Honduras

A seleção de Honduras conseguiu uma classificação para a Copa do Mundo de 2010 que só não foi mais dramática do que a situação política do país, que teve o então presidente, Manuel Zelaya, deposto do cargo. Conseguir uma vaga na repescagem já seria algo elogiável para o pequeno país, que até hoje só disputou o mundial da Espanha, em 1982. Nas Eliminatórias da Concacaf, entidade que reúne seleções das Américas do Norte e Central, os três primeiros colocados se garantem na Copa do Mundo de Forma direta. O quarto colocado disputa a repescagem. A última fase foi disputada por seis seleções, que se enfrentaram em jogos de ida e volta.

Na última rodada, a seleção hondurenha jogou contra El Salvador fora de casa. Além de vencer, seria necessário torcer por pelo menos um empate da Costa Rica, seleção que enfrentou na última rodada os já classificados Estados Unidos. A Costa Rica soube se aproveitar do "relaxamento" dos adversários, já garantidos no mundial do ano que vem, e abriram 2 a 0 no placar. Os Estados Unidos diminuíram o marcador e partiram para o ataque com o apoio de sua torcida. A derrota parecia certa, quando os americanos, incrivelmente, empataram a partida aos 50 minutos do segundo tempo.

O empate improvável entre norte-americanos e costa-riquenhos classificou Honduras, que venceu El Salvador por 1 a 0 e ficou em terceiro lugar por ter melhor saldo de gols do que a Costa Rica. Honduras volta à uma Copa depois de 28 anos. Em 82, na Espanha, o país não deu sorte no sorteio das chaves e caiu logo no grupo dos anfitriões. A seleção caribenha quase promoveu uma grande zebra logo na estreia, ao marcar o primeiro gol no jogo contra os espanhóis. O autor da proeza foi Hector Zelaya (que não tem nenhum parentesco com o presidente deposto). Mas não deu para segurar os donos da casa, que venceram por 2 a 1.

Nas partidas seguintes, Honduras empatou com a Irlanda do Norte, perdeu de 1 a 0 para a Iugoslávia e foi eliminada. Repetir em 2010 os jogos duros que fez contra seus adversários em 82 parece ser o maior objetivo dos hondurenhos, que tem poucas chances de classificação para a segunda fase. Conquistar a primeira vitória da história do país em Copas do Mundo vai ser um verdadeiro título para essa seleção, mesmo se a classificação para a segunda fase não acontecer. O atacante David Suazo (foto) é a principal arma. O jogador, que completa 30 anos no dia 5 de novembro, pertence à Inter de Milão, da Itália.

Quem também deve ir ao mundial é o experiente Saúl Martinez, de 34 anos. Martinez é o autor da maior façanha da história do futebol do país. Ele fez os dois gols da vitória de Honduras por 2 a 0 sobre o Brasil, de Felipão, nas quartas-de-final da Copa América de 2001. A competição foi disputada na Colômbia, que sofria com uma grave crise política e ondas de violência doméstica. A seleção da Argentina se sentiu ameaçada pelo clima hostil na Colômbia e desistiu de participar do torneio. Por isso, Honduras foi convidada pela organização do evento. Azar dos brasileiros. Honduras terminou a Copa América de 2001 em terceiro lugar.

Abaixo você confere os dois gols marcados por Saúl Martinez contra o Brasil.

México

A seleção mexicana chega a mais uma Copa do Mundo, com a África do Sul será a décima quarta participação dos mexicanos, é bem verdade que duas dessas participações foram como anfitriões, mas de qualquer maneira o México já tem boa tradição em mundiais.

O México tem como melhor resultado o sexto lugar, feito conquistado por duas vezes em 1970 e 1986 justamente as edições realizadas no México. Na última Copa do Mundo realizada na Alemanha a seleção mexicana foi uma das oito cabeças-de-chave, por estar muito bem colocada no ranking da FIFA. Hoje o México não está tão bem colocado como em 2006, ocupa somente a 18ª posição no ranking FIFA.

Na última Copa o time chegou a ser cotado entre os favoritos, mas foi segundo colocado na sua chave, caindo logo nas oitavas para a Argentina em um jogo dramático que foi decidido na prorrogação por 2 a 1 para os argentinos.

Nas Eliminatórias 2010, o México terminou em 2º lugar na quarta e última fase, em um grupo que ainda contava com os EUA, Honduras, Costa Rica, El Salvador e Trinidad e Tobago. Foram 10 jogos com 6 vitórias, 1 empate e 3 derrotas, 18 gols marcados e 12 sofridos.

O time mexicano treinado por Javier Aguirre, tem bons jogadores e mescla a juventude com jogadores experientes, por exemplo o ataque é formado por Cuauhtémoc Blanco, jogador do Chicago Fire de 36 anos e talvez o maior jogador mexicano juntamente com Hernández. E fazendo dupla de ataque com o craque Blanco o México tem Carlos Vela jogador de 20 anos do Arsenal da Inglaterra. O time ainda conta com o atacante Franco do West Ham, Giovanni dos Santos do Tottenham da Inglaterra. Além do zagueiro Ráfa Marquez do Barcelona entre outros bons jogadores.

Palpite: O México deve ficar novamente entre os 16 melhores do Mundial, se tiver sorte pode até passar às quartas de final.

Austrália

Pela primeira vez em sua história, a seleção australiana de futebol vai disputar duas Copas do Mundo seguidas. A segunda classificação consecutiva para mundiais tem duas explicações. A primeira delas é a mais óbvia: o nível técnico do futebol australiano cresceu muito nos últimos anos. A segunda explicação é política: desde o final de 2005, a Austrália está filiada à Federação Asiática de Futebol, embora esteja na Oceania. A medida tomada foi correta, pois o futebol na terra do canguru já deixou de ser amador há muito tempo. Não existem concorrentes a altura em seu continente.

Antes, para chegar à Copa a seleção australiana tinha que além de vencer as Eliminatórias da Oceania, passar por uma difícil repescagem. Em 1994, o país venceu a competição da Oceania, passou pelo Canadá em uma primeira repescagem, mas depois teve que medir forças com a Argentina, de Maradona. Houve empate em Sydney por 1 a 1 e vitória Argentina em Buenos Aires, por 1 a 0, resultado que classificou nossos hermanos para a Copa dos Estados Unidos e eliminou os australianos. A partir das Eliminatórias para a Copa de 2002, o campeão da Oceania, que na prática sempre foi a Austrália, passou a enfrentar o quinto colocado da América do Sul. Coincidentemente, o país enfrentou o Uruguai na repescagem para as Copas de 2002 e de 2006. O Uruguai se classificou para o Mundial da Coreia e do Japão, enquanto a Austrália se classificou para a Copa da Alemanha.

A conclusão depois de duas repescagens tão duras entre Austrália e Uruguai foi de que a própria Copa do Mundo saiu perdendo sem uma das duas seleções. Mas dar uma vaga direta à Oceania, significaria na prática dar uma vaga à Austrália, seleção bem superior às demais do continente. Por isso houve a mudança e os australianos disputaram as Eliminatórias Asiáticas para a Copa da África do Sul. O sucesso foi absoluto. Na fase final, a Austrália sobrou. O time comandado pelo técnico Pim Verbeek ficou na primeira colocação, com 20 pontos em oito jogos. Foram seis vitórias e dois empates. O Japão, segundo colocado do grupo, se classificou para a Copa com 15 pontos.

É preciso ter cuidado com o time australiano na Copa da África do Sul. Além de ser uma equipe muito forte fisicamente, alguns jogadores possuem uma boa técnica, como Tim Cahill, do Everton, da Inglaterra. Cahill (foto) é um meio-campista de marcação, mas chega bem ao ataque. O jogador entrou para a história do futebol do país ao marcar os dois primeiros gols da Austrália em Copas do Mundo. Foi no primeiro jogo do mundial de 2006, contra o Japão, partida vencida pela Austrália por 3 a 1 de virada. O outro gol foi marcado por John Aloisi. No primeiro mundial disputado pelo país, em 1974, o time foi eliminado sem fazer nenhum gol.


Já se fala até em uma possível candidatura australiana para sediar uma edição futura da Copa do Mundo. O que mais chama a atenção é o interesse da população pelo futebol. O esporte mais popular na terra do canguru é o Rúgbi e o país é bicampeão mundial da modalidade. Mas ver o estádio de Sydney cheio em jogos da seleção de futebol se tornou algo comum. Na verdade, se trata de uma nação apaixonada por esporte, que soube aproveitar o legado das Olimpíadas de Sydney em 2000 e se tornou uma potência olímpica. Nas últimas quatro edições dos jogos olímpicos, a Austrália sempre esteve entre os sete melhores países no quadro geral de medalhas.

A evolução do futebol australiano e o perigo que sua seleção representa ainda são pouco comentados no mundo da bola. Mas é preciso dizer que a Austrália foi a seleção que mais ameaçou a Itália durante o caminho dos atuais campeões do mundo até a final do mundial de 2006. Depois de se classificar na segunda colocação em um grupo que tinha Brasil, Croácia e Japão, os australianos empatavam sem gols com a Itália até os 50 minutos do segundo tempo e com um jogador a mais em campo, já que o zagueiro italiano Materazzi foi expulso no começo do segundo tempo. Porém, o lateral Fabio Grosso sofreu um pênalti no final da partida, que Totti bateu e classificou a Itália.

Atualmente, a Austrália ocupa a vigésima quarta colocação no Ranking da FIFA. É provável que o time se classifique para a segunda fase da Copa de 2010, caso não fique em um chamado "grupo da morte". Como curiosidade, a seleção australiana é dona das maiores goleadas do futebol mundial, prova de que não possui adversários na Oceania. Em 2001, o país venceu a seleção de Samoa Americana por 31 a 0, com 13 gols de Archie Tompson, o que é o maior número de gols de um jogador em uma única partida oficial. A seleção ainda aplicou 22 a 0 contra Tonga.

Abaixo você confere como foi a dramática classificação australiana para a Copa de 2006. Depois de vencer o jogo por 1 a 0, foi preciso ainda derrotar o Uruguai nos pênaltis. Foi um dos jogos mais emocionantes que já vi.

Japão

Mais uma vez a seleção japonesa vai participar de uma Copa do Mundo, e olha que é a quarta vez seguida que os japoneses aparecem entre as 32 seleções do Mundial. Se é a quarta vez seguida, também é apenas o quarto mundial da história dos japoneses. Se classificaram em 1998, sediaram junto com a Coreia do Sul em 2002 e se classificaram em 2006.

A maior glória dos nipônicos em Copas do Mundo foi uma classificação às oitavas-de-final, justamente no ano em que sediaram o evento. A outra glória do futebol da terra do sol nascente foi uma medalha de bronze conquistada nos Jogos Olímpicos de 1968, na cidade do México.

O notório é que o futebol só se desenvolveu depois da criação da J-League em 1993, que impulsionou a prática do futebol no país, inclusive no início atraiu grandes jogadores do futebol mundial que estavam já em fim de carreira, como o ídolo brasileiro Zico, que foi o grande nome do futebol por lá durante muito tempo, chegando a até mesmo dirigir a seleção.
A evolução do futebol japonês pôde ser notada por exemplo quando além de importar jogadores, o Japão começou a exportar para o futebol europeu casos do ótimo Hidetoshi Nakata e o também bom jogador Shunsuke Nakamura.

As principais características do futebol japonês é a velocidade e a obediência tática, porém o nível técnico do time por inteiro ainda é fraco, mas por ser recente a história do futebol mais profissional no Japão o processo ainda é de evolução.
Nas Eliminatórias para a Copa da África do Sul, o Japão ficou com a segunda vaga no Grupo 1da 4ª fase que ainda contava com a Austrália (1ªcolocada), Bahrein, Qatar e Uzbequistão. Os japoneses somaram 15 pontos, 4 vitórias, 3 empates e uma derrota, marcaram 11 gols e sofreram 6.

O time treinado por Takeshi Okada, tem como principal astro o meia Shunsuke Nakamura, jogador do Espanyol da Espanha, e uma boa revelação no ataque trata-se de Shinji Okazaki de 23 anos, jogador do Shimizu S-pulse. O time base joga num 4-4-2 com duas linhas de 4 jogadores, uma na defesa e outra no meio campo:

Goleiro: KAWASHIMA Eiji – 20/03/1983 – 1,85 cm – 81 kg - Kawasaki Frontale (Japão)

Defensores: KOMANO Yuichi - 25/07/1981 - 172 cm - 76kg - Jubilo Iwata (Japão)
TANAKA Marcus Tulio – 24/04/1981 – 185 cm - 82kg - Urawa Reds (Japão)
NAKAZAWA Yuji - 25/02/1978 - 187 cm - 78kg - Yokoyama Marinos (Japão)
NAGATOMO Yuto - 12/09/1986 - 170cm - 65kg - F.C. Tokyo (Japão)

Meio-campistas: ENDO Yasuhito - 28/01/1980 - 178 cm - 75kg - Gamba Osaka (Japão)
HASEBE Makoto - 18/01/1984 - 179 cm - 72kg - Wolfsburg (Alemanha)
INAMOTO Junichi 1979.09.18 181cm 75kg Rennes (França)
NAKAMURA Shunsuke 1978.06.24 178cm 70kg Espanyol (Espanha)

Atacantes: OKAZAKI Shinji - 16/04/1986 - 173 cm - 70kg - Shimizu S-pulse (Japão)
MAEDA Ryoichi - 1981.10.09 - 180 cm - 80kg - Jubilo Iwata (Japão)


Palpite: Se a seleção japonesa não cair em um grupo muito difícil pode sonhar com uma vaga nas Oitavas-de-final

Coreia do Norte

Depois de 44 anos a Coreia do Norte vai disputar uma edição de Copa do Mundo. A primeira e única participação do país em mundiais até hoje foi em 1966, na Inglaterra. E não foi uma participação qualquer. Integrante do Grupo 4 da competição, o time norte-coreano era a grande zebra da chave. A única vitória na primeira fase foi suficiente para levar o time às quartas-de-final. Depois de perder para a União Soviética e empatar com o Chile, os coreanos precisavam vencer a poderosa Itália. O placar de 1 a 0 favorável aos asiáticos é até hoje uma das maiores zebras da história das copas.

Apesar da situação política entre Coreia do Norte e Coreia do Sul ser tensa, não existe um clima de hostilidade entre a população dos dois países. Tanto é que durante a Copa do Mundo de 2002, realizada na Coreia do Sul e no Japão, a torcida sul-coreana relembrou a vitória do vizinho de cima sobre a Itália em 1966. Nas oitavas-de-final, Coreia do Sul e Itália se enfrentaram. Os torcedores criaram um enorme mosaico no estádio e nele estava escrito ''again 1966'', que nada mais foi do que uma provocação aos italianos, dizendo que novamente a seleção europeia seria eliminada por uma Coreia. E foi. A azzurra perdeu na prorrogação e voltou para a casa mais cedo.

A classificação da Coreia do Norte para o mundial de 2010 foi dramática. Em oito partidas, o time venceu três jogos, empatou outros três e perdeu dois. A equipe se classificou na segunda colocação do grupo 2, com 12 pontos, a mesma pontuação da Arábia Saudita. O saldo de gols foi o critério de desempate que classificou os coreanos. Na última rodada, Arábia Saudita e Coreia do Norte se enfrentaram em Riad, capital árabe. O empate por 0 a 0 só classificou os norte-coreanos para a Copa do Mundo porque o Irã também vacilou na rodada final e empatou sua partida. O Irã teria ido à Copa se vencesse seu último jogo e a Coreia do Norte teria que disputar a repescagem.

Repetir a campanha de 1966 parece um sonho para os norte-coreanos. Depois da façanha de eliminar a Itália naquele torneio, a seleção asiática ainda chegou a abrir 3 a 0 no placar durante as quartas-de-final, mas Portugal, de Eusébio, virou a partida e venceu por 5 a 3. Porém, após o sucesso recente de algumas seleções coadjuvantes em mundiais, como Senegal e Turquia em 2002, e Ucrânia, em 2006, a Coreia do Norte espera representar bem o continente asiático na África do Sul. Uma "ajudinha" no sorteio dos grupos dia 4 de dezembro cairia bem para o país, que tem como principal jogador o meia-atacante An Yong-Hak (foto). Se cair em uma chave forte, os norte-coreanos têm poucas chances de se classificarem para a segunda fase.

Coreia do Sul

A Coreia do Sul é o país asiático com maior número de participações em Copas do Mundo, no total foram 7 vezes (1954, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002 e 2006). Isso quer dizer que os sul-coreanos estiveram presentes nos seis últimos mundiais. Foram 23 partidas, sendo 4 vitórias, 7 empates e 12 derrotas. O quarto lugar na Copa de 2002 quando o país foi uma das sedes do torneio também é o melhor resultado de uma seleção asiática na história dos Mundiais.

A classificação para o Mundial 2010 na África do Sul, aconteceu de maneira até tranquila, pois a Coreia do Sul se classificou de forma direta sendo a primeira colocada em seu grupo, e de maneira invicta. Os sul-coreanos estavam no Grupo 2 das Eliminatórias Asiáticas, grupo que contava ainda com Coreia do Norte, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos. Foram 8 jogos, quatro vitórias e 4 empates, 12 gols marcados e 4 gols sofridos, 16 pontos ganhos no total.

Um ponto interessante foi o que a Coreia teve que passar durante as Eliminatórias. O jogo contra a Coreia do Norte foi disputado em Xangai (campo neutro) por problemas de diplomacia entre as duas Coreias.

A seleção sul-coreana treinada por Huh Jung-Moo, tem como capitão e maior astro o meio-campista do Manchester United, Park Ji-Sung. O time base da Coreia do Sul é o seguinte:

Goleiro: LEE Woon Jae – 36 anos – 1,82 cm – 82kg – Suwon Bluewings (Coreia do Sul)

Defensores: KIM Dong-Jin – 27 anos – 1,83 cm – 72 kg – FC Zenit ( Rússia)

LEE Jung-Soo – 29 anos – 1,85 cm – 76 kg – Kyoto Sanga ( Japão)

Bum-Suk OH – 25 anos – 1,80 cm – 73 kg – Ulsan Hyundai ( Coreia do Sul)

Hyung-Il KIM – 25 anos – 1,87 cm – 83 kg – Pohang Steelers ( Coreia do Sul)

Meias: LEE Young-Pyo – 32 anos – 1,76 cm – 66 kg – Al Hilal ( Arábia Saudita)

LEE Chung-Yong – 21 anos – 1,80 cm – 62 kg – Bolton ( Inglaterra)

Jung-Woo KIM – 27 anos – 1,82 cm – 68 kg – Seongnam IC ( Coreia do Sul)

PARK Ji-Sung – 28 anos – 1,75 cm – 70 kg – Manchester United ( Inglaterra)

Atacantes: LEE Keun-Ho – 24 anos – 1,76 cm – 71 kg – Jubilo Iwata ( Japão)

PARK Chu-Young – 24 anos – 1,84 cm – 70 kg – Monaco ( França)

Palpite: A seleção sul-coreana deve brigar para ficar com a segunda vaga em seu grupo na Copa 2010.

A Copa vem aí

Foram sorteados na última segunda-feira, 19, os confrontos da repescagem das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 2010. Oito seleções disputam as quatro vagas restantes do velho continente para o mundial da África do Sul. A seleção portuguesa vai enfrentar a Bósnia, que tenta pela primeira vez participar de uma Copa como país independente (até 1995, a Bósnia compunha a antiga Iugoslávia). Não vai ser uma tarefa fácil, já que Portugal ainda busca o melhor futebol e o melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, briga contra o tempo para se recuperar de uma lesão e jogar a repescagem.

Os outros jogos vão ser Ucrânia x Grécia, Rússia x Eslovênia, e França x Irlanda. A maior favorita parece ser a Rússia, que possui um bom time, fez uma boa Eurocopa em 2008 e vai jogar contra o adversário que é teoricamente o mais fraco. Ucrânia x Grécia é um confronto bem equilibrado. Apesar de a seleção grega ter sido cabeça-de-chave no sorteio, aposto na ex-república soviética, que tem como capitão o já veterano Shevchenko. Quanto à partida França x Irlanda, aposto na zebra. A seleção francesa não emplaca desde a Copa do Mundo. Alguns atletas que fizeram o time ser vice-campeão do mundo em 2006 já pararam de jogar, como Zidane, Thuram e Sagnol. Os franceses foram eliminados na primeira fase da última Eurocopa e nas eliminatórias para o mundial do ano que vem não incomodaram a Sérvia, que se classificou sem problemas.

Além dos quatro confrontos europeus na repescagem para a Copa, outros dois países vão se classificar por meio deste sistema. Uruguai e Costa Rica vão se enfrentar nos dias 14 e 18 de novembro (mesma data dos confrontos da repescagem européia). A outra vaga vai ser decidida no dia 14 do mês que vem entre Nova Zelândia e Bahrein. No primeiro jogo, as duas seleções empataram sem gols no Bahrein. Os dois países jogam por uma vitória simples na partida decisiva para garantir uma vaga na Copa da África do Sul. Empate sem gols leva a decisão para a prorrogação e depois para os pênaltis, se o empate persistir. Empate com gols classifica o Bahrein. Na repescagem para a Copa, o gol marcado fora de casa é critério de desempate em todos os confrontos.

Após a rodada de outubro das Eliminatórias, 23 países já estão classificados para o mundial do ano que vem. As perspectivas para a competição são muito boas, já que as melhores e seleções estão se classificando. A grande baixa até agora é a Suécia, de Ibrahimovic, que não vai disputar o torneio, nem tanto pelo mal futebol, mas sim pelo Grupo 1 das Eliminatórias Europeias, que reuniu a Dinamarca, que se classificou de forma direta, e Portugal, de Cristiano Ronaldo, que ficou em segundo lugar na chave e, como já falamos, terá de medir forças com a Bósnia. O sorteio dos grupos da Copa de 2010 vai acontecer no dia 4 de dezembro.

Confira os países já garantidos na Copa do Mundo da África do Sul:


África: África do Sul (país sede), Gana e Costa do Marfim estão classificados;

No Grupo 1, a disputa pela vaga da cheve está entre Camarões, que tem 10 pontos e Gabão, que tem 9 pontos conquistados;

No Grupo 2, a vaga da chave vai ser decidida entre Tunísia, que tem 11 pontos e Nigéria, seleção que não foi à última Copa e tem 10 pontos;

No Grupo 3, Argélia e Egito se enfrentam. A Argélia tem 13 pontos, contra 10 dos egípcios, que jogam em casa, mas precisam vencer por três gols de diferença para garantir a vaga.


América do Sul: Brasil, Chile, Paraguai e Argentina.

Américas do Norte e Central: México, Estados Unidos e Honduras.

* Repescagem: Uruguai x Costa Rica

*A repescagem das Américas é formada pelo quinto colocado da América do Sul, Uruguai, e a quarta colocada das Américas do Norte e Central, Costa Rica.


Europa: Alemanha, Itália, Inglaterra, Espanha, Holanda, Dinamarca, Eslováquia, Suíça e Sérvia

* Repescagem:
França x Irlanda
Portugal x Bósnia
Rússia x Eslovênia
Grécia x Ucrânia

Ásia: Coreia do Sul, Coreia do Norte, Japão e Austrália.

* A Austrália pertence à Federação Asiática de Futebol, embora esteja na Oceania.

* Repescagem: Nova Zelândia x Bahrein.

*A repescagem é feita com o campeão da Oceania (Nova Zelândia) e o quinto colocado da Ásia, o Bahrein.


A partir da semana que vem, o blog da equipe Doutores da Bola começa a falar mais das características de cada um dos países já classificados para a Copa do Mundo.

Em busca de melhor desempenho, rivalidade entre Vila e Atlético é deixada de lado na noite desta terça

A trigésima primeira rodada do Campeonato Brasileiro da Série B tem todos os jogos na noite desta terça-feira. Os dois times goianos na competição têm confrontos decisivos e cada um pode ajudar o outro hoje.

O Vila Nova recebe em casa o Figueirense, um adversário direto do Atlético na luta pela Série A 2010. Já o Dragão joga fora contra o Fortaleza primeiro time da zona de rebaixamento com quatro pontos a menos que o time colorado goiano.

Para vencer hoje, a diretoria do Vila Nova pede a ajuda de torcedores de outros clubes. Torcedores com a camisa do Atlético e do Flamengo entram pagando meia entrada. Os torcedores do Atlético não devem comparecer em grande número já que se trata de uma rivalidade e até por que os atleticanos comparecem em pequeno número nos jogos do seu time.

Chega a parecer absurda a promoção para torcedores do Atlético. Há alguns dias dirigentes do Vila Nova criticavam as promoções atleticanas.

Sobre o jogo em si, Vila Nova contra Figueirense, o técnico Zé Roberto deve voltar a usar o 4-4-2. A constante mudança de esquema é reflexo da falta de bons jogadores no elenco. Pela característica ofensiva de Dida e pelo fraco desempenho dos volantes, eu entendo que o melhor esquema ainda é com três zagueiros.

A volta de Max também mostra a desorganização do Vila Nova. Juninho também deixou o gol do time na derrota para o Vasco no primeiro turno e partir de estréia de Max no jogo contra o Figueirense no primeiro turno, o ídolo de 2008 demonstrou as atuações ruins da época do Botafogo. Não acredito que Juninho venha cometendo erros suficientes para voltar à condição de reserva. Mas esta nova mudança na camisa de número 1 do Tigre demonstra o desespero de um time que luta para não cair.

Defesa rubro-negra tem nova dupla

O Atlético terá uma nova dupla de defesa na partida contra o Fortaleza hoje à noite. Jairo e Leandro Amaro suspensos dão lugar a Gilson e Antônio Carlos. A nova dupla precisa nesta partida demonstrar um bom futebol já que nos últimos jogos o grande problema do time rubro-negro vem sendo com a dupla de zagueiros.

Alysson tem ótima chance na lateral esquerda para demonstrar que pode ser titular. Chiquinho, suspenso, vem fazendo partidas muito ruins, comparadas as atuações do primeiro turno.

Anaílson também não participa do jogo. O atleta, apesar do bom primeiro tempo contra a Portuguesa, não vem fazendo bem a sua função de articulador das jogadas. A volta de Elias é fundamental para o time atleticano assim como a presença de Juninho no ataque e de Pituca no meio.

O sistema de ataque está bem escalado e com uma melhora do setor defensivo o Atlético tem boas chances de vencer o Fortaleza.

A questão da altitude precisa ter mais estudos na área e maior comprometimento da FIFA

Sempre que um clube brasileiro e, principalmente, quando a seleção brasileira vai para uma partida em uma região que está bem acima do nível do mar, a mídia sempre toma como pauta ter ou não jogos nestas condições.

Não dá para ficarmos apenas no “achismo”. Como envolve uma questão biológica devemos envolver na discussão a ciência e o esporte. Eu jamais fui para uma cidade de altitudes elevadas e, portanto, não tenho a experiência que alguns atletas tiveram.

Minha opinião é em cima de aspectos abordados por alguns estudos e por aspectos que ainda não foram de fato estudados.

Patrick McSharry, da Universidade de Oxford, fez uma séria pesquisa sobre as altitudes elevadas no futebol. Ele que estudou 1.460 jogos entre 1900 e 2004. McSharry concluiu que em jogos em altitudes elevadas a cada 1.000 m equivaleria a "meio gol" para o time mandante. Em um jogo como Bolívia e Brasil, por exemplo, a probabilidade dos nossos vizinhos ganharem é de mais de 80%.

O número é alto já que a cidade de La Paz, onde usualmente acontecem os jogos da seleção local, está situada a 3.600 metros de altitude.

Com o devido tempo de adaptação a maioria dos atletas podem encarar elevadas altitudes. Mas quando se trata de competições como a Copa Sul-Americana, Libertadores e Eliminatórias, por exemplo, este tempo é apenas uma utopia.
Competições internacionais como a Copa do Mundo podem ocorrer nesses locais como já aconteceu no México já que existe o tempo de adaptação.

O resultado da partida não é fato relevante, mas a condição a que estão expostos à saúde os atletas é algo a ser discutido. Precisamos ainda de mais estudos sobre qual a relevância desta exposição.

Ainda podemos ter poucas certezas sobre o assunto. Porém dá para tirarmos algumas conclusões.

Por exemplo, argumentos querendo comparar a altitude com outras condições como o calor devem ser desprezados. Entender que os clubes da região são prejudicados com esta situação e por isso devem jogar no seu local é um absurdo já que a exposição à saúde dos atletas pode ser muito grande.

A FIFA deve estudar mais o assunto e não permitir que isto se torne apenas uma questão política.

Pelé x Maradona

Não, esse não é um post sobre quem foi melhor, até porque comparar atletas de épocas diferentes é uma grande besteira e os dois foram geniais dentro das quatro linhas.

Nesse mês, os dois foram personagens nos jornais de todo o mundo. Pelé na cerimônia da escolha da cidade-sede das Olimpíadas e Maradona no comando técnico da seleção argentina que não vive uma boa fase. O momento de Dom Diego é péssimo, mas mesmo assim seu torcedor o idolatra a ponto de chamá-lo de “D10S” e de formar uma igreja “Maradoniana, La Mano di Dio”, em alusão ao gol contra a Inglaterra de mão. Já Pelé, foi protagonista de um grande momento do esporte brasileiro e mesmo assim é tratado com desprezo. Por que?

Pelé é frio e evita aparecer em público. Após o fim de sua carreira, o rei do futebol brasileiro é visto apenas ao lado de políticos (não confiáveis) e dificilmente entra em contato com a população brasileira. Os comentários negativos e desnecessários sobre a seleção nacional e aos novos craque do Brasil também colaboram para este sentimento. Pelé parece não admitir a ideia de que o Brasil tenha novos ídolos no futebol e tem a antipatia de Zico, Romário e Ronaldo, os três melhores da era pós-Pelé.

Maradona é paixão, vibração e se comporta como um cidadão platino. O argentino vibra, chora, vai para o estádio e canta todas as músicas com o torcedor. Maradona ao expor seus dramas pessoais mostra ser um ser humano como qualquer outro, que tem problemas e alegrias e o fato de ser assim, o aproxima do seu povo e faz com que o sentimento de idolatria aumente ainda mais.Quando surge um novo atleta, o ex-craque argentino é o primeiro a apoiar e a elogiar. Todos os jogadores argentinos admiram o maior jogador de seu país

A vitória sobre o Peru foi emocionante e ver Dieguito dando um peixinho foi lindo. Os brasileiros não gostam de ter admiração pela Argentina, mas eu queria que o Pelé fosse assim, vibrante e humano como Maradona é.

Empresário propõe troca de jogadores e Fernandão pode ir para o banco

Um empresário ligado ao Cruzeiro sugeriu a 15 dias que o Goiás trocasse o ala Vítor pelo também ala Júlio César com o Cruzeiro. Júlio pertence ao time celeste e o clube mineiro poderia ceder o jogador em definitivo para o Goiás caso Vítor fosse liberado para o Cruzeiro.

Marcos Figueiredo, diretor de futebol do Goiás, afirma que ele não se interessa por isso já que pensa em ter os dois jogadores na próxima temporada. Ao mesmo tempo o dirigente entende que manter Júlio César para a próxima temporada será muito difícil já que o jogador é pretendido pelo Corinthians.

O ala esquerda do Goiás foi procurado no meio do ano por times da França e já revelou que o seu sonho é jogar na Europa.

Em no máximo 15 dias o Goiás vai apresentar uma proposta para o Cruzeiro na tentativa de comprar Júlio César.

O torcedor esmeraldino logo pensa que liberar o Vítor seria interessante pelo fraco desempenho do jogador nesse ano em comparação com a temporada passada. Mas, o fato é que Vítor é ainda sim um bom jogador que pode render muito bem na próxima temporada.

FERNANDÃO PODE IR PARA O BANCO
No treinamento de sábado no CT do Parque Anhanguera Hélio conversou 40 minutos com o elenco esmeraldino e depois mais 20 minutos em particular com o meia Fernandão. O treinador do Goiás diz que “qualquer um pode ir para o banco e dessa vez será um jogador muito importante para a nossa equipe”.

Hélio dos Anjos não confirma, mas as chances de Fernandão ir para o banco no jogo contra o Sport é muito grande.

PUNIÇÂO
Everton, João Paulo e Leandro Eusébio foram punidos pelas expulsões nos jogos,respectivamente, contra Cerro Portenho, Botafogo e Cruzeiro. Os jogadores terão descontados parte do salário.

O pedido foi do técnico Hélio dos Anjos.

Como atrapalhar um bom campeonato

O Campeonato Brasileiro está interessante mais uma vez. O Palmeiras busca a taça depois de 15 anos e Muricy Ramalho pode ser o primeiro técnico a conquistar a competição quatro vezes consecutiva. A briga por uma vaga na Copa Libertadores é intensa novamente. Esse ano com dois novos integrantes, Goiás e Atlético Mineiro. O Galo não disputa o principal torneio do continente desde 2000. Na parte de baixo da tabela, cinco equipes parecem brigar pela permanência. O Santo André, primeiro time fora da zona de rebaixamento, já está cinco pontos atrás do Coritiba. O time do ABC paulista luta contra Náutico, Botafogo, Sport e Fluminense pela permanência na elite.

Mas a discussão aqui é outra. Em 2009, mais jogadores que atuam no Brasil passaram a ser convocados para a seleção. O problema é que nosso campeonato é o único no mundo que não é paralisado em virtude da realização dos jogos das Eliminatórias e Amistosos Oficiais. É impressionante como a CBF joga contra os times e contribui de forma negativa com o andamento do Brasileirão. Ver os principais clubes do país perderem jogadores importantes em função de jogos contra Bolívia e Venezuela é triste. Não que os jogadores devessem ficar nos seus clubes, pois se trata de uma das últimas oportunidades para buscar uma vaga no grupo de jogadores que vai para a África do Sul. A questão é que o Campeonato Brasileiro deveria parar nas semanas de jogos do Brasil.

Nas próximas duas rodadas, o Palmeiras não terá Diego Souza. O São Paulo fica sem Miranda provavelmente terá que mudar seu esquema de jogo para a próxima partida. O Atlético Mineiro fica sem seu artilheiro, Diego Tardelli. O Flamengo perde o maior goleador do campeonato, Adriano. Internacional e Goiás já estavam desfalcados de jogadores importantes que disputam Mundial Sub-20, como Giuliano, por parte do time gaúcho, e Rafael Tolói pelo Goiás. O seis primeiros colocados do Campeonato Brasileiro não podem jogar com força máxima em um momento importante. Todos saem prejudicados e o torneio perde muito.

Quanto ao Mundial Sub-20, penso que seja um direito do jogador disputá-lo, mas não concordo. Esse campeonato foi criado no final da década de 70 e servia para revelar jogadores para equipes profissionais, assim como todas as competições da categoria. Porém, passados mais de 30 anos, jogadores jovens de 18, 19 ou 20 anos já são peças importantes em seus clubes e por isso, podem ser desfalques sérios para os clubes. Quanto aos jogos das Eliminatórias, há espaço suficiente no calendário anual para paralisar o Campeonato Brasileiro em jogos da Seleção. Basta reduzir os longos e inchados campeonatos estaduais. Essa mudança deve partir da organizadora dos campeonatos de futebol no Brasil, a CBF, e da patrocinadora das competições, a TV Globo. É uma questão de bom senso. Mas pedir bom senso destas duas entidades é pedir muito.