terça-feira, 29 de setembro de 2009

Histeria canarinha

Na sexta-feira passada o Jornal Nacional veiculou uma matéria mostrando os benefícios que os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro poderiam trazer para o país, não só a cidade, caso o Rio seja escolhido como sede em 2016. A reportagem foi feita com base em um levantamento da Fundação Instituto de Administração, de São Paulo, que foi encomendado pelo Ministério do Esporte. O levantamento mostrou números surpreendentes de crescimento em vários setores da economia, e concluiu que o impacto na economia chega a R$ 102 bilhões com reflexos até 2027. Foi o início do frenesi midiático que cerca a semana decisiva para a candidatura do Rio de Janeiro.

Desde então a Globo, com seus programas esportivos, o seu site, e o canal por assinatura, Sportv, vem demonstrando o seu total descompromisso com o jornalismo. Quem assiste ao Globo Esporte essa semana com a intenção de se informar está perdido. O que se vê é somente uma histeria, um levante para que o Rio seja escolhido. Matérias comoventes, com imagens belas, a supervalorização das estrelas que estão em Copenhague acompanhando a decisão (Pelé, Lula, Paulo Coelho, além do circo todo, Nuzman, Orlando Silva, Eduardo Paes, Sérgio Cabral...). Mensagens fortes: “Vamos torcer para o Rio!”. Como se isso fosse um símbolo cívico. Quem não o fizer não é digno de ser brasileiro. Durante o programa atletas renomados são convidados para darem o seu depoimento. Já passaram por lá o ex-jogador de vôlei e agora comentarista, Tande e o mesa-tenista Hugo Oyama.

Porque não chamaram “Magic Paula”? Porque Ana Moser também não esteve presente para dar o seu depoimento? Na reportagem veiculada pelo Jornal Nacional porque nenhum representante do TCU-RJ foi entrevistado, já que até hoje as contas do Pan 2007 não foram aprovadas? Todo esse carnaval em cima da possibilidade de o Rio ser escolhido vem com essa alegação de que será um salto enorme não só para o esporte, como também na infra-estrutura do país. O exemplo que eles gostam de usar é o de Barcelona, que após sediar as Olimpíadas de 1992 teve um crescimento realmente considerável, do qual os Jogos foram realmente essenciais.

De fato investimentos virão. Reformas estão previstas, instalações esportivas de primeiríssima qualidade também, mas a questão que fica é se as autoridades brasileiras sabem lidar com isso. O histórico brasileiro não ajuda. Licitações públicas são uma verdadeira farra por aqui. O principal motivo para se contestar a candidatura brasileira são os Jogos Pan Americanos de 2007. Na ocasião o Governo Federal gastou em torno de 1000% a mais da previsão inicial. O apresentado foi de que houve um gasto de R$ 4,5 bi, o Pan mais caro da história. A previsão para os Jogos Olímpicos em 2016 é de algo em torno de R$ 28 bi, não quero nem fazer as contas...

Outro ponto “favorável” é o legado. Mais uma vez o Pan é a prova máxima de que é difícil isso acontecer. Vários “Elefantes Brancos” estão espalhados pela cidade carioca. O Engenhão, empossado pelo Botafogo em uma licitação muito duvidosa realizada pela prefeitura, pouco serve ao atletismo brasileiro. Atletismo que merece uma atenção muito maior, em tempos de escândalos no doping, mas que ninguém se importa, já que a meta é agora é elevar o nome do Rio no cenário mundial com os Jogos de 2016. Ainda sobre o “legado do Pan”, temos o Maria Lenk, complexo aquático que não poderá ser utilizado nas Olimpíadas, por não atingir os requisitos mínimos do COI, dentre outras instalações.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou uma análise após o Pan de que a prefeitura do Rio de Janeiro, no mandato de César Maia (DEM), entre 2005 e 2008 gastou 34% de seu orçamento na realização do evento. Saúde e educação ficaram com míseros 7%. É esse tipo de dado que aumenta o nosso espírito cético em relação à vinda de um evento de tamanha grandeza como os Jogos Olímpicos para o Brasil. Isso sem falar da Copa do Mundo, que acontecerá dois anos antes. Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) foi almejada pelo senador Álvaro Dias (PSDB - PR) e pelo deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ), para investigar os investimentos públicos no esporte. As assinaturas foram recolhidas, mas no instante final, alguns senadores e deputados retiraram seus nomes, após lobby encabeçado pelo COB, e seu mandatário, Carlos Arthur Nuzman.

O esporte brasileiro precisa de muito mais que R$180 mi gastos somente com papelada para apresentar uma candidatura. Realmente é preciso sediar uma Olimpíada para que esporte seja levado a sério? Essa candidatura não tem apenas um lado, como o mostrado na Globo, de festa, alegria, e apenas melhorias para o país. Ela transcende como é mostrado no excelente “Brasil Olímpico, uma candidatura passada a limpo”, da ESPN Brasil. Estou cobrando não uma postura contrária à candidatura, mas sim uma postura mais crítica em relação a esse evento. O esporte não é tão simples assim, ele precisa ser levado mais a sério.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O Palmeiras de Muricy e o São Paulo de Ricardo

Palmeiras e São Paulo trocaram seus técnicos durante a temporada para conquistar o título de Campeão Brasileiro. O verde contratou o atual tricampeão brasileiro Muricy Ramalho e o tricolor trouxe o inexperiente Ricardo Gomes.


Muricy Ramalho estreou a frente do Palmeiras no dia 29 de julho, vitória sobre o Fluminense por 1x0. Já são 12 jogos no comando alviverde com 6 vitórias. 4 empates e 2 derrotas, aproveitamento de 61,1%. Nas últimas 2 rodadas Muricy, enfim, conseguiu fazer o time com a sua cara, com um futebol de resultado e sem espetáculo. Duas vitórias, ambas por 2x1, em cima de Cruzeiro e Atlético Paranaense. Nesses 12 jogos, o atual técnico tri-campeão brasileiro não venceu nenhum jogo por dois gols de diferença. A última vitória por dois gols de diferença do Palmeiras foi na 14° rodada, 3x0 em cima do Corinthians, último jogo em que Jorginho comandou a equipe.


Ricardo Gomes estreou no comando do São Paulo diante o Náutico, no dia 27 de junho. Vitória tricolor por 2x0. Ricardo tem 19 jogos, 11 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, aproveitamento de 66,7%. O tricolor iniciou uma grande arrancada e a torcida são paulina soltou o grito de “o campeão voltou”. Porém, nas duas últimas rodadas, o São Paulo teve a chance de assumir a liderança por três dias, já que o jogo do alviverde seria apenas na quarta feira, mas decepcionou. O tricolor paulista conquistou apenas 2 pontos e viu seu rival assumir a ponta e se distanciar. Ricardo Gomes mudou e melhorou o jeito de jogar do São Paulo, mas mesmo assim o time ainda é pragmático. Dos 19 jogos, conquistou 4 vitórias por 2 gols de diferença, sendo que em apenas uma oportunidade o time fez 3 gols na mesma partida.


Apesar dos números de Ricardo serem melhores, Muricy pegou um Palmeiras em melhor situação no Brasileiro e tem tudo para levantar o seu quarto caneco, mesmo sem dar espetáculo e sem vencer de forma elástica.


domingo, 27 de setembro de 2009

Atlético-GO, cada vez mais cerebral, vence clássico dos opostos



O quarto confronto entre Atlético-GO e Vila Nova em 2009 teve, mais uma vez, um final bastante conhecido para ambos os times e seus respectivos torcedores. Bastante conhecido, principalmente, nos últimos 6 anos.


Esse é o tamanho da supremacia atleticana na história recente do confronto. Esse é também o tamanho do jejum de vitórias vilanovenses no clássico. De 2003 pra cá foram 12 jogos, sendo 6 vitórias do Atlético-GO e 6 empates. Some-se a isso os confrontos de 2009 – 3 jogos, 2 vitórias atleticanas e 1 empate -, a diferença dos times na tabela de classificação, o empurra-empurra no que se refere ao favoritismo, as declarações de alguns jogadores durante a semana e o episódio das pichações no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga e temos um breve panorama do clima que antecedeu a partida.


O fato é que os dois times queriam muito a vitória. O Atlético-GO, para espantar uma seqüência de péssimos resultados e impedir a instalação de uma crise. O Vila Nova, para afastar de vez o fantasma do rebaixamento e, principalmente, desbancar o arqui-rival do momento. Só que, teoricamente, existe uma abismo técnico e tático que diferencia as duas equipes. ... e a grande questão ontem era saber o que prevaleceria: a superioridade atleticana ou a vontade e o momento do Vila?


Na medida do possível, os técnicos escalaram o que tinham de melhor e não fizeram surpresa. Os dois times jogaram no 4-4-2, e com três volantes. Sem poder contar com Chiquinho e Róbston, o técnico Mauro Fernandes promoveu a entrada de Alysson e Agenor, assim como desbancou Elias e escalou Anaílson na equipe titular, que era: Márcio; Rafael Cruz, Antônio Carlos, Leandro Amaro e Alysson; Agenor, Leandro Carvalho, Pituca e Anaílson; Marcão e Juninho. No Vila, os desfalques eram Cocito e Jeferson Ângulo. O time titular tinha: Juninho; Dida, Edson Borges, Leonardo e Osmar; Claudinho Baiano, Otacílio, Alisson e Ricardinho; Alex Dias e Willian.


O jogo começou com chances de gol desperdiçadas pelos dois times. Anaílson recebeu livre na grande área e bateu para a ótima defesa de Juninho. Após cobrança de escanteio, Leonardo ficou com a bola na pequena área e chutou em cima do goleiro Márcio. O Vila Nova tomava as ações do jogo e tinha maior posse de bola.


No entanto, aos 11min Pituca foi derrubado na entrada da grande área. Márcio foi para a cobrança e acertou um belo chute no ângulo direito de Juninho. Mais uma vez o goleiro balançou as redes contra o Vila Nova, mesmo time em que o goleiro fez seu primeiro gol de falta, em 2007, pela Série C.


No placar, 1x0 pro Dragão. Em campo, o Vila seguia até melhor, mas concentrava as jogadas em Osmar, pela ala-esquerda, e em Willian, pouco inspirado. Vez ou outra, Dida era acionado e alçava bolas na área, que sentia a falta de um jogador alto e bom cabeceador. O Atlético-GO, por sua vez, cadenciava a partida, investia em contra-ataques e tinha em Juninho, sua melhor opção ofensiva.


As equipes voltaram para a etapa complementar sem quaisquer alterações. Assim como no primeiro tempo, o Vila jogava melhor, mas faltavam boas opções ofensivas. Em alguns momentos, faltava até técnica e entrosamento. Alex Dias era nulo em campo. Aos 19min, após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Antônio Carlos, que ampliou o placar. Atlético-GO 2x0 Vila Nova. A vitória aumentava para 13 jogos a invencibilidade atleticana e cada minuto decorrido diminuía as chances do volante Alisson debutar e vencer o Dragão pela primeira vez na carreira. Alisson, atleta das categorias de base do Vila, e que em entrevista a equipe Doutores da Bola, afirmou que se tratava de seu último clássico. Com o término de seu contrato ao fim do ano, o jogador reiterou que não pretende ficar mais um ano no Tigrão.


Após o gol, a partida seguia morna. Até a entrada de Nena e, principalmente, Ray. Os dois atacantes entraram muito bem e colocaram fogo na partida. Após penalty sofrido por Ray, Dida converteu a cobrança e o Vila passou a ser todo ataque. Restavam pouco mais de 10min, tempo suficiente para duas bolas na trave. Mas não para o gol de empate. Fim de jogo, Atlético-GO 2x1 Vila Nova.


A partida não foi espetacular. Tampouco foi disputada à flor da pele, como o transcorrer da semana previa. Mas foi uma partida representativa. O Vila fez o que pôde. Não seria surpresa se vencesse. Seria um feito e tanto de uma equipe que não se entregou e buscou a partida a toda instante, mesmo que não da melhor maneira possível.
Mas o que ficou claro é que o Atlético não é mais aquela equipe inocente. A exceção é a partida contra o Vasco, onde o time fraquejou e mostrou imaturidade. Nas demais, vemos um time que já demonstra malícia e saber ser objetivo. O Atlético não mais se expõe como antes, não se mostra tão vulnerável ao atacar, como outrora. E sim, é um time cada vez mais cerebral.


foto por Marco Monteiro, do Diário da Manhã

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O dia do rádio




No dia 25 de setembro, comemora-se no Brasil o dia do rádio. Esta data não poderia passar em branco no blog da equipe Doutores da Bola, que faz transmissões esportivas nos 870am há nove anos. A data é em homenagem a Edgar Roquette-Pinto, que nasceu em 25 de setembro de 1884. Ele foi o responsável pela fundação da primeira emissora de rádio do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que em 1936 foi doada ao Ministério da Educação e desde então passou a se chamar Rádio MEC.

Roquette-Pinto estudou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, foi membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Brasileira de Letras. Em 1922, percebeu a importância do rádio durante a primeira transmissão radiofônica no Brasil, um discurso realizado do alto do Corcovado pelo então presidente Epitácio Pessoa, no evento que marcou as comemorações pelo centenário da Independência. Menos de um ano depois foi fundada a Rádio Sociedade.

Edgar Roquette-Pinto faleceu em 18 de outubro de 1954. Ele é considerado o "Pai do Rádio Brasileiro''. O rádio é o instrumento de comunicação mais popular do mundo. E também o mais fascinante.

Goiás vive o mesmo trauma de três anos atrás. Derrota para Cerro lembra jogo contra Estudiantes

No jogo que começou ontem e só terminou hoje o Goiás reviveu um passado que não agrada muito o torcedor esmeraldino. Por mais que o clube esteja disputando até mesmo um título no Campeonato Brasileiro, não dá para esconder que para diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida a Copa Sul-Americana tem muito valor. Enfrentar o time reserva do Atlético Mineiro, de fato é algo irrelevante. Mas quando a equipe esmeraldina passa a representar um país à importância do jogo passa a ser maior.

Na Copa Libertadores de 2006 o Goiás fez o primeiro jogo das oitavas de final fora de casa contra o Estudiantes. O técnico na época Geninho e ele escalou o time com três zagueiros (Leonardo, Rogério Corrêa e Júlio dos Santos) e com três volantes (Fabiano, Danilo Portugual e Vampeta).

Ontem Hélio dos Anjos também usou três zagueiros (Leandro Eusébio, João Paulo e Ernando) e três volantes (Amaral, Fernando e Ramalho). O resultado foi o mesmo nas duas partidas. Quando os times da casa, Estudiantes e Cerro Portenho, decidiram pressionar marcaram dois gols. Placar final de dois a zero para os estrangeiros.

Contra o Estudiantes o Goiás tomou dois gols em 16 minutos, Gálvan as 35 e Calderón aos 46 do segundo tempo. Contra o Cerro Portenho o time goiano tomou dois gols em 14 minutos, Júlio dos Santos aos 7 minutos e Herner aos 20 minutos do segundo tempo.

Em 2006 Souza e Leonardo foram expulsos no primeiro jogo das oitavas e ontem foi à vez do ala Vítor.

Os dois resultados mostram a inexperiência que o Goiás ainda tem jogando competições internacionais. É o caso do clube em si como também de alguns jogadores. No time que jogou ontem poucos têm experiência em competições internacionais.

Contra o Cerro o meio campo errou muitos passes. Vítor não fez boa partida pelo setor direito e Zé Carlos tomou um baile do principal jogador do time paraguaio, Irrazábal. Foi pelo lado esquerdo da defesa esmeraldina que saíram os dois gols do jogo, em dois cruzamentos de Irrazábal. No segundo gol o zagueiro Leandro Eusébio fez o que nenhum zagueiro pode fazer na grande área, preocupar apenas com a bola deixando o atacante livre.


Em 2006, no jogo da volta, Geninho armou um time com três atacantes (Roni, Nonato e Wellington), mas o desespero em busca de marcar pelo ou menos dois gols, resultou em um gol levado aos 31 minutos do segundo tempo. Resultado final de três a um para o Goiás que deu a classificação para os argentinos.

O time de Hélio dos Anjos tem chances sim de reverter à vantagem no estádio Serra Dourada. Mas o time terá que adquirir tranqüilidade e mais experiência para um jogo de mata-mata. Se Fernandão e Iarley jogarem, o ataque do clube esmeraldino terá essa experiência. Porém, a defesa, exceto o goleiro Harlei, não terá como acumular tanto aprendizado em apenas uma semana.

O jogo da volta será na próxima quinta-feira as sete e quinze da noite.


Escalação do Goiás na 1º partida contra o Estudiantes em 2006
GOIÁS
Harlei; Leonardo, Rogério Corrêa e Júlio Santos; Cléber, Fabiano, Danilo Portugal, Vampeta (Cléber Gaúcho) e Jadílson (Aldo); Roni (Nonato) e Souza
Técnico: Geninho

Escalação do Goiás na partida contra o Cerro Portenho
GOIÁS
Harlei; Ernando, Leandro Euzébio e João Paulo; Vítor, Fernando (Everton), Amaral, Ramalho (Fernandão), Léo Lima e Zé Carlos; Felipe
Técnico: Hélio dos Anjos

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Mais tenso, Atlético treina para o clássico contra o Vila

O Atlético realizou ontem, em seu Centro de Treinamentos, o primeiro coletivo da semana para o clássico de sábado, contra o Vila Nova, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Chiquinho e Róbston estão suspensos. No lugar do lateral-esquerdo, o técnico Mauro Fernandes colocou entre os titulares o reserva imediato da posição, Álisson. Já no meio campo, o volante Agenor assumiu a posição de Róbston. Outra mudança importante foi no setor de criação. Elias treinou entre os reservas. Ele perdeu a posição para Anaílson, que começou jogando uma partida pela última vez há nove rodadas, quando o Dragão perdeu de 1 a 0 para o Ceará. O time que iniciou o coletivo de ontem teve Márcio; Rafael Cruz, Leandro Amaro, Antônio Carlos e Álisson; Agenor, Leandro Carvalho, Pituca e Anaílson; Juninho e Marcão. Os reservas venceram por 3 a 1, com dois gols do meia Fernando, que foi aproveitado em apenas duas partidas no Campeonato Brasileiro.

O capitão Jairo, segue se recuperando de uma lesão. Além disso, ele está suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa da expulsão no jogo contra o Vasco. Jairo tem que cumprir mais uma partida de suspensão e após o clássico de sábado deve estar à disposição de Mauro Fernandes. O que tem chamado a atenção no Atlético essa semana é o clima mais tenso do que de costume nos treinamentos. O desempenho recente nas partidas fora de casa está incomodando a comissão técnica e principalmente os jogadores, que têm o discurso na ponta da língua em todas as entrevistas quando o assunto é a queda de rendimento do time. "Temos que voltar a pontuar fora de casa para conseguir o acesso, pois nem sempre é possível conquistar todos os pontos no Serra Dourada'', disse o lateral-direito Rafael Cruz. No últimos cinco jogos longe de Goiânia, o Dragão somou apenas um ponto. Foram quatro derrotas e um empate.

Mesmo com a queda de rendimento, o acesso do Atlético parece questão de tempo. O time enfrenta seus principais concorrentes diretos, como Guarani, Ceará, São Caetano e Portuguesa, jogando no Serra Dourada. O que deixa os torcedores mais otimistas é o aproveitamento do técnico Mauro Fernandes no comando da equipe. Mauro tem 66% de aproveitamento como técnico do Dragão desde o ano passado, quando comandou o time na Série C do Campeonato Brasileiro. Mas o que impressiona é o aproveitamento do técnico em Goiânia. Com Mauro Fernandes no banco, a torcida ainda não viu de perto o time ser derrotado. Até hoje foram 33 jogos, com 27 vitórais e 6 empates. Uma invencibilidade conquistada com 87% de aproveitamento em casa.

Porém, o técnico do Dragão está mais preocupado essa semana. Ele está insatisfeito, sobretudo com o péssimo aproveitamento dos atacantes, que têm perdido muitas chances de gol. Por isso, o atacante Zulu, de 26 anos foi contratado por empréstimo até o final do ano. O centroavante, que pertence ao Criciúma, estava no Atlético Paranaense e foi trocado por Brasão. Zulu atuou em apenas três partidas na primeira divisão pelo Furacão. Ele tem 1,93 m , pesa 90 quilos e é um bom reforço para o time goiano, pois trata-se de um jogador oportunista. O Atlético não perde para o Vila em jogos oficiais desde 2003 e não pode perder o seu lugar entre os quatro melhores times da Série B nessa rodada.

Confira abaixo a entrevista coletiva concedida pelo técnico Mauro Fernandes após o coletivo de ontem. Mauro foi mais seco nas respostas do que de costume, mas vale ressaltar que o treinador do Atlético sempre atendeu bem a imprensa e respondeu a todas as perguntas.

O Fenômeno Campinense

O Campinense vem fazendo um trabalho de reação que surpreende a todos. Até a 14ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, a equipe tinha feito pífios 6 pontos, oriundos de 2 vitórias. Desde então as coisas mudaram e os paraibanos fizeram 20 pontos em 11 jogos, média de 60,6%. No 2° turno, o aproveitamento é melhor ainda. A raposa conquistou 12 pontos em 18 disputados, média de 66.7%, números que colocariam o time de Campina Grande no G-4.

A explicação para essa crescente veio do lateral esquerdo Fernandes no jogo contra o Atlético Goianiense, no Serra Dourada. Fernandes foi sincero e disse “a diretoria está fazendo a sua parte e nós estamos fazendo a nossa”.

Hoje, os salários do Campinense estão em dia e isso tem total influência no desempenho da equipe. Não é questão de o jogador ser ou não ser mercenário, mas receber em dia faz a diferença para o atleta trabalhar com tranqüilidade e possa se concentrar apenas no seu desempenho dentro das quatro linhas. Um exemplo do quanto é importante receber em dia vem da Série A, com o Fluminense. O tricolor das laranjeiras não tem um time tão horroroso quanto parece, mas os salários atrasados jogam contra, agravando ainda mais a situação do Flu que possui mil e um problemas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quem vai ser o próximo?

Hoje, o Conselho Mundial da FIA definiu as punições para os envolvidos com o acidente de Nelsinho Piquet, em Cingapura. Por envolvidos, leia-se Flavio Briatore e Pat Symonds.
Briatore foi banido da Fórmula Um e de qualquer evento realizado pela Federação Internacional de Automobilismo. Dessa forma, o italiano não vai poder colocar os pés em autódromo nenhum, seja no paddock trabalhando, seja apenas assistindo as provas. Além disso, Briatore não vai mais poder ser manager de pilotos. Os novatos que aceitarem o agenciamento do ex-chefe da Renault não vão tirar suas superlicenças. Mark Webber, Heikki Kovalainen, Romain Grosjean precisam encontrar novos managers para renovar seus papéis.
Pat Symonds foi suspenso por cinco anos. Fernando Alonso e Nelsinho Piquet saíram ilesos. A Renault vai ficar de “aviso prévio” por dois anos. Caso a equipe saia da linha, a FIA coloca em vigor a suspensão até o fim de 2011. No final das contas, a equipe gaulesa saiu no lucro.
Com isso tudo, só se pode perceber que a FIA aprendeu a ameaçar as equipes. No início do ano, com o episódio da mentira de Lewis Hamilton diante à Corte, a equipe inglesa e Hamilton ficaram sob o mesmo aviso. Ameaçaram banir o time de Woking, por reincidência, mas a federação se contentou, apenas, com a saída de Ron Dennis.
Max Mosley e Bernie Ecclestone estão querendo tirar os dinossauros da categoria, quando eles também estão na mira. Mosley já está com os dias contados, falta saber quando vai sair a aposentadoria de Ecclestone, que já falou em pendurar as sapatilhas. Enquanto isso, Ross Brawn que se cuide.

A Liga Russa

O Campeonato Russo cresceu nos últimos anos e hoje está no segundo bloco dos campeonatos nacionais mais importantes da Europa. Atualmente, prefiro o futebol russo do que o português e o francês. Há quem discorde, evidentemente, mas o fato é que depois da importação de vários jogadores, o que levou o CSKA ao título da Copa da Uefa em 2005, a competição cresceu e os atletas nascidos naquele país aprenderam muito. O Zenit venceu a Copa da Uefa em 2007 com uma base de jogadores russos, como Arshavin, hoje no Arsenal, da Inglaterra. Zirkov, Progbeniak e Pavlyuchenko, por exemplo, são bons jogadores e podem aparecer bem na próxima Copa do Mundo. Portanto, é bom acostumarmos com esses nomes diferentes. A seleção russa está na segunda colocação no Grupo 4 das Eliminatórias Europeias para o mundial da África do Sul, um ponto atrás da Alemanha. Os dois líderes se enfrentam em Moscou na próxima rodada e a chance da Rússia mandar os alemães para a repescagem é considerável.

Porém, nem tudo corre dentro do normal no país onde atuam brasileiros como Welliton, ex-Goiás, Alex e Íbson. Proibir bebida em estádios na terra da vodka seria difícil. Às vezes, algum torcedor mais exaltado resolve ser protagista. É o que aconteceu na partida entre Saturn e Spartak Moscow, na última rodada. Confira:

Goiás goleia Corinthians no Pacaembu

A vitória do Goiás sobre o Corinthians foi acima de qualquer suspeita. Como dizem por aí, foi daquelas com “v” maiúsculo. Segundo o Hélio dos Anjos foi a melhor exibição do time sob o seu comando. A noite que era para ser do Fenômeno, inclusive o palco foi armado para isso, mais de 30 mil pessoas viram uma grande exibição no Pacaembu, porém por parte dos visitantes.
O sólido Mano Menezes tomou sua maior goleada jogando no Pacaembu com o boné corinthiano. Muito por culpa do próprio Mano Menezes que mandou a campo um time extremamente incapaz de criar.
O time alvinegro foi à campo num 3-5-2, com Felipe no gol, na zaga Balbuena, Chicão e Diego esse último em noite extremamente infeliz. Aí no meio-campo dois alas com vocação para lateral, casos de Alessandro e o Marcelo Oliveira. O pior foi a escolha de três volantes para compor o meio e confiar a criação ao Elias. Os outros volantes foram o inoperante Marcelo Mattos e o discreto Jucilei. Dessa maneira a bola pouco chegou à Ronaldo e Dentinho.
Ficou fácil para o bem armado e muito inspirado Goiás, que voltando ao esquema 3-6-1 se sentiu muito à vontade. Como o Corinthians não exigia muito da marcação esmeraldina, o Fernandão pôde jogar como um meia muito mais solto, e deu muito certo com o Iarley jogando como o 1 do esquema de Hélio dos Anjos.
Iarley e Fernandão fizeram uma partida exuberante, sem reparos como exaltou o treinador do Verde na coletiva pós-jogo. Só que Júlio César novamente foi um jogador essencial para a vitória esmeraldina. O camisa 6 deu simplesmente 3 assistências dos 4 gols marcados pelo time esmeraldino, um foi belo passe para o também belo gol do Fernandão, segundo do Goiás no jogo.
O próximo confronto no Brasileirão é parada dura, jogo contra o Grêmio no Serra Dourada, jogo importantíssimo para as pretensões esmeraldinas no campeonato. O maior problema é que na quinta-feira o Goiás encara o Cerro Porteño em Assunção às 22h30.

domingo, 20 de setembro de 2009

Vila Nova de 2009 assemelha-se com o time de 2006



Após a 25º rodada o torcedor do Vila Nova vê no time de 2009 muitas semelhanças com o time de 2006 que caiu para a terceira divisão. A primeira é que o presidente do clube naquela época, Carlos Alberto Barros, hoje, ainda é uma pessoa muito influente no clube colorado, já que é presidente do Conselho Deliberativo. Outra semelhança é a fraqueza que tinha aquela equipe assim como tem a atual.

Mas alguns outros dados mostram que as semelhanças podem ser ainda maiores.

O Vila Nova na 25º rodada em 2006 tinha a mesma campanha que o Vila na 25º rodada em 2009. Foram 32 pontos conquistados sendo 9 vitórias e 5 empates.

As constantes mudanças de treinadores do Vila em 2009, lembra também as trocas de técnicos em 2006. Naquele ano o time teve cinco comandantes diferentes no Campeonato Brasileiro. Foram eles Roberto Fernandes, Robson Alves, Luis Carlos Martins, Karmini Colombini e Maurício Simões.

Após a vitória contra o ABC de Natal no último sábado o técnico Zé Roberto foi efetivado. O ex-treinador do sub-20 agora tem a função de manter o Tigrão na Série B do futebol brasileiro. Se olharmos pelos dois jogos em que Zé Roberto foi o comandante podemos acreditar no Vila na segunda divisão do ano que vem. O treinador venceu a Portuguesa por 2 x 1 na 20º rodada e o ABC na 25º rodada por 1 a 0. Mas, se olharmos pelo histórico do clube comandado por Barros não temos esta mesma certeza.

A história de Zé Roberto assemelha-se com a de Karmino Colombini. O treinador interino que quando foi acionado não decepcionou e por isso assumiu de vez o time principal. Colombini foi o treinador do Vila na 22 rodada do brasileiro em 2006 no empate fora de casa com o Ituano por 1 a 1. Ele fez o chamado “tampão” após a saída de Luis Carlos Martins até a chegada de Maurício Simões.

Com a queda de Maurício Simões, Colombini foi chamado na 33º rodada quando o Vila empatou em casa contra o América de Natal e foi até a última rodada quando o time perdeu de 5 a 1 para o também rebaixado Guarani.

Com estas duas semelhanças ficam duas perguntas. A primeira se Zé Roberto será Karmino Colombini e a segunda se o Vila nas últimas 13 rodadas em 2009 terá melhor desempenho do que em 2006.

Quanto a primeira eu acredito que Zé Roberto pode tirar o Tigrão da queda e não ter uma história tão idêntica como a de Colombini. Até por que o atual comandante terá muitas rodadas para mostrar seu trabalho.

Para a segunda pergunta é preciso acreditar neste time dentro do Serra Dourada. Nas últimas 13 rodadas de 2006 o Vila só venceu dois jogos, empatou mais quatro e caiu com 42 pontos. Nas últimas 13 rodadas desse ano o tigre tem mais 7 jogos em Goiânia.

Será preciso 14 pontos para alcançar a marca de 46 pontos e se ver livre do risco de mais um rebaixamento.


Treinadores do Vila na Série B em 2006
Roberto Fernandes – 1º rodada
Robson Alves – 2º rodada
Luis Carlos Martins – 3º rodada a 21º rodada
Karmini Colombini – 22º rodada e 33º rodada a 38º rodada
Maurício Simões – 23º rodada a 32º rodada

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Harlei. Um ídolo muito contestado




Poucos são os clubes no Brasil que têm, nos dias de hoje, um atleta com mais de dez anos casa. Dentre estes poucos clubes está o Goiás que tem desde 1999 no seu gol o goleiro Harlei. São recordes e mais recordes batidos por esse jogador que já tem a sua história marcada no Goiás Esporte Clube.

Caso algum escritor algum dia venha a escrever sobre a história de Harlei no clube esmeraldino, certamente ele não poderá dizer que o goleiro esmeraldino “era um jogador incontestável”.

No início desta década os gritos da torcida do Goiás era para o goleiro reserva Kiko e até alguns anos a torcida clamava por Calaça. Harlei não é pior que nenhum destes dois, aliás ele é bem melhor. Ele tem uma postura diferente dos outros goleiros. Por ser pequeno, o goleiro afirma que “preciso jogar adiantado em certas ocasiões para alcançar os chutes” e “eu dou o soco na bola, pois minha estatura não é privilegiada”.

Um destes socos acabou saindo errado como foi no jogo contra o Coritiba e um tiro de meta foi mal no jogo contra o Barueri resultaram em gols dos times adversários. Isso já é o suficiente para a torcida do Goiás pedir a aposentadoria do goleiro.

Harlei sente as derrotas muito mais do que qualquer jogador. Certa vez perguntei se ele sentia que o grupo estava abatido pela derrota contra o Internacional e ele respondeu “eu não consigo sair de casa com derrotas deste tipo”.

E desde os últimos erros Harlei andava mesmo cabisbaixo. Mas ontem ele voltou a se redimir frente ao torcedor do Goiás e a crônica esportiva. Mesmo sendo pequeno, o goleiro pegou dois pênaltis e reviveu a mesma emoção que sentiu na final do campeonato goiano de 2003 e na segunda fase da Copa do Brasil também em 2003.

Após o jogo de ontem contra o Atlético Mineiro o atleta revelou que não gosta de pênalti e que sente que este não é o seu ponto forte. Chegou a se emocionar ao falar do carinho pelo Goiás e pela torcida esmeraldina. Afirmou também que sua família sente muito as críticas infundadas que são feitas por parte da crônica esportiva do estado.

De fato todo mundo recebe críticas. Mas Harlei é massacrado quando comete algum erro. E me pergunto por que será que o torcedor prefere vaiar um jogador tão identificado com o clube? Por causa de jogador ter vindo do Vila Nova? Não sei dizer.

São mais umas daquelas perguntas difíceis de responder quando estamos falando de emoção.

O certo é que para história de Harlei no Goiás devemos saber que ele para boa parte da torcida foi um “ídolo muito contestado”.

Site O Popular dia 17 de setembro

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

SP mais favorito e Galo volta a briga

As derrotas de Palmeiras e Inter fizeram com que o São Paulo, que venceu seu jogo, se credenciasse a favorito ao título do Brasileiro. O time é coeso, frio e eficiente. A partida contra o Cruzeiro na semana passada demonstrou isso. A equipe saiu em desvantagem no marcador e continuou normalmente a praticar seu futebol. Ricardo Gomes, que vem surpreendendo, fez bom uso de seu banco e conseguiu a virada.

Outro ponto que coloca o São Paulo como favorito ao título são os jogos contra as equipes de menor expressão ou que não estão bem na competição, caso de Avaí, Barueri, Náutico, Sport. O tricolor paulista dificilmente fraqueja contra esses adversários. Empatou com o Avaí no 1° turno e venceu agora, derrotou o Náutico em casa e venceu o Sport e Barueri fora de casa.

O Atlético Mineiro foi o time que melhor aproveitou a janela de transferência e está de volta a briga. O presidente Alexandre Kalil vem demonstrando ser um excelente presidente e um apaixonado pelo Atlético e, por isso, a torcida confia no time e em Kalil. As contratações de Correa, Renteria e Ricardinho foram excelentes. O meio da equipe era deficiente, Jonilson não sabe dar um passe e Correa é um jogador que tem como grande caracteristica um bom passe, além de marcar bem. Ricardinho por mais detestado que seja pelo torcedor brasileiro é um grande jogador, tanto que já participou de duas copas com a amarelinha, 2002 e 2006. A equipe ainda é inferior aos adversários, mas a torcida do Galo é diferenciada e capaz de empurrar o time para a ponta da tabela.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O dever de casa



O Vila Nova vai encontrar amanhã, no Estádio Serra Dourada, um dos poucos adversários que são mais frágeis do que a equipe goiana É obrigação do time comandado pelo técnico Arturzinho vencer o Duque de Caxias, décimo sétimo colocado, com 24 pontos ganhos. Além de ser um confronto direto envolvendo equipes que lutam contra o rebaixamento, o Vila já venceu o time da Baixada Fluminense na Série B.

No primeiro turno o colorado saiu perdendo, mas virou a partida com gols de Édson Borges e Vanderlei. O Duque vai ter cinco desfalques para o jogo: Oziel e Marquinhos estão suspensos. Edvaldo, Bruno Costa e Édson estão lesionados. É um trabalho e tanto para o técnico Gilson Kleina (foto), ex-comandante do Tigrão, que estreou na rodada passada com derrota em casa para o Bragantino. Dez dias já se passaram desde o último jogo do Duque de Caxias, tempo suficiente para o novo treinador da equipe mostrar o seu trabalho.

É muito difícil que Gilson Kleina resolva o problema de sua equipe. Uma equipe sem tradição, sem experiência, sem torcida e sem casa. Não existe, em Duque de Caxias, estádio que esteja dentro das exigências da CBF para a realização de jogos da segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Por isso, o time da cidade mandou os seus jogos até agora no Estádio Giulite Coutinho, que fica na capital carioca. A partir da 25ª rodada, o Duque vai mandar os suas partidas em Volta Redonda e com isso, a pífia média de 295 torcedores por partida deve cair ainda mais.

O Vila Nova é o único time da Série B que ainda não venceu por dois gols de diferença. Pior do que isso, o Tigrão não conseguiu abrir dois gols de diferença para seu adversário em momento algum durante os seus 22 jogos na competição. Parece querer muito de um time que não fez gols em casa nos dois últimos jogos, uma vitória por dois o mais gols de diferença. Mas se isso não acontecer amanhã, provavelmente só vai acontecer em 2010.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A vingança vale a pena?

Foi liberado, hoje, pela imprensa, o depoimento que Nelsinho Piquet fez à FIA. O brasileiro confessa, por escrito, que seu acidente, em Cingapura, foi premeditado. Piquet se justificou alegando que estava emocionalmente fragilizado e que esperava melhorar sua imagem, diante à equipe, para que assinasse um contrato para a temporada de 2009.
O brasileiro isentou seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, de qualquer culpa. Disse que o espanhol nunca ficou sabendo de nada. Além de Nelsinho, apenas Flavio Briatore e Pat Symonds, diretor técnico da Renault, sabiam da armação. Briatore teria, inclusive, mostrado ao brasileiro qual curva exigiria a entrada do Safety Car.
A escolha do chefe da Renault foi feita a dedo, uma vez que, a curva da Marina Bay é a única que não tem guindastes para retirada dos carros. Dessa forma, o carro de segurança demoraria mais para sair da pista, beneficiando Fernando Alonso.
Mas a questão principal não é se Nelsinho tem caráter ou não. O principal ponto a ser discutido é se uma simples vingança vale uma carreira. Já foi divulgado que Piquet está nos Estados Unidos, há uma semana, negociando com equipes da Fórmula Indy. Depois dessa auto-delação, o brasileiro, muito dificilmente, vai conseguir um cockpit pra pilotar, seja qual categoria for.
Dessa forma, queimar um sobrenome tricampeão da Fórmula Um vale a pena só pra ver Briatore banido do automobilismo? Ou ainda não sabemos tudo sobre essa história hedionda?


Só nos resta ouvir Briatore e Symonds. Mas, depois de tudo isso, alguém ainda acredita neles?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Atlético precisa parar de "chororô"

Após o jogo de sábado entre Atlético e Vasco, que por sinal foi um grande jogo, a torcida, a diretoria e alguns jogadores do Atlético ficaram numa choradeira incrível com a arbitragem do Evandro Rogério Roman. De fato, o árbitro paranaense está longe de ser uma referência. Inclusive já prejudicou alguns times goianos, como o Goiás contra o Internacional ano passado no Beira-Rio. Mas, no jogo de sábado os erros do Evandro foram bem menores do que o propagado pelos atleticanos.

Primeiro. O pênalti de fato não existiu. É a diferença de "mão na bola" e "bola na mão". No lance do Antônio Carlos a bola bateu na mão do jogador do Atlético. Foi um erro grave pelo momento em que se encontrava a partida. Mas, isto não justifica o teor das entrevistas dos jogadores do Atlético no intervalo. Fiquei preocupado quando na transmissão do jogo pela Rádio Universitária ouvi todas aquelas reclamações.

E no segundo tempo o time do Atlético voltou preocupado apenas com a arbitragem e esqueceu de jogar futebol. Do capitão do time a gente espera a referência até mesmo na questão psicológica em momentos difíceis. Entretanto, a entrada do Jairo aos dois minutos do segundo tempo foi de um jogador que parecia não estar no nível de concentração adequado.

Depois tudo virou motivo para os atleticanos fazerem falta e por conseqüência receberem os cartões amarelos. Como alguém vai dizer que a falta do Agenor não era para cartão amarelo? E como falar que o Antônio Carlos não fez pênalti em Carlos Alberto?

E ainda ouve erros a favor do Atlético. A falta do Marcão em cima do lateral Paulo Sérgio do Vasco foi dentro da grande área e o árbitro marcou fora. O pênalti que o Márcio pegou foi irregular já que o goleiro adiantou de forma clara. E o abuso final do Evandro Rogério Roman em dar apenas dois minutos de acréscimo.

E após o jogo membros da diretoria do Atlético mostraram-se completamente fora de si. Alguns chegaram a querer agredir o presidente Roberto Dinamite do Vasco da Gama.

O Atlético precisa entender que erros acontecem a favor e contra ele também. Vamos parar com o discurso de que "estão sempre contra o futebol goiano".

Sem mudar este pensamento, o Dragão ainda vai perder muitos pontos nesta Série B por falta de controle emocional.

sábado, 5 de setembro de 2009

Passeio em Rosário

Foi mais fácil do que se imaginava. Mas também não era pra menos. Com uma defesa formada por Zanetti, Sebá, Otamendi e Heinze, a Argentina não poderia vencer o Brasil. 3 a 1. É a pior seleção argentina que já vi jogar. O time de Dunga nem precisou ser brilhante. O meio campo e o ataque foram tão discretos quanto eficientes e apareceram nas cobranças de falta e no contra-ataque, as duas marcas mais fortes da era Dunga. Aliás, ponto novamente para o treinador brasileiro, que bancou a entrada de Luisão na zaga ao lado e Lúcio. Essa opção não me agradou durante a semana, mas o fato é que o camisa 4 da seleção foi um gigante em campo. E marcou o seu gol, assim como na final da Copa América, em 2004, quando o Brasil venceu nos pênaltis depois de Adriano ter empatado aos 47 do segundo tempo.

Na lateral-esquerda, André Santos foi bem e fez o que Dunga sempre pede de seus laterais: primeiro marcar e se possível, atacar. Nada fácil para quem tinha um esquema especial de jogo no Corinthians (onde atacava muito) e que é um meia no futebol turco. A defesa brasileira se saiu muito bem, para o desespero de Messi, Tévez e companhia, que foram ineficientes. O Brasil está classificado para a Copa do Mundo de 2010 e até por isso as suspensões foram boas. Com jogadores como Lúcio, Kaká e Luís Fabiano fora do próximo jogo, Dunga vai ter uma ótima oportunidade de testar o seu grupo de jogadores. O Chile, adversário de quarta-feira, é um bom time. Vale lembrar que o técnico da seleção brasileira, sempre preocupado com os resultados seja em Eliminatórias ou jogos amistosos, não fez muitos testes depois que achou o seu time-base.

Quanto à Argentina, a situação é preocupante. Os hermanos estão na quarta colocação com 22 pontos e podem cair para a quinta ou até mesmo para a sexta posição já na próxima rodada. O adversário dos argentinos vai ser o Paraguai, em Assunção. Os paraguaios precisam de mais uma vitória para garantir vaga no mundial da África do Sul. Não acredito que a Argentina fique fora da próxima Copa do Mundo, mas a situação é preocupante. Só não dá pra chamar de "time comum" por causa de Lionel Messi. É pouco para a história dessa camisa.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Goiânia mais uma vez perde um grande evento da CBF

Mais uma vez Goiânia fica fora das indicações da CBF para receber grandes eventos. Já tinha sido assim na escolha das 12 cidades sedes da Copa do Mundo no final de maio. Agora a CBF anuncia que o jogo entre Brasil e Venezuela, o último da seleção nas eliminatórias, será na cidade de Campo Grande.

Há alguns jornalistas pelo Brasil que falam abertamente que o estado de Goiás vem sendo a sensação nos últimos meses como desempenho no futebol brasileiro. Sobre a campanha do Goiás não é tão surpresa assim. Um time como uma grande estrutura que disputa a primeira divisão sem cair a muitos anos e vem fazendo boas campanhas.

O Atlético sim é a surpresa. Em poucos anos se reestruturou e está hoje há poucas vitórias de voltar a Série A do futebol brasileiro.

E tendo uma posição geográfica favorável e um bom estádio (em comparação a outros pelo Brasil) que nós temos só me vem a cabeça a hipótese de que o nosso estado não tem força política. Pode até ser, mas os critérios usados pela CBF para qualquer escolha são realmente muito estranhos.

A perda do jogo das eliminatórias não é considerável. Mas, não estar entre as doze cidades sedes da Copa do Mundo será uma grande perda para o nosso estado.

Não acho que o certo seja criticar a Federação Goiana de Futebol. Entretanto nós devemos cobrar dos nossos políticos as promessas feitas há alguns meses. De que mesmo sem a Copa do Mundo em Goiás, o Serra Dourada seria reformado e que o Centro da Excelência seria finalizado.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O amadorismo que ainda reina no futebol


“Esse time não merece a torcida que tem”, “Como este jogador pode atuar no meu time?”. Você já está cansado de ouvir essas frases, mas sempre elas estão presentes no cotidiano de quem acompanha futebol.
Alguns grandes exemplos de como o futebol brasileiro é amador são Fluminense e Vila Nova. Quer exemplos?

- 67 jogadores já passaram pela equipe profissional do Vila Nova no ano de 2009 (O ano ainda não acabou, até o fim da temporada mais jogadores poderão chegar)

- 24 técnicos passaram pelo Fluminense de 2000 para cá.

O Vila Nova possui uma das torcidas mais apaixonadas do futebol brasileiro, mas a direção do clube não acompanha essa paixão e não sabe gerenciar todo esse patrimônio. A cada ano os mesmos erros são cometidos e a perspectiva de mudanças são quase nulas. Uma grande reformulação precisa ser feita, inclusive com a contratação de alguém que tenha conhecimento de futebol e não diretor de futebol que é agente FIFA e tem mais interesse em se beneficiar do que ajudar o clube.

O Fluminense é patrocinado por uma empresa líder de mercado que investe pesado no departamento de futebol do clube, mas que acha que por investir uma quantia alta tem total direito de mandar no clube, tendo até mais poder que o próprio presidente. Alguns jogadores recebem em dia pelo patrocinador, enquanto outros atletas, comissão técnica e funcionários do clube ficam com salários atrasados de dois, três meses.

Estes são alguns poucos exemplos de como o futebol brasileiro é amador. Várias outras equipes poderiam ser citadas, mas aí tomaria todo o espaço do blog.

A dúvida da Ferrari

Felipe Massa fez exames neurológicos, nessa segunda-feira, em Miami. Os resultados, apesar de animadores, mostraram que Felipe precisa de uma cirurgia plástica para implantar uma placa metálica no local da fratura. A visão do olho esquerdo continua melhorando e, após a cirurgia, já deve ser liberado para trabalhos físicos.

No entanto, o brasileiro precisa voltar a sua antiga forma física para poder correr, a princípio, de kart. O que parece só um passatempo pode ser um importante aliado de Felipe. O kart vai ajudar o brasileiro a recobrar seus reflexos necessários para andar a mais de 300 km/h.

A Ferrari declarou, hoje, que Massa deve voltar apenas em 2010. A escuderia italiana deve estar com sérias dúvidas. Antes do acidente de Felipe, todo mundo já dava como certa a saída de Raikkonen, mas agora, a equipe não tem certeza de que Massa possa se recuperar a tempo de correr a próxima temporada. Então, liberar ou não o finlandês?

Se a Ferrari está trocando Kimi por Alonso é porque quer melhorar o nível de seus pilotos. Caso Raikkonen seja demitido e Felipe demore mais do que esperado para voltar, o time de Maranello não vai encontrar a disposição um piloto do nível do finlandês.

Sem contar que a ida de Kimi para o WRC não é totalmente certa, o que abre espaço para que alguma equipe concorrente da Ferrari tenha o finlandês defendendo suas cores, em 2010.

A próxima manobra da Ferrari deve ser o anúncio do substituto de Luca Badoer, que deve ser feito ainda essa semana. O que deveria ser o melhor momento do time italiano no ano, devido à vitória de Kimi na Bélgica, parece mais uma tremenda dor de cabeça.

Vocês ainda acreditam nas palavras daqueles que estão no poder?

Quem foi que disse que a construção de estádios para a Copa do Mundo no Brasil não terá dinheiro público?

Aliás, a pergunta não deve ser esta. Devemos ser mais ousados ao tratar deste assunto. O certo seria... Quem foi que acreditou que o dinheiro público não iria financiar grande parte dos estádios da Copa do Mundo? E quem achou que os prazos estipulados pelo COL seriam cumpridos?

Ás vezes a gente tenta acreditar nestas mirabolantes histórias contadas pelos nossos ministros, secretários, governadores, presidentes...

Em maio, durante a escolha das sedes, os funcionários do COL afirmaram que os prazos de licitação dos estádios com projetos estatais deveriam estar prontos até o dia 31 de setembro. Os três estádios que não têm responsabilidade dos governos estaduais são: o Morumbi, a Arena da Baixada e o Beira-Rio.

Pois bem. Hoje por acaso é dia 1º de setembro e nada dos nove editais de licitação prontos. Há alguns meses o comitê dizia "quem não cumprir os prazos estará fora do Copa do Mundo".

Este discurso com tom de seriedade é deixado de lado. A nova postura é "o COL só cobrará que as obras comecem em fevereiro de 2010, como manda a Fifa". Quem duvidou das promessas iniciais sente-se hoje mais preparado com frases como esta do que aqueles que acreditaram no clamor inicial de uma Copa no Brasil.

Sem querer ser a voz da oposição, mas, sinceramente, duvido que o prazo para início das obras sejam cumpridos em todas as 12 cidades. Assim como os prazos para entrega das obras que é no final de 2012.

Em alguns locais, os editais de licitação ainda não saíram devido à falta de projeto de rentabilidade das arenas após a Copa do Mundo. Como é o caso da Arena do Recife, da Fonte Nova e do Verdão.

A outra promessa, encabeçada pelo Ministro dos Esportes Orlando Silva e pelo presidente da CBF Ricardo Teixera, de que não haveria dinheiro público na construção das arenas, também já foi desmentida há algum tempo. No dia 9 de junho o prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) afirmou que o estádio Verdão terá "100% dos recursos do governo estadual”.

No Amazonas o governo estadual não encontrou parceiros do setor privado e, portanto,o dinheiro público irá bancar um ano de obras. No Distrito Federal já existem empreiteras pré-qualificadas para a obra que iram usar dinheiro público. O governo do Rio Grande do Norte ainda espera pelas empresas privadas, mas já deu indícios de que pode assumir os custos da obra.

Nesta semana está ocorrendo o encontro entre os governos de Brasil-Alemanha na cidade de Vitória. Na pauta o governo alemão apresenta ao presidente Luis Inácio Lula da Silva algumas empresas germânicas que estão interessadas em ajudar o governo brasileiro na questão de logística para a disputa do torneio.

Fica a expectativa do encontro de Lula com os alemães. E enquanto isso continua a pergunta. Vocês ainda acreditam nas palavras daqueles que estão no poder?