não poderão novamente interferir. Mas quem disse que a turma comandada por Diego Lugano precisa disto? Eles são capazes de infernizar os adversários no aspecto psicológico se a dificuldade da partida exigir. Porém, catimba não ganha Copa do Mundo e pode nem ser suficiente para uma classificação à segunda fase. O Uruguai conta com uma boa geração de jogadores o que já não se via há alguns anos. Mas grandes atacantes como Diego Forlan e o jovem Luís Suárez ainda não conseguiram um bom entrosamento, embora sejam jogadores de talento indiscutível.

O técnico Oscar Tabárez pode levar seus comandados às oitavas-de-final em 2010. Talvez falar em sorte no sorteio dos grupos para a Copa não seja o ideal, já que o Uruguai costuma tropeçar em ocasiões improváveis. Para enfrentá-lo, é preciso aproveitar os momentos de afobação que esta seleção passa durante a maioria das partidas, bem como arriscar chutes de longa distância, já que todos os goleiros testados recentemente não passaram confiança. Mas o país que desrespeitar os uruguaios vai se dar mal. Afinal de contas, não é qualquer seleção que já conquistou duas Copas do Mundo, duas Olimpíadas, 14 Copas América, um Mundialito, uma edição dos Jogos Pan-Americanos... conquistas que não acabam mais.



A celeste uruguaia é a maior craque do time. Esta camisa ganha jogo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Grécia


A Grécia vive ainda hoje da conquista da Eurocopa 2004, isso é um fato. E a mesma Grécia decepcionou muito ao não conseguir se classificar para a Copa do Mundo da Alemanha em 2006. Ainda mais por que a história grega em Copas do Mundo não é lá das mais agradáveis. Os gregos disputaram apenas o Mundial de 1994 e foram eliminados na primeira fase com três derrotas, 10 gols sofridos e nenhum gol marcado. Um deles foi um gol especial, pois foi o último gol de Maradona pela seleção argentina, na ocasião a Grécia tomou de 4 a 0, os outros três gols foram marcados por Gabriel Batistuta.

Mas a seleção grega quer tirar essa impressão de ser a equipe da Euro-04 e também conseguir algo mais na Copa do Mundo da África do Sul. Para ter essa chance a Grécia teve dificuldades para se classificar tendo que enfrentar a repescagem europeia. Na fase de grupos os gregos ficaram em segundo lugar, atrás da Suíça, em um grupo fraco que contava com Moldova, Luxemburgo, Israel e Letônia. Foram 20 pontos ganhos com 6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Foram marcados 20 gols e sofridos 10. Na repescagem os gregos venceram a Ucrânia (1-0) jogando fora de casa depois de ter empatado sem gols em terras gregas.


Gregos comemoram vitória em Donetsk (UCR)

A seleção aparece em uma surpreendente 12ª colocação no ranking FIFA desse mês, o que já credencia a pelo menos se ter cuidado com os gregos lá na África do Sul.

O time treinado pelo alemão Otto Rehhagel, tem uma boa estrutura defensiva mas já não conta mais com o bom e experiente goleiro Nikopolidis destaque da Euro-04. O seu sucessor é Michalis Sifakis que joga no futebol do país. Na linha defensiva, alguns jogadores se destacam como Torossidis do Olympiacos (GRE), Seitaridis do Panathinaikos (GRE), e Kyrgiakos do Liverpool (ING) além do experiente Dellas do Anorthosis Famagusta.

Do meio para frente a seleção conta com jogadores experientes mesclados com alguns jovens talentos. Dos meias A.Papadopoulos de 25 anos e que joga no Olympiacos (GRE), e Pliatsikas do Schalke 04 (ALE) o último terá 22 anos na Copa do Mundo. E meio-campistas experientes até mesmo na seleção como são os casos de Katsouranis e Karagounis ambos do Panathinaikos (GRE) e Basinas esse do Portsmouth (ING).

No ataque o grande nome é o de Theofanis Gekas jogador do Bayer Leverkusen (ALE), o autor do gol da classificação Salgipidis (foto) do Panathinaikos (GRE), outro bom nome é o de Samaras jogador do Celtic (ESC). E Rehhagel ainda poderá contar com a experiência de Charisteas ou a juventude de Mitroglou.




Palpite: Tudo pode acontecer com a surpreendente Grécia, eu apostaria em uma vaga nas oitavas-de-final.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Eslovênia


A única participação da Eslovênia em Copas do Mundo foi do tamanho da expressão do futebol no país. Na Coreia e no Japão em 2002 os eslovenos debutaram com três derrotas em três jogos disputados, sem nenhum aproveitamento e apenas dois gols marcados. Na estreia derrota para os espanhóis por 3 x 1 e Cimirotic marcava o primeiro gol dos eslovenos em Copas. No segundo jogo, derrota por 1 x0 para os sul-africanos e no último jogo, nova derrota agora para os paraguaios também por 3 x 1.

Se nas Eliminatórias para a Copa da Alemanha os eslovenos acabaram não conseguindo passar nas eliminatórias, muito pelo fato de estarem no grupo da campeã Itália, para a África do Sul a história já foi diferente. O grupo era um pouco mais tranquilo, mesmo assim foi preciso a repescagem. Na fase de grupo os eslovenos ficaram em 2º lugar, atrás dos eslovacos, num grupo que ainda tinha República Tcheca, Irlanda do Norte, Polônia e San Marino. A campanha somou 20 pontos, sendo 6 vitórias, 2 empates e outras 2 derrotas, 18 gols pró e apenas 4 gols sofridos (2ª melhor defesa das eliminatórias UEFA, somente atrás da Holanda que tomou apenas 2).
Foi necessária então a repescagem e logo no sorteio azar para os eslovenos. O adversário era logo a Rússia, pedreira. Os russos que se destacaram na EURO-08 chegando às semifinais e mostrando jogadores como o ótimo Arshavin eram os favoritos para chegar à primeira Copa em território africano.

No primeiro jogo, em Moscou, vitória dos russos por 2 a 1. Com o gol marcado aos 42 do segundo tempo os eslovenos levaram a esperança para casa. No jogo de volta deu a lógica se considerar a campanha dessa Eliminatória, vitória dos eslovenos por 1 a 0 (a Eslovênia saiu invicta em casa 4 vitórias e um empate), e a classificação para a Copa do Mundo veio através do gol qualificado.
A seleção de Matjaz Kek não poderá contar com Zahovic uma espécie de “Pelé do futebol esloveno” que se aposentou em 2006. Mas contará com alguns bons jogadores como o meia-atacante do Auxerre e o jovem da Inter de Milão, Rene Krhin além dos atacantes Novaković e Zlatko Dedic. Um outro destaque é a linha defensiva em geral que mostrou bastante solidez durante as Eliminatórias.



Palpite: O país que fazia parte da antiga Iugoslávia e que estará com 20 anos de independência o ano que vem, se conquistar o primeiro ponto em Copas do Mundo pode comemorar.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Argélia

Rivalidade, equilíbrio e violência. Para chegar à Copa do Mundo, a terceira de sua história, a Argélia teve que passar por cima de tudo isso. O adversário foi o Egito, maior campeão do continente africano e então favorito para conquistar a vaga. As duas seleções ficaram no Grupo C das Eliminatórias e de forma incrível empataram em todos os critérios de desempate. As duas seleções fizeram 13 pontos em uma chave que também contava com Zâmbia e Ruanda. Houve empate também no número de gols marcados e sofridos, o que forçou uma partida extra, realizada no Sudão.

Os egípcios chegaram empolgados para o jogo decisivo. Afinal, o país precisou vencer os argelinos por dois gols de diferença para forçar a realização de um novo embate. O segundo gol da vitória por 2 a 0 só saiu aos 50 minutos da etapa complementar, na última partida do Grupo C, realizada na capital egípcia, Cairo. O clima que antecedeu o jogo não foi nada amistoso. Jogadores da Argélia foram agredidos antes da partida e a FIFA decidiu que vai abrir uma investigação contra a Federação Egípcia para apurar se a entidade teve responsabilidade nas agressões. O Egito alega que sofreu com a mesma violência no Sudão, local da partida desempate.

Dentro de campo, o duelo era pra saber qual país iria representar o futebol árabe na Copa de 2010, já que as tradicionais Arabia Saudita e Tunísia não se classificaram. Tanto Egito como Argélia apresentam um futebol rápido e de bom toque de bola. Os argelinos foram eficientes e venceram com um belo gol de Antar Yahia, no primeiro tempo. O maior destaque do time foi o goleiro Faouzi Chaouchi, que fechou o gol, principalmente na etapa complementar. A Argélia já participou dos mundiais de 82 e 86, mas sem sucesso. O time tem condições até de se classificar para a fase final dependendo da chave em que cair.

Como não tem nada a perder, a seleção africana deve tentar se aproveitar do alto número de torcedores que terá na África do Sul para obter sucesso. É preciso respeitar as grandes potências, mas sem temer o adversário. Com a rapidez de seus ataques e contra-ataques, a Árgelia pode surpreender o mundo da bola.



Seleção da Argélia é recebida com festa na volta para casa.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Passaporte carimbado

As 32 seleções que vão disputar a Copa do Mundo da África do Sul em 2010 já foram definidas. Hoje as últimas seis vagas para o mundial foram definidas, quase todas elas de forma dramática. A situação mais confortável foi de Portugal, que venceu a Bósnia por 1 a 0 fora de casa. Os portugueses já haviam vencido o jogo de ida pelo mesmo placar.

Em Paris, um erro grave de arbitragem classificou a França. Os azuis, que venceram a Irlanda por 1 a 0 no jogo de ida, precisavam apenas do empate para garantir vaga na Copa. Porém, com um gol de Robbie Keane, os irlandeses devolveram o placar de 1 a 0 e levaram a partida para a prorrogação. No primeiro tempo da prorrogação os franceses marcaram um gol absolutamente irregular. Após cobrança de falta, Thierry Henry ajeitou a bola com a mão para o zagueiro Gallas, que empurrou para as redes e comemorou de forma sem graça, já que a arbitragem validou o gol.

Ainda na Europa, a Eslovênia surpreendeu ao vencer a Rússia por 1 a 0. O país se classificou por causa do critério do gol fora de casa, pois perdeu para os russos em Moscou por 2 a 1. Esta será a segunda participação dos eslovenos em Copas do Mundo. A primeira participação em mundiais desta seleção foi em 2002, quando o time perdeu todos os jogos.

E na Ucrânia, para o desespero de Andriy Shevchenko, a seleção da casa foi derrotada pela Grécia por 1 a 0. Os gregos estavam em situação complicada, já que empataram sem gol em casa na primeira partida. A Grécia vai participar de uma Copa pela segunda vez. A primeira e única participação do país em mundiais foi em 1994, nos Estados Unidos.

No Sudão, a Argélia venceu o Egito no jogo desempate pela última vaga do continente africano. O placar foi de 1 a 0 para os argelinos. O Egito, atual bicampeão africano e maior vencedor das competições regionais no continente, vai ver a Copa novamente pela televisão.

Já em Montevidéu, o Uruguai usou da velha e boa catimba para segurar a Costa Rica. O placar da decisão foi 1 a 1. No primeiro jogo, em San José, capital costarriquenha, os uruguaios venceram por 1 a 0. A nota positiva do próximo mundial é que os sete países campeões do mundo, Brasil, Argentina, Uruguai, Itália, Alemanha, Inglaterra e França estarão presentes da África do Sul.

Como acontece sempre, algumas boas seleções ficarão de fora. Destaque para as eliminações de Egito e Rússia. Os russos têm uma geração de jogadores habilidosos e melhores do que oaqueles que levaram o país à suas duas últimas Copas, em 2002 e 1994. Mas estas duas seleções tiveram suas chances e não mereceram a vaga. Suécia e Croácia caíram em chaves equilibradas nas Eliminatórias e também ficaram de fora, mas ver seleções de volta, como Camarões, Dinamarca e Chile será interessante.

Confira a lista de todos os classificados. O sorteio dos grupos será no dia 4 de dezembro.


América do Sul

Brasil, Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai.


Américas do Norte e Central

Estados Unidos, México e Honduras.


Europa

Alemanha, Itália, Inglaterra, França, Espanha, Holanda, Dinamarca, Sérvia, Eslováquia, Suíça, Eslovênia, Portugal e Grécia.



África

África do Sul, Gana, Costa do Marfim, Nigéria, Camarões e Argélia.



Ásia

Austrália*, Japão, Coreia do Norte e Coreia do Sul.

* A Austrália pertence à Federação Asiática.



Oceania

Nova Zelândia



No blog Doutores da Bola, você vai continuar acompanhando o perfil de todas as seleções classificadas. Amanhã, falaremos mais da Argélia.

Nigéria



Os nigerianos estão de volta à Copa do Mundo. Depois de disputar três mundiais consecutivos (1994, 1998 e 2002), a Nigéria decepcionou e ficou de fora do Mundial da Alemanha em 2006, perdendo a vaga para Angola. Mas garantiu sua vaga para a primeira Copa do Mundo em terras africanas. A seleção que encantou com o futebol ofensivo e teve ótimos jogadores como Amunike, West, Kanu, Babangida e Jay-Jay Okocha sempre se destacou pelo futebol ofensivo, alegre e irresponsável.

A principal conquista dos nigerianos no futebol e a primeira do país em uma competição de primeira linha, foi o ouro em Atlanta-96, onde desbancaram o Brasil no inesquecível “Dida-Aldair” pelas semifinais e depois venceram os argentinos. Depois de uma boa estreia em Copas do Mundo também nos EUA 94, os nigerianos conquistavam um ouro que nem mesmo a Seleção Brasileira possui. Outros títulos importantes são duas Copas das Nações Africanas em 1980 e 1994.

Nigéria x Argentina - EUA 94


A classificação da Nigéria para a Copa de 2010 veio somente na última rodada das Eliminatórias. Os nigerianos que ocupam a 32ª posição no ranking da FIFA atualmente, saíram das Eliminatórias invictos na fase final, foram 3 vitórias e 3 empates, 9 gols marcados e 4 sofridos.

As “super águias” vão voltar a dar rasantes em Copas do Mundo, a geração não é tão boa como a dos anos 90 por exemplo, mas a África está bem representada com a seleção nigeriana. Os destaques da seleção treinada pelo nigeriano Samsom Siasia são: o defensor Joseph Yobo do Everton (ING), o meia Obi Mikel do Chelsea (ING), e os atacantes Utaka e Kanu do Portsmouth (ING), e alguns jovens jogadores como Victor Obinna e Victor Anichebe.

Meia Obi Mikel em ação pela seleção

Palpite: Se tiver com a sorte na hora da definição dos grupos, a Nigéria pode repetir 94 e 98, mas não será fácil.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Camarões

Depois de perder a classificação para a Copa do Mundo de 2006 na última rodada das Eliminatórias, a seleção de Camarões está de volta a um mundial. O time não mudou muito de quatro anos para cá, mas talvez a experiência adquirida tenha sido o fator decisivo para garantir o passaporte para a África do Sul. Os camaroneses ficaram no Grupo A da última fase das Eliminatórias Africanas, ao lado de Togo, Gabão e Marrocos. O início foi preocupante, mas após perder e Togo e empatar com os marroquinos, a seleção comandada pelo técnico francês Paul Le Guen venceu todas as suas partidas e terminou na primeira colocação da chave com 13 pontos.



Em 2010 os leões indomáveis vão disputar o seu sexto mundial. Camarões é o país africano que mais participou de Copas do Mundo. A melhor campanha foi no mundial da Itália, em 1990, quando terminou em sétimo lugar. Foi em solo italiano que os jogadores ficaram conhecidos como leões indomáveis. O principal jogador era Roger Milla (à direita), que na época tinha 38 anos. Logo na estreia de Camarões na Copa, o país venceu a Argentina por 1 a 0 com gol de François Oman-Biyiki. Para nosso azar, a derrota dos argentinos, campeões da Copa de 86, colocou frente a frente brasileiros e hermanos logo nas oitavas-de-final. O Brasil perdeu e voltou mais cedo para casa.

Camarões foi eliminado pela Inglaterra nas quartas-de-final, em uma partida emocionante vencida pelos ingleses por 3 a 2. Depois de 1990, os leões indomáveis ficaram devendo uma boa participação em mundiais. Em 1994, o país foi eliminado na primeira fase depois de empatar com a Suécia e perder para Brasil e Rússia. A derrota para a Rússia por 6 a 1 quando as duas seleções já estavam eliminadas, foi humilhante. Nesta partida, Roger Milla, com 42 anos, fez o gol de honra dos camaroneses e se tornou o jogador mais velho a marcar um gol em um jogo de Copa do Mundo.

No século 21, Camarões segue devendo. Existia uma boa expectativa em torno dos leões indomáveis por causa do título das Olimpíadas de 2000, mas a participação no mundial da Coreia e do Japão, em 2002, foi apagada. Atualmente, o país ocupa a décima quarta posição no ranking da FIFA. Jogadores como Samuel Eto'o, da Inter de Milão, Pierre Webó, do Mallorca, Geremi, do Newcastle e Lauren, do Portsmouth são capazes de justificar a atual posição do país no ranking da FIFA e pelo menos levarem a seleção até às oitavas-de-final. Para isso, não basta ter evoluído apenas no quesito experiência. Se Camarões não tiver uma boa disciplina tática e confundir marcação com violência, como acontece com frequencia, os leões voltarão mais cedo para casa novamente.



Aos 29 anos, Eto'o vai poder jogar mais uma Copa. Talvez a última de sua carreira.

sábado, 14 de novembro de 2009

Nova Zelândia

Com gol de Rory Fallon, aos 45 minutos do primeiro tempo, a Nova Zelândia venceu o Bahrein por 1 a 0 em casa e se classificou para a Copa do Mundo de 2010. Será a segunda participação dos neo zelandeses em um mundial. Na partida de hoje, disputada na cidade de Wellington, empate sem gols levaria a decisão para a prorrogação e depois para os pênaltis, se o empate continuasse. Empate com gols classificaria o Bahrein, já que a primeira partida terminou 0 a 0. Foi a segunda vez seguida que Bahrein deixou escapar a vaga na Copa em um confronto de repescagem. Em 2005, o país foi eliminado por Trinidad e Tobago.

A única participação da Nova Zelândia em mundiais até hoje foi em 1982, na Espanha, quando esta seleção ficou no Grupo F, o grupo do Brasil, e foi saco de pancadas. O país da Oceania estreou perdendo por 5 a 2 para a Escócia, depois tomou 3 a o da União Soviética e encerrou sua melancólica participação perdendo para o Brasil, de Telê Santana, por 4 a 0. Com a migração da Austrália para a Federação Asiática de Futebol, a Nova Zelândia passou a reinar sozinha na Oceania. Os pontos positivos são que além das chances de classificação para a Copa terem aumentado consideravelmente, o país deve ser presença certa em todas as Copas das Confederações, o que dará experiência para os jogadores.

Em 2009, os ''All Whites", como são conhecido os jogadores neo zelandeses, participaram da Copa das Confederações da África do Sul. O time ficou no Grupo A e logo na estreia tomou 5 a 0 da Espanha. Depois, perdereu para os anfitriões por 2 a 0 e na última partida empatou sem gols com o Iraque. A Nova Zelândia não vai à África do Sul para se classificar à segunda fase. Mas conquistar um ponto em 2010 pode ser tão comemorado quanto um título da seleção nacional do país de Rúgbi, os "All Blacks". A seleção de futebol da Nova Zelândia é treinada por Ricki Herbert, que sabe sobre as limitações de sua seleção.



Quem também se garantiu no mundial da África do Sul hoje foi a Nigéria, que venceu o Quênia de forma dramática. Mais tarde, as outras duas vagas do continente da Copa também serão preenchidas. Camarões disputa com Gabão. Egito e Argélia duelam no grupo C e em caso de vitória dos egípcios por 2 gols de diferença uma nova partida vai ser realizada na quarta-feira, pois os times terminarão empatados em todos os critérios de desempate. Também começa hoje a repescagem europeia e a das Américas. Falaremos de tudo isso nos próximos posts.

Holanda



A ofensividade holandesa estará na África do Sul em 2010. A laranja mecânica se classificou mais uma vez para a Copa do Mundo, somando a próxima participação a conta dará 9. Sendo que duas delas em 1974 e 1978 o país ficou com o vice campeonato, em 74 foram derrotados pelos anfitriões alemães e em 78 para os também anfitriões argentinos.

Porém mesmo não conseguindo um título mundial (merecido), a Holanda conseguiu impressionar o mundo da bola, com inovações táticas e um futebol ultra-ofensivo e bonito de se ver. Em 1974 a Holanda dirigida pelo lendário Rinus Michels e orquestrada por craques como Cruyff e Neeskens apresentaram uma revolução no futebol, onde nenhum jogador de linha guardava posição fixa, era o chamado carrossel holandês e também conhecido como “Futebol Total ou Laranja Mecânica”. O futebol era intenso, o objetivo era sempre o gol e a coletividade era uma coisa espantosa. Para muitos estudiosos esse foi o melhor esquema tático inventado no futebol.


Holanda de 1974




Mesmo com a totalidade do futebol, a Holanda não conseguiu ser a campeã do mundo, esbarrou primeiro na Alemanha de Gerd Muller e Franz Beckenbauer e depois na Argentina. Na Copa de 78 a Holanda não contou com o super craque Cruyff (foto) que não quis participar da Copa como um protesto à situação política que a Argentina vivia, então foi lançado o ótimo Rensenbrink.



Nos anos 80, depois de ficar de fora das Copas de 82 e 86, Rinus Michels voltou ao comando da seleção laranja e conquistou a Euro 88, contando com jogadores como Rijkaard, Koeman, Van Basten e o incrível Gullit.

A Holanda sempre gostou de aparecer no caminho do Brasil em Copas do Mundo. Em 1974 a vitória foi holandesa por 2x0, já em 1994 o Brasil de Romário e Bebeto bateu por 3x2 a Holanda do craque Bergkamp (jogador de rara técnica), nas quartas-de-final nos EUA a vitória canarinha foi épica e o gol de Branco cobrando falta contando com o corta-luz de Romário foi um gol antológico. Em 1998, a seleção holandesa voltou a se encontrar com a brasileira dessa vez na semifinal, o empate por 1 a 1 levou a decisão para os pênaltis e Taffarel ao defender dois pênaltis tirou mais uma vez a chance da Holanda conquistar o mundo.

Nas Eliminatórias para 2010 a Holanda foi soberana no Grupo 9 e venceu suas 8 partidas, terminando com 100% de aproveitamento, 17 gols marcados e 2 sofridos apenas. O grupo era muito fraco, com Noruega, Escócia, Macedônia e Islândia.

A Holanda 3ª colocada no ranking da FIFA é treinada pelo holandês Bert van Marwijk. E conta com inúmeros bons jogadores, tem tudo para fazer um ótimo papel na África do Sul. Os destaques são: os meia Van Bommel do Bayern Munique (ALE), o meia De Jong do Man.City (ING), Van der Vaart do Real Madri (ESP) e Sneijder da Inter de Milão (ITA). E no ataque nomes como Kuyt do Liverpool (ING), Robben do Bayern Minique (ALE), Van Persie do Arsenal (ING) e tantos outros bons nomes.


Wesley Sneijder, meia da seleção e da Inter de Milão




Palpite: A Holanda será semifinalista em solos africanos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Alemanha




Calcular o impacto da ausência do goleiro Robert Enke no grupo da Alemanha que vai disputar a Copa do Mundo em 2010 é impossível. Enke (à direita) suicidou no dia 10 de novembro. Aos 32 anos, ele foi considerado o melhor arqueiro do Campeonato Alemão na temporada 2008/2009 defendendo o Hanover. Amigos e familiares do atleta revelaram após a morte do jogador que ele sofria de depressão, principalmente após o falecimento da filha em 2006. Mais do que nunca, a seleção de futebol do país vai precisar de uma velha aliada: a frieza.

Depois da geração de craques que conquistou a última Copa para os kaisers em, 1990, a seleção, que hoje é comandada pelo técnico Joachim Low, foi cercada de desconfiança por muito tempo. O time não tem mais estrelas como Lothar Mathaus, Jurgen Klinsmann, Andreas Moller, Oliver Kahn, entre outros, mas os resultados em Copas seguem impressionantes. A Alemanha só ficou de fora de dois mundiais até hoje: o de 1930, no Uruguai e o do Brasil, em 1950. Em 16 participações, a pior colocação do país foi o décimo lugar conquistado em 1938, na França.

Exceto a décima colocação em 38, os alemães sempre estiveram entre as sete melhores seleções do mundo. O time se transforma em Copas. Mesmo após fracassar em campeonatos europeus, os kaisers conseguem desempenhar um bom papel em mundiais. O melhor exemplo disso aconteceu em 2002, na Coreia e no Japão. A seleção, que tinha como principal jogador o então inexperiente Ballack, sofreu uma goleada humilhante de 5 a 1 para a Inglaterra jogando em casa nas Eliminatórias e, por isso, teve que disputar a repescagem contra a Ucrânia. Na Copa de 2002, a Alemanha estreou vencendo a Arábia Saudita por 8 a 0. Depois empatou com a Irlanda por 1 a 1 e venceu Camarões por 2 a 0 garantindo o primeiro lugar.

Na segunda fase, 1 a 0 até chegar à final. Azar das vítimas Paraguai, Estados Unidos e Coreia do Sul. Na final, o Brasil foi superior, mas ninguém sabe o que aconteceria se a falta cobrada por Oliver Neuville entrasse já no segundo tempo quando o placar ainda estava 0 a 0. Marcos defendeu com a ponta dos dedos e a bola ainda raspou na trave. O vice-campeonato fez os alemães saírem da Copa de cabeça erguida.

Em 2006, apresentando um futebol mais bonito, o país recebeu a Copa e terminou em terceiro lugar, resultado que também agradou aos críticos, temerosos um fracasso em casa. O time atual tem como o principal jogador o agora experiente Michael Ballack. Mas Ballack (foto) tem a companhia de outros jogadores que podem fazer a diferença, como Schwensteiger e Hitzlsperger com seus chutes de fora da área, como o bom lateral Lahm, que pode atuar tanto na esquerda como na direita. E não dá para deixar de lado o artilheiro da última Copa, Miroslav Klose. Klose fez cinco gols tanto em 2002 quanto em 2006. Se mantiver a média na África do Sul, o jogador se igualará a Ronaldo como o maior artilheiro da história das Copas.

A Alemanha conquistou os mundiais de 54, 74 e 90. O país ainda tem quatro vice-campeonatos e ficou na terceira colocação em três oportunidades. É um verdadeiro gigante. Nas Eliminatórias para 2010, alemães e russos dividiram as atenções do grupo 4. O jogo que decidiu a classificação aconteceu em Moscou, capital Russa. Quem vencesse se classificaria de forma direta. A Rússia pressionou, mas a eficiência dos kaisers apareceu: 1 a 0, gol de Klose. Ver a Alemanha eliminada antes das semifinais seria uma decepção. E isso não deve acontecer, a não ser que haja um encontro de gigantes envolvendo os alemães antes de restarem somente quatro seleções na África do Sul.


Seleção alemã campeã do mundo em 1990, na Itália.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Sérvia


Será a primeira vez que a Sérvia disputará um Mundial como país independente, antes pertencente à Iugoslávia disputaram 9 mundiais e o de 2006 como Sérvia e Montenegro somando assim 10 participações. A melhor classificação dos sérvios (iugoslavos) foi a quarta posição em 1962 no Chile.

Na última Copa do Mundo os sérvios ainda em companhia dos montenegrinos mas base do selecionado, caíram em um grupo muito dificil, e nem a boa campanha e a defesa sólida das Eliminatórias foram o suficiente para levar a seleção mais adiante na competição. O time caiu no grupo da morte em 2006, com Argentina, Holanda e Costa do Marfim, o resultado foi a eliminação na primeira fase com três derrotas 1 x 0 para a Holanda na estreia, depois 6 x 0 para a Argentina e 3 x 2 para a Costa do Marfim.
Nas Eliminatórias para a África do Sul 2010, a Sérvia conseguiu vaga direta ao ser a campeã do Grupo 7, deixando na repescagem a tradicional França. O grupo ainda tinha Áustria, Romênia, Lituânia e Ilhas Faroe. A Sérvia conquistou 22 pontos, 7 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, marcou um gol para cada ponto conquistado e sofreu apenas 8.

A seleção 20ª colocada no ranking da FIFA é treinada por Radomir Antic, e tem bons jogadores e um futebol ofensivo que por vezes foi apelidado de “Brasil da Europa”. O time joga num 4-4-2 e pode atuar também no 4-3-3. Os principais destaques e que devem figurar em terras sul-africanas são:

Goleiro: Vladimir Stojković , jogador de 26 anos e que atua no Sporting Lisboa foi o titular na maior parte das Eliminatórias.

Defensores: Na linha defensiva os sérvios tem jogadores de respeito no futebol europeu, é o caso de Branislav Ivanović jogador que defende o Chelsea (ING), Nemanja Vidić jogador do Manchester United (ING) e o experiente Ivica Dragutinovic do Sevilla (ESP).

Meio-campistas: no meio-campo o destaque principal é Dejan Stanković da Inter de Milão (ITA), o jovem Zdravko Kuzmanović jogador do Stuttgart (ALE), Miloš Krasić do CSKA Moscou (RUS).

Atacantes: Milan Jovanović do Standard Liége (BEL), Marko Pantelić do Ajax (HOL) e o gigante Nikola Žigić de 2,02 m jogador do Valência (ESP).



Palpite: Se não cair no grupo da morte, a Sérvia postulará a vaga para as oitavas-de-final.

Dinamarca

A Dinamarca não entra nas competições para brincar. Pelo menos é isso que o país nórdico já mostrou nos torneios em que participou. Para quem se lembra das participações dinamarquesas em mundiais é difícil acreditar que em 2010 os escandinavos vão disputar apenas a quarta Copa do Mundo em sua história. A primeira participação foi em 1986, no México, quando o time venceu todas as partidas na primeira fase e foi apelidada no Brasil de "Dinamáquina". Porém, nas quartas-de-final o time perder por 5 a 1 para a Espanha casa e foram eliminados.

A eliminação humilhante em 86 e a não classificação para a Copa de 90 fizeram o país ficar em segundo plano no cenário do futebol mundial. Mas em 1992, a melhor geração da história do futebol dinamarquês mostrou sua cara ao mundo da bola. Para o desespero da rival Suécia, que sediava a Eurocopa daquele ano, a Dinamarca se mostrou uma seleção muito eficiente, com jogadores de alta categoria, como o goleiro Piter Schmeichel. A equipe se classificou para a segunda fase com uma vitória, um empate e uma derrota (contra a Suécia). Como apenas oito seleções participavam da Euro, a segunda fase já era semifinal e a Dinamarca bateu a Holanda nos pênaltis.

Na grande decisão, 2 a 0 em cima da Alemanha, campeã da Copa do Mundo de 90. Os alemães eram os grandes favoritos, não só pelo título mundial dois anos antes, mas também por terem eliminado os suecos, donos da casa. Mas o título continental em 92 parece ter subido à cabeça dos dinamarqueses, que não se classificaram para a Copa de 94. Um ano depois, a Dinamarca conquistou a Copa das Confederações ao bater a Argentina na final com gols de Michael Laudrup e Rasmussem. Em 1998, o país disputou a sua segunda Copa do Mundo, caiu no grupo da anfitriã, França. Depois de se classificar em segundo lugar, os nórdicos bateram a Nigéria por 4 a 1 nas oitavas-de-final e foram eliminados pelo Brasil, nas quartas, depois de um jogo espetacular vencido pela seleção canarinho por 3 a 2, em dia de Rivaldo.

Em 2002, no mundial da Coreia e do Japão, a Dinamarca voltou a encontrar a França na primeira fase. Na última rodada, o país venceu os franceses por 2 a 0 e se classificaram em primeiro lugar. A França foi eliminada. Nas oitavas-de-final, a Inglaterra atropelou a Dinamarca por 3 a 0. Em todos os mundiais que participaram, os dinamarqueses foram pelo menos para as oitavas-de-final. Talvez por isso tenham participado apenas três vezes. A Dinamarca não gosta de fazer feio.

O time atual não tem jogadores tão espetaculares com Michael Laudrup e Schmeichel. Os destaques do atual time são Christian Poulsen, da Juventus, John-Dahl Tomasson, do Feyenoord e Nicklas Bendtner, do Arsenal. Mas a campanha nas Eliminatórias mostra a eficiência da equipe, que ficou no grupo da morte ao lado de Portugal e Suécia. A Dinamarca só perdeu um jogo, na última rodada, quando já estava classificada. É bom abrir o olho, pois o retrospecto diz que em 2010, uma das vagas na segunda fase já tem dono.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Suíça



A neutralidade suíça estará presente em mais um Mundial, esse será o 9º, sendo que o país nunca teve uma participação brilhante, o máximo atingido foram as quartas-de-final em 1934, 1938 e 1954 (ano em que o país foi sede do Mundial). A Suíça conhecida por sua neutralidade e pela precisão dos seus relógios abriga a sede da FIFA, órgão máximo do futebol. O país sediou também a Eurocopa 2008 juntamente com a Áustria, mas os suíços não passaram da primeira fase da competição.

Na última Copa do Mundo na Alemanha, até que os suíços tiveram uma boa participação sendo eliminados nas Oitavas-de-final sem tomar um gol sequer. Na fase de grupos foram 3 jogos com duas vitórias ( 2x0 sobre Togo e Coreia do Sul) e um empate contra a França ( 0x0 ). Nas oitavas a Suíça enfrentou a seleção da Ucrânia o jogo terminou sem alteração no placar e foi decidido nos pênaltis com vitória dos ucranianos e o adeus dos suíços com a defesa invicta.

A campanha da Suíça para 2010 foi mais tranqüila do que para a Copa da Alemanha, porque dessa vez nem foi necessário disputar a repescagem. Para 2006 os suíços só se classificaram ao perder para a Turquia por 4 a 2 fora de casa, depois de ter vencido em casa por 2 a 0, classificou com o gol qualificado. Para 2010 em um grupo relativamente fácil duelou com a Grécia e levou a melhor por um ponto de vantagem. Foram 21 pontos, em 6 vitórias e 3 empates e ainda uma derrota. 18 gols pró e 8 contra, o que lhe rendeu o primeiro lugar do grupo e a vaga direta para a África do Sul.

A equipe treinada pelo alemão Ottmar Hitzfeld é um time bom, não é nada de espetacular, mas é um time que marca muito e que também corre demais aliados à força física.

O time base é formado pelo goleiro Diego Benaglio do Wolfsburg (ALE), uma linha de quatro defensores com Lichtsteiner da Lazio (ITA), Philippe Senderos zagueiro do Arsenal (ING), Christoph Spycher do Eintracht Frankfurt (ALE) e Steve Von Bergen que atua no Herta Berlim (ALE).

No meio campo outra linha de 4 jogadores, o bom Tranquillo Barnetta jogador do Bayer Leverkusen (ALE), Gökhan Inler da Udinese (ITA), o experiente Benjamin Huggel do Basel (SUI) e o sempre perigoso Hakan Yakin . Para o ataque a dupla preferida do treinador é Blaise N´Kufo do Twente (HOL) e Alexander Frei (foto) do Basel (SUI), mas com a sombra de Eren Derdiyok do Bayer Leverkusen (ALE) e Johan Vonlanthen do Zurich (SUI).




Palpite: Dependendo do sorteio dos grupos o bom time suíço terá chances de avançar às Oitavas-de-finais.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Eslováquia



A Eslováquia vai realizar seu debute em Copas do Mundo como um país independente. Desde 1993 quando teve sua separação da antiga Tchecoslováquia, os eslovacos não conseguiram se classificar nas 4 eliminatórias que disputaram. Como Tchecoslováquia, foram 8 Mundiais disputados e os resultados mais expressivos foram os dois vice-campeonatos em 1934 e em 1962 o último perderam para o Brasil de Garrincha.

Para 2010, a Eslováquia conseguiu se classificar de forma direta sendo campeã do grupo 3 das Eliminatórias da UEFA. O grupo contava ainda com a Eslovênia (classificada para a repescagem contra a Rússia), a rival Rep.Tcheca, Irlanda do Norte, Polônia e ainda San Marino. Na campanha os eslovacos somaram 22 pontos com 7 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, 22 gols anotados e 10 sofridos (o detalhe é que a Eslováquia foi a única seleção que conseguiu tomar um gol de San Marino).

A equipe é treinada por Vladimir Weiss (45 anos), tem alguns bons nomes em seu elenco. No gol o destaque é Jan Mucha do Legia Warsawa (POL), na defesa a estrela é Martin Skrtel jogador do Liverpool (ING), e ainda conta com Peter Pekarik do Wolfsburg (ALE) e Ján Durica do Panathinaikos (GRE). No meio-campo o destaque é o meia Marek Hamšík jogador do Napoli (ITA), e o “superkid” Vladimir Weiss, filho homônimo do treinador da seleção, o jogador que jogará a Copa com 20 anos joga no Manchester City (ING). No ataque os destaques são Martin Jakubko do FK Moscou (RUS) e Robert Vittek do Lille (FRA).


Palpite: A Eslováquia não deve passar às Oitavas, mas pode conseguir uma vitória em seu primeiro Mundial como país independente.

sábado, 7 de novembro de 2009

África do Sul


Sai Parreira, entra Joel. Sai Joel, entra Parreira. O país anfitrião da Copa do Mundo vive uma situação conturbada no que diz respeito à sua seleção de futebol. E se a África do Sul não melhorar seu futebol, contar com a sorte e com a inspiração de seus jogadores embalados pela torcida local, os Bafana-Bafana (como são conhecidos os atletas do país) podem protagozinar um fracasso inédito da história das copas: nunca a seleção sede do mundial foi eliminada na primeira fase.

Mas dessa vez, zebra vai ser ver a África do Sul nas oitavas-de-final em 2010. Até mesmo porque o país terá que ter muita sorte e cair em uma chave fraca, como ocorreu na Copa das Confederações desse ano. Além da campeã europeia, Espanha, que se classificou sem dificuldades, os sul-africanos tiveram que medir forças com o Iraque, que nem vai à Copa, e com a Nova Zelândia, que ainda pode se classificar. Só por isso a equipe se classificou para a segunda fase, quando foi derrotada pelo Brasil por 1 a 0.

A África do Sul surgiu como país emergente no futebol no final da década de 90. O país conseguiu participar de um mundial pela primeira vez em 1998, na França. Integrante do Grupo C, os africanos ficaram em uma chave com a anfitriã França, além de Dinamarca e Arábia Saudita, sendo eliminados na primeira fase com 2 pontos. Já em 2002, o time que tinha como capitão o zagueiro Lucas Radebe, que fez sua carreira no futebol inglês, foi eliminado na primeira fase de forma incrível. O Grupo B tinha a Espanha, que se classificou vencendo os três jogos da primeira fase, além de Paraguai e Eslovênia.

África do Sul e Paraguai terminaram empatados com 4 pontos e nenhum gol de saldo. Os paraguaios se classificaram por terem marcado um gol a mais do que o país africano. Depois dessa eliminação frustrante, o futebol da África do Sul caiu muito de produção. Além de não ter participado da Copa de 2006, o time não se classificou para última Copa Africana de Nações, que reúne as 16 melhores seleções do continente.

Recentemente, o técnico brasileiro Joel Santana foi demitido por causa dos maus resultados. Carlos Alberto Parreira, treinador que comandava a África do Sul antes de Joel e deixou o cargo por problemas particulares, assumiu novamente o comando da seleção anfitriã da Copa de 2010. Parreira, que não faz um grande trabalho desde 2002 quando era técnico do Corinthians, não parece ter cancha para renovar o ânimo da desconfiada seleção da África do Sul. O destaque do time é Bernard Parker, do FC Twente, da Holanda. Parker (foto) fez uma boa Copa das Confederações esse ano e se destacou mais pela força de vontade do que pela técnica.


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Costa do Marfim




A boa seleção marfinense chega à sua segunda Copa do Mundo. Em sua segunda participação consecutiva a seleção do excelente Didier Drogba tenta fazer mais bonito do que em seu debute na Alemanha. Apesar de ter sido eliminada na primeira fase da competição, os marfinenses mostraram um futebol bastante ofensivo e bonito de se ver, o problema maior foi ter caído em um grupo tão complicado com Argentina, Holanda e Sérvia e Montenegro.

Já nas Eliminatórias para a África do Sul 2010, a Costa do Marfim já não teve maiores problemas para se classificar e defender o posto de uma das forças africanas no cenário mundial. Se classificou com relativa tranqüilidade, dois jogos de antecedência. A campanha ainda em andamento conta com 13 pontos ganhos, 4 vitórias, 1 empate e nenhuma derrota no Grupo E ( Costa do Marfim, Malaui, Burkina Fasso, Guiné), 16 gols marcados e apenas 4 sofridos. A seleção de Drogba e companhia encerra sua participação nas Eliminatórias em 14 de novembro jogando em casa contra a seleção de Guiné.

A equipe treinada pelo bósnio Vahid Halilhodzic conta com uma legião de jogadores que atuam no futebol europeus, alguns deles em grandes equipes do futebol mundial. No gol, Boubacar Barry é nome certo. Na defesa os principais jogadores são: Kolo Touré do Manchester City (ING), Emmanuel Eboué do Arsenal(ING) e Arthur Boka do Stuttgart (ALE). No meio campo: Yaya Touré do Barcelona (ESP), Zokora do Sevilla (ESP) e Guy Demel do Hamburgo (ALE).

O ataque é um setor especial, melhor arma dos marfinenses conta com vários bons jogadores, a principal estrela sem dúvida nenhuma e talvez o maior jogador da história de Costa do Marfim é o jogador do Chelsea (ING) Didier Drogba (foto), foi ele o maior destaque na campanha dos “ Elefantes” nas Eliminatórias. Lá no ataque para fazer companhia o treinador Halilhodzic terá a missão de escolher os companheiros de Drogba, as opções são: Sanogo do Sain-Ettiene (FRA), Bakary Koné do Olimpique de Marselha (FRA), Salomon Kalou do Chelsea (ING), Kandia Traore do Caen (FRA) e Kaider Keita do Galatasaray (TUR).



Palpite: Caso a seleção caia num grupo menos difícil do que o de 2006, os “Elefantes” tem chances reais de conseguir uma classificação histórica às oitavas.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Gana

A seleção de Gana chegou para ficar. Pelo menos foi essa a impressão que mostrou depois da Copa de Alemanha, em 2006. País de destaque nas categorias de base, medalha de bronze nas Olimpíadas de 1992, detentora de títulos mundiais nas categorias sub-20 e sub-17, a seleção ganesa nunca conseguiu se firmar entre as melhores seleções do planeta e nem mesmo da África, embora tenha conquistado a Copa Africana de Nações quatro vezes. O problema do país sempre foram as Eliminatórias, algo semelhante ao que acontece atualmente com o Egito, maior campeão continental e que não consegue disputar uma Copa.

Porém, em 2006 Gana disputou o seu primeiro mundial e não fez feio. O destino a colocou em um grupo dificílimo, que tinha além da Itália, a seleção da República Tcheca, semifinalista na Eurocopa de 2004, e os Estados Unidos, que na Copa do Mundo da Coreia e do Japão ficou entre as oito melhores seleções. A má sorte no sorteio dos grupos também esteve ao lado da outra boa equipe africana, Costa do Marfim. A diferença é que Gana, ao contrário de seu rival doméstico, conseguiu se classificar para a segunda fase e foi a única representante da África nas oitavas-de-final. A história nós já conhecemos, o país foi eliminado pelo Brasil com gols de Ronaldo, Adriano e Zé Roberto.

No ano passado Gana sediou a Copa Africana de Nações e foi eliminada nas semifinais por Camarões. A campanha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo foi tranquila. A equipe está classificada com uma rodada de antecedência. Em cinco jogos na última fase, os ganeses venceram quatro e estão 4 pontos à frente da segunda colocada, Mali, que não tem mais chances de ir ao mundial. O atacante Asamoah Gyan é um dos principais jogadores do país. Atualmente ele joga no Rennes, da França, mas atuou a maior parte da carreira no futebol italiano. Asamoah Gyan e seus companheiros podem ter a companhia da nova geração. Recentemente o país conquistou o Campeonato Mundial Sub-20 vencendo o Brasil nos pênaltis.

Mesmo que caia em um grupo forte no ano que vem, é difícil imaginar que Gana não chegue às oitavas-de-final. O objetivo em 2010 deve ser melhorar o desempenho obtido na Copa da Alemanha e ficar pelo menos entre os oito melhores, assim como o surpreendente Senegal fez em 2002. Mas é preciso ter cuidados com a defesa e com a tática. Como a maioria dos países da África negra, Gana tem um time rápido, habilidoso e envolvente. Porém, a defesa é o ponto fraco e a desordem tática aliada ao desespero de estar eventualmente atrás do placar em uma partida pode custar caro para esta seleção. Voltar para a casa mais cedo seria muito frustrante, mas pelo menos a viagem de volta não é das mais longas.


Seleção campeã sub-20

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Chile


A seleção chilena vai para o seu oitavo Mundial, sendo que o último deles foi a Copa do Mundo da França em 1998, onde o país foi eliminado pelo Brasil nas oitavas-de-final pelo placar de 4 a 1. Desde então o Chile colecionava campanhas decepcionantes nas Eliminatórias Sulamericanas. Até a ótima campanha feita para a África do Sul.

Nessa edição das Eliminatórias o Chile ficou com a segunda posição somente atrás do Brasil, sendo assim desbancando Argentina e Paraguai. O selecionado comandado pelo El Loco Marcelo Bielsa, somou 33 pontos mesma quantia do Paraguai e um a menos que a seleção canarinho. Foram 10 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. O ataque do artilheiro Suazo (10 gols) conseguiu ir às redes 32 vezes, segundo melhor ataque da competição. A defesa (ponto fraco da equipe) sofreu 22 gols, pior defesa entre as 5 primeiras seleções.

O time formado por Bielsa é um time extremamente rápido e habilidoso no ataque, este é o ponto forte do Chile. O habilidosíssimo Aléxis Sanches que cai pelos lados do campo principalmente pela direita, ou até mesmo Fábian Orellana também bom atacante, ambos tem a missão de servir o matador chileno Humberto Suazo que desbancou o fabuloso Luís Fabiano, ao marcar 10 tentos na competição um a mais que o brasileiro.

O meio campo tem bons jogadores, também habilidosos porém com a marcação muito frouxa. Jogadores como Matías Fernández, e Jorge Valdivia (foto) dão habilidade e classe para a meia cancha chilena.


A defesa essa sim é o ponto fraco tomou 22 gols, 3 deles marcados pelo Brasil em jogo no território chileno. O principal defensor chileno e de melhor condição técnica é Gonzalo Jará. No gol está o mediano Cláudio Bravo.

O problema maior do Chile é que em um torneio de tiro curto como é a Copa do Mundo as loucuras ofensivas e por vezes suicidas de Bielsa podem custar caro. Resta saber como vai ser a postura chilena na terra zulu.

Palpite: Se o Chile for uma equipe mais equilibrada e seus bons atacantes se sobressaírem, os chilenos podem passar às oitavas.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Paraguai


Pela primeira vez em sua história, a seleção paraguaia chega à Copa do Mundo por quatro vezes seguidas. O mínimo que se espera da equipe que é dirigida pelo argentino Gerardo Martino, é que o Paraguai não repita a campanha medíocre que fez no mundial da Alemanha, em 2006, quando foi eliminado na primeira fase após perder para Inglaterra e Suécia, e vencer o fraco time de Trinidad e Tobago em uma partida que só valia o terceiro lugar do grupo.

A boa expectativa em torno dos paraguaios é devida à campanha tranquila que a seleção fez nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa. O Paraguai foi líder durante boa parte da competição e chegou a abrir sete pontos de diferença para o segundo colocado. Na segunda metade das Eliminatórias houve uma queda de produção, mas nada que tenha ameaçado a classificação paraguaia. Na última rodada, o time precisava apenas vencer a Colômbia em casa para ficar com a primeira colocação. Mas a derrota por 2 a 0 deixou a equipe em terceiro lugar com 33 pontos, perdendo do Chile no saldo de gols.

A tabela das Eliminatórias Sul-Americanas foi repetida pela terceira vez e o Paraguai sempre perdeu da Colômbia em casa na última rodada. A derrota pode sim ser explicada pelo fato do time sempre garantir sua classificação antes do último jogo. Em 2001, por exemplo, os colombianos ainda tinham chances de ir à repescagem e derrotaram o Paraguai por 4 a 0 em Assunção, mas nada adiantou. Desde as Eliminatórias para a Copa da França, em 1998, os paraguaios não têm dificuldades para ficar entre os primeiros da América do Sul.

Falando em 1998, espera-se que o time chegue pelo menos nas oitavas-de-final, como no mundial da França, quando a seleção que tinha Gamarra, Arce e Chilavert encantou o mundo ao apresentar uma defesa quase imbatível, que segurou os donos da casa até o final da prorrogação. Mas Laurent Blanc fez o gol de ouro, que classificou os franceses e eliminou os paraguaios. O time atual não tem uma defesa tão espetacular como a de 98, mas o sistema defensivo é bom. No ataque, todas as lentes estão voltadas para Salvador Cabañas (foto), que marcou contra o Brasil nos dois jogos entre as duas seleções nas Eliminatórias.


Outro objetivo do Paraguai é melhorar seus números em mundiais. Em sete participações, o país obteve seis vitórias, sete empates e nove derrotas. Não classificar para a segunda fase da Copa em 2010 será uma grande decepção para a torcida paraguaia. Parece difícil imaginar um triunfo da seleção de Cabañas sobre o Brasil em um jogo de Copa do Mundo, pois além de ter enfrentado esse adversário recentemente, a seleção brasileira sabe da qualidade do país sul-americano. Mas o mundo da bola pode ainda não saber e uma grande seleção europeia pode descobrir isso em um jogo eliminatório, quando talvez já seja tarde demais.