sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Chefão da Fórmula 1 quer brincar de Olimpíadas

O espírito olímpico parece ter contagiado o chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, após os Jogos de Pequim. A categoria mais importante do automobilismo mundial vai passar por uma série de mudanças que visam deixar a disputa mais equilibrada. As modificações certas estão ligadas aos carros, que em 2009 voltam com asas modificadas, pneus slicks, além de um sistema para reaproveitar a energia acumulada nas freadas, o KERS, que vai poder ser utilizado por cerca de sete segundos a cada volta dando um ganho de 70 cavalos de potência ao motor.

O problema é que Ecclestone estuda também algumas alterações no regulamento da Fórmula 1. Uma das possíveis mudanças diz respeito ao treino de classificação, que foi alterado muitas vezes ao longo dos últimos anos. Mas o chefão do circo parece querer ir além. Bernie Ecclestone já manifestou mais de uma vez o desejo de mudar o sistema de pontuação, que seria trocado por medalhas, assim como ocorre nas Olimpíadas. Assim, o primeiro colocado ficaria com a medalha de ouro, o segundo com a prata e o terceiro colocado levaria a medalha de bronze. O campeão seria o piloto que obtivesse mais medalhas de ouro ao longo da temporada.

A justificativa de Ecclestone é que com o sistema de medalhas, os pilotos passariam a brigar mais pelas vitórias invés de administrar uma segunda colocação, por exemplo. O chefão não gostou do fato de Lewis Hamilton ter sido campeão no Brasil com um quinto lugar na prova de Interlagos. Se o sistema de medalhas valesse em 2008, Felipe Massa seria o campeão com seis vitórias contra cinco do piloto inglês.

Pelo que entendi, Bernie Ecclestone não ficou muito satisfeito com desfecho da temporada 2008. Parece piada. Quantas decisões na história da Fórmula 1 foram iguais as de Interlagos? Não digo nem pela última volta, que foi incrível. Mas só o fato de 2 pilotos chegarem à última etapa com chances de ser campeão já é muito bom. Mudar o sistema de pontuação é besteira. E o que dizer do campeonato do ano passado? Na última corrida, que também foi em São Paulo, 3 pilotos tinham chances de ser o campeão. Em 2006, Michel Schumacher e Fernando Alonso também brigavam pelo título na última corrida, mas no caso com chances bem menores. Schumacher tinha 10 pontos a menos do que Alonso e só um milagre daria o oitavo título mundial ao alemão. Só que a história seria diferente se o motor se Schumacher não tivesse estourado na penúltima etapa, na China. Se a fatalidade não tivesse acontecido, ele e Alonso chegariam a São Paulo separados por apenas 2 pontos. O equilíbrio atualmente é evidente.

A verdade é que as vitórias já são valorizadas no regulamento da Fórmula 1. Se dois pilotos terminam empatados em pontos, o que decide é o número de vitórias. Não é justo que um piloto fique à frente de outro no campeonato apenas pelo número de vitórias, ou melhor, pelo número de medalhas de ouro. Esse ano por exemplo, o finlandês Heikki Kovalainen, da McLaren, ganhou uma corrida (a única em sua carreira) de presente. Para quem não se lembra foi no GP da Hungria, em que o brasileiro Felipe Massa talvez tenha feito a sua melhor corrida em 2008. Ele largou em terceiro lugar, ultrapassou dois carros na largada e liderou até faltar 3 voltas para o fim, quando o motor da Ferrari estourou. Automobilismo não é Olimpíada e a regularidade deve ser premiada.

Outra questão que vai contra a adoção das medalhas diz respeito às corridas polêmicas. Esse ano, na prova da Bélgica, o inglês Lewis Hamilton perdeu o primeiro lugar conquistado na pista por causa de uma suposta ultrapassagem irregular em cima de Kimi Raikkonen no final da prova. A vitória foi dada a Felipe Massa e Hamilton caiu para terceiro na classificação da corrida. Será que com a vitória sendo tão determinante para o rumo do campeonato a direção de prova daria o "ouro'' para Felipe Massa? Acho difícil. Se Ecclestone quer valorizar a vitória, ele deveria propor a volta do velho sistema de pontuação, que era usado até 2002. Na época, a pontuação era a seguinte:

1º Lugar - 10 pontos
2º Lugar - 6 pontos
3º Lugar - 4 pontos
4º Lugar - 3 pontos
5º Lugar - 2 pontos
6º Lugar - 1 ponto

Dessa forma, a vitória era mais valorizada. A partir de 2003, com o novo sistema de pontuação, oito pilotos pontuavam por corrida e não mais seis. O segundo colocado passou a ganhar 8 pontos, ou seja, apenas 2 pontos a menos do que o primeiro colocado. O objetivo da mudança era aproximar os demais corredores de Michael Schumacher, que reinou absoluto de 2000 a 2004, conquistando 5 títulos seguidos.

Se querem valorizar as vitórias, não vejo forma mais viável do que essa. Quanto às medalhas, é melhor deixá-las para Londres 2012.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Seleção do Brasileirão

Alguns nomes são uma verdadeira piada, estão na lista pelo nome e não pelo futebol apresentado, por exemplo, o lateral Kléber do Santos. As posições da CBF são bem esquisitas também. A lista é essa:

Goleiros: Marcos(Palmeiras), Rogério Ceni(São Paulo) e Victor(Grêmio)

Meu voto vai para o goleiro Victor que fez um excelente Campeonato Brasileiro e teve poucas falhas durante a competição. O goleiro do São Paulo, Rogério Ceni, está na lista mais pelo nome, pela história do que pelo futebol apresentado. Rogério não vem fazendo um campeonato ruim, pelo contrário, o arqueiro do tricolor paulista vem fazendo um bom campeonato, mas o goleiro Fábio do Cruzeiro jogou melhor e merecia ser lembrado.

Lateral-direito: Elder Granja(Palmeiras), Leo Moura(Flamengo), Vitor(Goiás)

Vitor. Apesar de suas várias limitações, foi o melhor lateral direito da competição. Sua velocidade e sua facilidade para driblar ajudaram e muito o Goiás no ano de 2008. Elder Granja e Leo Moura estão na lista porque não há muitos nomes para a lateral direita, porque o futebol foi bem fraco.

Zagueiro direito: André Dias(São Paulo), Fábio Luciano(Flamengo) e Thiago Silva(Fluminense)

André Dias. Todos fizeram um excelente campeonato. Entre os três nomes, André Dias é o de menos qualidade, mas o zagueiro do tricolor paulista fez um Campeonato Brasileiro de tirar o chapéu e é o escolhido.

Zagueiro esquerdo: Miranda(São Paulo), Réver(Grêmio) e Ronaldo Angelim(Flamengo)

Réver. o zagueiro gremista é a grande revelação do campeonato. Alto, rápido e técnico. O jogador era do Paulista e foi um bom achado do Grêmio.

Lateral esquerda: Juan(Flamengo), Kléber(Santos) e Leandro(Palmeiras)

Juan, sem dúvidas. A escolha do Kléber é somente para justificar a sua convocação na "seleção" de Dunga. Jogadores como Fernandinho(Cruzeiro) e Marcelo Cordeiro(Vitória) são bem mais merecedores para a lateral esquerda do que Kléber.

Volante direito: Hernanes(São Paulo), Pierre(Palmeiras) e Rafael Carioca(Grêmio)

Hernanes. Pra começar, não existe essa de volante direito. É primeiro ou segundo volante. Pierre e Rafael jogam de 1° volante e Hernanes de 2°. E não tem disputa com Hernanes, o volante são paulino é bom demais e leva fácil.

Volante esquerdo: Guiñazu(Internacional), Ramires(Cruzeiro) e Diguinho(Botafogo)

Guiñazu foi o único jogador do Inter que atuou bem pelo Brasileiro e é o meu escolhido. Ramires merece um destaque pelo futebol que apresentou, excelente jogador.

Meia direita: Diego Souza(Palmeiras), Ibson(Flamengo) e Tcheco(Grêmio)

Tcheco. Diego Souza e Ibson oscilaram muito durante o campeonato. Tcheco voltou ao Grêmio com a difícil missão de substituir Roger, único jogador de talento que o Grêmio tinha. Voltou bem, deu raça e modificou a maneira do time jogar e por isso é meu escolhido para a seleção.

Meia esquerda: Alex(Internacional), Lúcio Flávio(Botafogo) e Wagner(Cruzeiro)

Wagner. Alex teve um ano excelente, foi o artilheiro e craque do Gaúchão, levou o Inter a final da Sulamericana, mas no Brasileirão não foi tao bem. Meu voto vai para o Wagner, o meia cruzeirense amadureceu e evoluiu muito nesse ano. Há alguns anos, o meia era um jogador indisciplinado e que escondia muito do jogo, agora o meia participa mais do jogo e aperfeiçoou seu arremate.

Atacante 1: Guilherme(Cruzeiro), Keirrison(Coritiba) e Kleber Pereira(Santos)

Confesso que não entendi esse atacante 1 e acho que nem quem fez a lista entendeu, talvez seja uma sugestão do Dunga.

Guilherme. Essa é a posição mais difícil, nenhum deles tiveram um grande destaque. Kleber Pereira abusa de errar gols e só marca na Vila Belmiro, dos 21 que marcou, 19 foram na Vila. A indefinição do futuro de Keirrison abalou o jogador que teve um início de campeonato ruim e foi melhorando após a definicao de que ficaria no Coxa. Guilherme não me agrada, mas foi o melhor entre os 3 dessa posição maluca da CBF.

Atacante 2: Nilmar(Internacional), Alex Mineiro(Palmeiras) e Kléber(Palmeiras)

Alex Mineiro. O palmeirense foi decisivo em boa parte do campeonato. O seu fim de temporada deixou a desejar, mas foi o que melhor atuou entre os 3, apesar de ser o de menor técnica. Deixando claro que esta minha seleção é em cima das atuações no Campeonato Brasileiro e não de quem é o melhor jogador.

Técnico: Muricy Ramalho(São Paulo), Celso Roth(Grêmio) e (W)Vanderlei(y) Luxemburgo

Muricy. O São Paulo tem tudo para conquistar o título e por isso Muricy é o escolhido. O comandante do tricolor paulista tinha a missão de conquistar o caneco e conseguiu com uma equipe bem qualificada. Celso Roth tinha uma equipe que deixava a desejar em várias posições e armou um esquema para que estes defeitos não aparecessem tanto. O seu fim de temporada deixou a desejar e, por isso, Roth não leva o prêmio, mas merece vários elogios. Já Luxemburgo fracassou. Montou um time caríssimo e pode até ficar de fora da Libertadores da América. O custo-benefício e os envolvimento extra-campo de Luxemburgo não ajudam em nada e Luxa não está nem na lista dos 5 melhores do Campeonato. Adilson Batista, Dorival Jr, Vagner Mancini e Caio Jr foram bem melhores que Luxa no Brasileirão 2008.

Árbitro: Leonardo Gaciba(RS), Carlos Eugênio Simon(RS), Leonardo Pedro Vuaden(RS)

Vuaden modificou a arbitragem brasileira para melhor e merece o prêmio. Simon é outro que entra na lista pelo nome, não pelas atuações. Árbitro não pode ser lembrado após as partidas e Simon foi por várias vezes.

Revelação: Jean(São Paulo), Marquinhos(Vitória) e Keirrison(Coritiba)

Jean. Uma prova da decadência do futebol brasileiro. Gosto dos 3 nomes, mas estão bem abaixo do ideal de um craque em que os brasileiro possam esperar grandes maravilhas. Jean vai se tornar um bom nome, é técnico e marca bem. Merece uma atenção o volante do São Paulo. Outros revelações merecem um destaque: Renan Oliveira(Atlético-MG), Rafael Carioca e Douglas Costa do Grêmio. O último é a grande esperança do futebol brasileiro, o meia jogou poucas vezes no ano e pegou um Grêmio que não vivia um bom momento, mas é um jogador que eu espero muita coisa, olho nele!

Craque do Campeonato: Hernanes(São Paulo), Alex(Internacional) e Kleber Pereira(Santos)

Hernanes, sem dúvida. Voltou das Olimpíadas e foi o grande responsável pelo crescimento do São Paulo na reta final. O volante tricolor é diferenciado e só o Dunga que não percebe isso.

Os craques do Brasileirão!

E foi divulgada a lista dos melhores jogadores em 2009!
Ao contrário de outros anos, essa lista se mostra deveras coerente, e na maioria dos casos, qualquer um dos três jogadores concorrentes em cada posição, poderia ser o escolhido.

Vamos a ela:

Goleiro
Marcos (Palmeiras), Rogério Ceni (São Paulo) e Victor (Grêmio)

Lateral-direito
Élder Granja (Palmeiras), Leo Moura (Flamengo) e Vítor (Goiás)

Zagueiro central
André Dias (São Paulo), Fábio Luciano (Flamengo) e Thiago Silva (Fluminense)

Quarto zagueiro
Miranda (São Paulo), Réver (Grêmio) e Ronaldo Angelim (Flamengo)

Lateral-esquerdo
Juan (Flamengo), Kleber (Santos) e Leandro (Palmeiras)

Volante pela direita
Hernanes (São Paulo), Pierre (Palmeiras) e Rafael Carioca (Grêmio)

Volante pela esquerda
Diguinho (Botafogo), Guiñazu (Inter) e Ramires (Cruzeiro)

Primeiro meia
Diego Souza (Palmeiras), Ibson (Flamengo) e Tcheco (Grêmio)

Segundo meia
Alex (Inter), Lucio Flavio (Botafogo) e Wagner (Cruzeiro)

Atacante
Guilherme (Cruzeiro), Keirrison (Coritiba) e Kléber Pereira (Santos)

Atacante
Alex Mineiro (Palmeiras), Kléber (Palmeiras) e Nilmar (Inter)

Treinador
Celso Roth (Grêmio), Muricy Ramalho (São Paulo) e Vanderlei Luxemburgo (Palmeiras)

Revelação
Jean (São Paulo), Keirrison (Coritiba) e Marquinhos (Vitória)

Craque
Alex (Inter), Hernanes (São Paulo) e Kléber Pereira (Santos)

Árbitro
Carlos Eugênio Simon (RS), Leandro Vuaden (RS) e Leonardo Gaciba (RS)

Craque da Galera
Hernanes (São Paulo), Juan (Flamengo) e Thiago Silva (Fluminense)


E meus votos vão para:

Time: Rogério Ceni, Leo Moura, Thiago Silva, Miranda, Juan,
Hernanes, Ramires, Ibson, Alex, Keirrison e Nilmar.

Treinador: Muricy Ramalho

Revelação: Keirrison

Craque: Alex

Árbitro: Leonardo Gaciba

Craque da Galera: Juan

(os seguintes nomes são meus escolhidos, e não quem acho que irá ganhar)

Os contratos dos grandes clubes brasileiros. Flamengo sai na frente.

A crise mundial que afeta bancos, empresas, e investidores também chega ao futebol mundial. Este assunto pode ser visto de vários pontos e renderá, aqui neste blog, muitas análises e observações. Chamo a atenção as renovações de contrato dos grandes clubes brasileiros.

O Flamengo anunciou ontem que já está tudo acordado entre o clube e a Petrobrás para uma renovação de contrato. Atualmente a empresa paga R$ 16 milhões anuais. Durante o mês de outubro a parceria, que já dura a tantos anos, esteve ameaçada , para o um fim nem tão precoce. O presidente do Flamengo Márcio Braga anunciou neste período que gostaria de uma renovação de R$ 25 milhões anualmente. Ontem o clube e a empresa petrolífera fecharam o acordo em R$ 18,2 milhões anualmente. Caso seja concretizada o novo contrato será o maior do Brasil.

Atualmente a parceria com maior valor no futebol nacional é a do Corinthians. A Medial Saúde pagou nesta temporada R$ 16,5 milhões. E o resultado? O melhor possível. Mais de 50% na arrecadação da empresa até o fim do mês de outubro. Porém, é preciso lembrar, o mundo está crise e fechar grandes contratos será uma tarefa ardua para os dirigentes.

O Timão vive esse processo. Apesar dos incríveis retornos, a empresa decidiu não renovar como patrocinador principal na próxima temporada. No máximo um anúncio na manga da camisa da equipe. Andrés precisa fechar rapidamente um novo acordo e primeiro lembrar do contexto mundial. Ele já pediu R$ 22 milhões. A maior interessada é um banco. Isso mesmo um banco. O Bradesco.

Mesmo com a quebra de vários bancos no mundo o Bradesco quer investir. Talvez para concorrer com o IU Banking, a fusão do Itaú e do Unibanco que tornou-se o banco com maiores investimentos no país. Para participar dessa concorrência nada melhor que investir em uma das mais vendidas camisas do Brasil. Mas... R$ 22 milhões? Isso é muito. Existem mais empresas na briga, uma delas do setor petrolífero. Bradesco e Corinthians reunem-se nas próximas semanas. A nós e aos torcedores do timão resta esperar e apostar no "bom-papo" de Andrés Sanchez.

Você achou loucura do presidente do Corinthians pedir esse valor? Mais loucura que isso foi o que pediu o presidente do São Paulo. Incríveis R$ 30 milhões. O contrato com a LG está chegando ao fim e o tricolor paulista precisa de novos investimentos.

Por isso que o contrato assinado entre Flamengo e Petrobrás foi muito vantojoso para o time carioca. Mais do que o maior acordo do futebol brasileiro, pois isso deve ser superado, mas, torna-se importante, porque defini o futuro financeiro do clube, permitindo uma maior segurança neste momento em que o mercado do futebol está em plena atuação.

Ficar sem um horizonte de dinheiro ao final de cada acordo, foi um dos grandes problemas do Flamengo no início das últimas temporadas. Para o rubro-negro resta definir o futuro com a Nike. E para Corinthians e São Paulo, é preciso que haja solução a esse problema os mais rápido possível. Mas, sem exageros...

O lado ruim do Mata-Mata

Após a adoção do sistema de pontos corridos no Campeonato Brasileiro em 2003, muito se falou sobre a falta do ''mata-mata'' na competição. Alguns ainda sentem falta das finais no brasileirão, embora essa discussão seja muito mais fraca após seis campeonatos disputados no sistema de pontos corridos. A discussão está mais fraca porque o torcedor brasileiro entendeu que a nova fórmula é cheia de''finais''. A prova disso é que a média de público subiu consideravelmente nos últimos anos. O grande equilíbrio entre as equipes brasileiras ajuda muito e esse ano tivemos um ótimo campeonato com praticamente 5 times na briga pelo troféu.

Até gosto muito de ver um torneio eliminatório. A tensão dos jogos de mata-mata e a emoção de jogadores e torcida após uma vitória é muito grande. Mas convenhamos, para isso já existe Copa do Brasil, Estaduais, Libertadores e Copa Sulamericana. Está bom demais!
O Campeonato Brasileiro de pontos corridos está muito organizado e premia a equipe mais regular e estruturada. É claro que mesmo com esses argumentos tem gente que vá defender o mata-mata no Campeonato Brasileiro. Na Série A, as finais sempre foram emocionantes. Porém, existem casos em que esse sistema só atrapalha.

Vamos ao regulamento da Série C do ano que vem e da recém-criada Série D. Na terceira divisão, que vai ser formada por apenas 20 clubes, as equipes vão ser divididas em 2 grupos de 10 times cada. Os quatro melhores de cada chave avançam para a segunda fase, que vai ser disputada em mata-mata. As quartas-de-final bem que poderiam ser chamadas de ''final'' no caso. Pois as equipes que passarem por essa fase já vão ter uma vaga assegurada na Série B do ano seguinte. Os quatro semifinalistas garantem vaga na segunda divisão e a partir daí disputarão apenas um ''troféu de luxo'', uma vez que, o principal objetivo (o acesso) já vai ter sido conquistado pelos quatro times remanescentes.

É uma pena que isso aconteça, porque mesmo com todos os defeitos, a Série C desse ano e a do ano passado foi muito emocionante. Pudemos acompanhar de perto porque tivemos representes no octogonal final. Em 2008, três das quatro vagas foram decididas na última rodada. O octogonal final, que de tão longo é um verdadeiro campeonato de pontos corridos, teve 4 jogos na última rodada e em todas as partidas tinham equipes que brigavam pelo acesso.
No ano que vem a Série C vai ser mais organizada, porém menos emocionante.

A nova quarta divisão tem um formato semelhante. Vão ser 40 clubes, divididos em 8 grupos de 5 times cada. Os 2 melhores times de cada grupo vão passar para a segunda fase, que também vai ser disputada em mata-mata. Nesse caso, a diferença em relação à Série C, é que teremos uma fase a mais, ou seja, as oitavas-de-final. Mas o grande objetivo vai continuar sendo chegar à semifinal, o que certamente vai tirar a emoção da briga pelo título. Não que ser campeão tenha pouca importância, mas com esse sistema, o time que não for campeão e eventualmente conseguir o acesso participando da final ou da semifinal, já vai ter o discurso na ponta da língua para dizer que o objetivo principal foi alcançado.

A título de curiosidade, algo semelhante aconteceu no Campeonato Brasileiro da Série B de 2002. Na segunda divisão, os quadrangulares sempre foram marcas registradas. Já passaram pelos quadrangulares Goiás e Vila Nova em 1999, além de Palmeiras, Botafogo e Grêmio em anos posteriores e sempre com grandes disputas. Mas em 2002 houve mata-mata até o fim, com Criciúma e Fortaleza disputando a decisão já classificados para a Série A (na época apenas duas equipes eram promovidas). O Criciúma ficou com o título, mas a falta de emoção até o final fez com que a CBF voltasse com os quadrangulares já em 2003, quando Palmeiras e Botafogo conquistaram o acesso.

Prefiro o sistema de pontos corridos em um campeonato nacional porque acho um sistema mais justo e organizado. As séries C e D não podem ser disputadas nesse formato por causa da falta de patrocínio e estrutura dos clubes para suportar uma competição que dure 8 meses. Mas é possível fazer um regulamento mais emocionante para essas duas divisões, como provou a Série C desse ano.
Espero que a CBF aprenda com o erro, olhe para o exemplo da Série B de 2002 e mude a fórmula de disputa da terceira e da quarta divisão já para o ano de 2010.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Números finais da Série C

A CBF já contabilizou os números da última rodada do octogonal final da Série C. Dessa forma, já estão divulgados os números finais da terceira divisão de 2008, que chegou ao final no último domingo e volta totalmente reformulada no ano que vem com apenas 20 clubes participantes.
Ao todo, 63 clubes participaram da terceirona em 2008. Foram 1.067 gols marcados em 389 jogos, o que dá uma média de 2,76 gols por partida. Os times mandantes obtiveram 221 vitórias, contra 67 vitórias dos visitantes. Houve ainda mais 98 empates.

Alguns dados chamam a atenção. Começamos pelo público: os quatro times que tiveram a melhor média de público na competição não chegaram ao octogonal final. Destaque para o Santa Cruz, dono da torcida mais fiel. Em média o time levou 19.894 torcedores por partida ao estádio Arruda. O Santa é seguido nessa estatística por Remo, Paysandu e Central.
Dos times que disputaram a fase final, a melhor média é do Campinense. O time paraibano, que conquistou o acesso para a segunda divisão, teve média de 7.481 torcedores em campo. A equipe foi a que mais teve publico no estádio em números absolutos. Nas 14 partidas que disputou em Campina Grande, o Campinense levou ao todo 119.697 torcedores ao estádio Ernani Sátiro, o Amigão. Já o Santa Cruz, que realizou apenas seis partidas em casa por ter sido eliminado na segunda fase, levou ao Arruda um total de 119.364 torcedores, ou seja, quase a mesma quantidade de torcedores que o Campinense teve em 14 partidas.

Quando se trata de renda, o campeão foi o Paysandu. O Papão disputou nove partidas em casa, sendo eliminado na terceira fase. A equipe arrecadou para seus cofres uma quantia de R$ 1.276.529,00. O segundo colocado na lista dos que mais arrecadaram com bilheteria é o Campinense, que em 14 jogos (cinco a mais do que o Paysandu) arrecadou R$ 1.185.070,00. O Remo, que foi eliminado na segunda fase, ganhou mais dinheiro em seus seis jogos em casa do que os outros sete times que disputaram o octogonal.

Foi em um jogo do Remo aliás, que ocorreu o maior público presente em uma única partida na Série C. Na partida contra a Luverdense, o time paraense contou com o apoio de 23.393 torcedores. Já o menor público foi registrado em Santa Catarina. Apenas vinte e duas testemunhas compareceram ao jogo entre Marcílio Dias e Ituiutaba, na terceira fase. A partida terminou 2 a 0 para o Marcílio Dias.

Quando se trata de gols marcados não tem pra ninguém. O melhor ataque foi o do Atlético, que balançou as redes adversárias 84 vezes. O segundo melhor ataque foi o do Rio Branco, que fez 67 gols. As melhores defesas ficaram por conta de times que foram eliminados na primeira fase e que portanto, realizaram apenas seis partidas. Barras, Macaé e J.Malucelli sofreram apenas quatro gols.

Já a pior defesa foi de dois times que foram até o final. Rio Branco e Confiança foram sacos de pancada no octogonal final. Isso contribuiu muito para que as duas equipes sofressem 58 gols cada. Quanto ao pior ataque, esse ficou com o Central de Pernambuco, que marcou apenas um gol e é claro, foi eliminado na primeira fase.

O artilheiro foi Marcão, do Atlético, que fez 25 gols. O segundo na lista é Marcelo Brás, do Rio Branco, autor de 19 gols. Em seguida aparece Fernando Gaúcho, do Guarani, que ajudou o time de Campinas a subir fazendo 17 gols na Série C.

Essa foi a 21ª edição do Campeonato Brasileiro da terceira divisão. Pela primeira vez uma equipe se tornou bicampeã da competição. O Atlético, campeão com folga esse ano, já tinha levantado o caneco em 1990. Os números do Dragão na terceirona em 2008 foram impressionantes. O time disputou 32 jogos, com 21 vitórias, 5 empates e 6 derrotas. O segundo time que mais venceu foi o Rio Branco, que conquistou 16 triunfos, ou seja, cinco a menos do que o Atlético. O rubro-negro goiano marcou 84 gols e sofreu 30.

Fahel, Rafael Marquez têm contratos renovados no Goiás

Hoje a diretoria do Goiás anunciou a renovação de contrato de três jogadores: os zagueiros Rafael Marquez e João Paulo e o volante Fahel. Para mim, somente este último é um grande reforço para o Esmeraldino no ano que vem . Chegou durante o Campeonato Brasileiro e assumiu a titularidade em dois jogos em sequência que o Goiás fez em Minas, contra Atlético mineiro e Ipatinga. Antes o titular da posição era o inconstante Fernando.

Fahel é um jogador que tem um bom posicionamento em campo. Ao lado de Ramalho fizeram uma ótima proteção a defesa do Goiás. Porém ele faz muitas faltas. Chega atrasado em alguns lances e provoca faltas desnecessárias, assim como seu companheiro de posição. E eu lembro que hoje as bolas paradas decidem muitos jogos e ás vezes até campeonatos, não é mesmo São Paulo?

Agora quanto aos dois zagueiros.... Rafael Marquez não devia ser titular. Prefiro o Paulo Henrique no lado direito da defesa, por mais que este, desde que perdeu a posição de titular, tenha ficado um pouco acima do peso. E o João Paulo precisa ser mais observado, teve poucas oportunidades neste ano. Hélio dos Anjos prefere este jogador na sobra.

Fico na expectativa da renovação de contrato do Ramalho. Por se tratar de um grande volante e também pelo interesse de alguns clubes como o Sport.

Falta de entrosamento entre diretoria e treinador no Vila

O técnico Givalnildo Oliveira renovou o seu contrato com o Vila Nova na semana passada. Na oportunidade o Dirigente de Futebol do clube Paulo Beringh e o presidente Sizenando Ferro afirmaram que o novo contrato tinha validade até o final do campeonato goiano de 2009. Porém a entrevista coletiva do treinador mostrou um outro lado.

Givanildo disse que o contrato vale até o final da temporada de 2009. Quem está errado nessa história? Bom, o certo é que faltou entrosamento entre diretoria e técnico. Parece-me que o treinador errou na sua entrevista. Na verdade o que existe é um contrato até o fim do regional do ano que vem e uma preferência em uma outra renovação, esta no caso até o final do ano.

Gostei da posição da diretoria do Vila em permanecer com Givanildo Oliveira. Ele teve culpa por essa fraco desempenho do Tigrão desde a rodada 24. Mas, ainda o vejo como um grande treinador para subir clubes médios da série A do futebol brasileiro.

E mais. Acho que a campanha do Vila nesse brasileiro foi muito acima das minhas expctativas. Um clube que sobe de divisão precisa se preucupar primeiro com o rebaixamento. E nisso o clube do OBA esteve longe. É claro, que com os investimentos feitos não dava para pensar em Série C e sim no acesso. Contudo, vejo a Série B do Vila com bons olhos.

Espero que nessa próxima temporada a interação Paulo Bering, Sizenando e Givanildo possa dar certo e que o Vila acerte nas contratações para começar a pré-temporada forte, entrando no Campeonato Goiano para disputar o título, ou mesmo, uma vaga na final e consequentemente uma vaga na Copa do Brasil de 2010.