sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Que venham mais mudanças

A pós-temporada da Fórmula Um vem se mostrando mais movimentada do que o esperado. Tudo isso porque, as novidades não ficaram restritas às contratação e ao troca-troca de pilotos.
Após muitos dias de especulações, essa semana, o circo pegou fogo e anunciou mudança no sistema de pontuação, alteração do calendário e mais um brasileiro para o grid de 2010.
O novo formato dos pontos não deve trazer grandes diferenças. O primeiro colocado vai faturar 25 pontos, e os próximos nove pilotos levarão 20-15-10-8-6-5-3-2-1. Em termos de estatísticas, dá no mesmo, uma vez que, o segundo colocado vai continuar levando 80% dos pontos do primeiro e o terceiro, 60%.
A FIA quer agradar as equipes novatas, que agora são muitas. Por isso, decidiu que dez pilotos vão pontuar a cada corrida. Não é nenhum absurdo, se pensarmos que, esse ano, a categoria tinha 20 pilotos e oito pontuavam, ou seja, 40% marcavam pontos. Para 2010, dos 26 pilotos, 10 pontuarão, ou seja, aproximadamente 38%.
Se a FIA está interessada em aumentar o interesse por ultrapassagens, como diz que está, errou feio. O segundo colocado vai ficar receoso de tentar o primeiro lugar da mesma forma que acontece desde a última mudança na pontuação. Mas dos males o menor, a comissão da Federação conseguiu tirar da cabeça de Bernie Ecclestone que as medalhas são inviáveis.
Em relação à mudança da data do Grande Prêmio do Brasil, pelo segundo ano consecutivo, a etapa brasileira vai ser a penúltima, no dia 7 de novembro. A organização da prova de Interlagos aceitou, Abu Dhabi permanece encerrando o calendário. Além do que, em uma temporada cheia de mudanças, quem garante que o título só vai ser definido na última prova?


Por fim, a notícia que estampou todos os sites e jornais: Lucas Di Grassi assinou contrato com a Manor. O brasileiro fez o certo e deixou a Renault de lado. Lucas já estava esperando uma resposta da equipe francesa, mas com o chove-não-molha do time, preferiu a equipe novata. E ele está certo. A Renault vai vender 75% de suas ações e pode virar Prodrive. Se a equipe já não estava bem sob o comando de Briatore e com Alonso fazendo milagre com os carros, o próximo ano pode reafirmar que a má fase do time não é passageira.
Di Grassi vai ser o quarto brasileiro da temporada de 2010. A última vez que vimos quatro brasileiros na abertura da temporada foi em 2001, com Rubens Barrichello, Enrique Bernoldi, Luciano Burti e Tarso Marques. Lucas vai ser companheiro de Timo Glock, o que é bom, pois o alemão não é dos mais experientes e pode ser mais facilmente batido pelo brasileiro.
Quem pensava que Bruno Senna que iria pagar para correr se enganou: Di Grassi vai levar muito dinheiro para a Manor. O brasileiro vai ser patrocinado pela Unilever (que aliás, já estava o patrocinando desde o Desafio das Estrelas e das 500 Milhas da Granja Viana). Lucas vai estrear na categoria após dois anos batendo na trave e voltando para a GP2. Sorte ao brasileiro e à Manor.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Que venha a Copa!


Foi ótimo o sorteio dos grupos para a Copa do Mundo de 2010. Claro que sempre há chaves mais fortes e mais fracas, mas desta vez a distribuição foi bem legal. Vários grupos têm três times com chances de classificação e algumas chaves, como falaremos adiante, têm todas as seleções com chances reais de classificação.


Grupo A: África do Sul, México, Uruguai e França

A sorte fez justiça e é como se a França fosse realmente cabeça de chave. Azar dos donos da casa que devem ser o primeiro país anfitrião eliminado na primeira fase de uma Copa do Mundo.

Palpite: França e Uruguai se classificam.


Grupo B: Argentina, Nigéria, Coreia do Sul e Grécia

Nada mal para a Argentina, que caiu no grupo da morte nos últimos dois mundiais. Mesmo enfrentando bons adversários, deve se classificar sem problemas. As outras três seleções se equivalem.

Palpite: Argentina e Grécia se classificam.


Grupo C: Inglaterra, Estados Unidos, Argélia e Eslovênia

Os ingleses deram sorte, a chave é relativamente tranquila. O fato dos Estados Unidos enfrentarem os ingleses logo de cara, pode gerar uma pressão nos americanos para as partidas seguintes.

Palpite: Inglaterra e Argélia se classificam.


Grupo D: Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana

Considero a chave mais difícil. Mesmo que seja inimaginável pensar em uma Alemanha eliminada na primeira fase, os kaisers terão que jogar muito. Tanto Austrália quanto Sérvia e Gana passearam nas Eliminatórias.

Palpite: Alemanha e Gana se classificam.


Grupo E: Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões

Mais um grupo complicado. A seleção japonesa deve ser coadjuvante. Camarões e Dinamarca se enfrentam na segunda rodada em partida que deve definir o segundo classificado.

Palpite: Holanda e Camarões se classificam.


Grupo F: Itália, Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia

Ficou bom para os atuais campeões do mundo, mas a estreia contra os paraguaios é difícil. O Paraguai define sua vida nos dois primeiros jogos. Se fizer pelo menos três pontos nas duas primeiras rodadas deve se classificar, pois o último jogo é contra a Nova Zelândia.

Palpite: Itália e Paraguai se classificam.


Grupo G: Brasil, Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal

O bom para o time de Dunga é a estreia fácil, o que deve dar tranquilidade. Mas é bom aproveitar a fragilidade dos norte-coreanos, porque o saldo de gols pode ser decisivo. Costa do Marfim e Portugal fazem uma "final" para ambos logo na estreia.

Palpite: Brasil e Costa do Marfim se classificam.


Grupo H: Espanha, Suíça, Honduras e Chile

Grupo relativamente fácil para os espanhóis. O Chile pode se aproveitar do fato de estrear contra Honduras. Desse grupo sai o adversário do Brasil (caso a seleção se classifique, é claro) nas oitavas-de-final. Já imaginou Brasil x Espanha nas oitavas? Pode acontecer.

Palpite: Espanha e Chile se classificam.

Argentina

Já são 16 anos sem conquistar um título entre os profissionais. Nem o mais pessimista torcedor argentino poderia imaginar que algum dia sua seleção nacional chegaria a tal ponto (o último título dos hermanos foi na Copa América de 1993). Os títulos olímpicos conquistados em 2004 e 2008 serviram até certo ponto para amenizar a situação argentina, mas um novo fracasso em Copa do Mundo não será digerido por sua nação.

A última vez em que a Argentina passou da fase de quartas-de-final foi em 1990, quando perdeu na final para a Alemanha. Depois disso, o país revelou vários jogadores de talento, que figuraram (alguns ainda figuram) entre os melhores do mundo. Exemplos não faltam como Batistuta, Verón, Ortega, Sorín, Mascherano, Messi. Mas falta equilíbrio para a Argentina nas grandes competições. Muitas vezes a falta de equilíbrio é representada pela incapacidade dos técnicos que dirigem a seleção.

Em meio ao clima de angústia, rancor, ódio, entre outros sentimentos que envolvem a seleção do país nos últimos anos, o presidente da Associação de Futebol Argentino, Julio Grondona, não esqueceu a recusa de Carlos Bianchi para treinar a seleção em 1998. Bianchi era quase unanimidade entre os argentinos para substituir Alfio Basile. O único que poderia ofuscar a ideia de Bianchi comandar os hermanos era Maradona. O problema é que o jogador Deus na Argentina se mostrou um simples mortal como treinador.

Maradona convocou 72 jogadores para apenas 13 partidas. Ele nunca repetiu uma vez sequer a escalação do time. Em meio a trapalhadas e confusões táticas, a Argentina sofreu a humilhante derrota de 6 a 1 para a Bolívia nas Eliminatórias (a pior derrota da história do país) e ainda tomou um passeio do Brasil na partida disputada em Rosário. Para se classificar na quarta colocação com 28 pontos, a Argentina precisou vencer o Uruguai, na última rodada das Eliminatórias, em Montevidéu. Logo durante a comemoração no gramado pela classificação, Maradona e sua comissão técnica (que também é formada pelo ex-jogador e ex-técnico Carlos Bilardo) dispararam contra os jornalistas.

De fato, parte da imprensa argentina bombardeou o agora treinador inclusive no aspecto pessoal. Mas Maradona e os torcedores sabem que a seleção terá que melhorar muito para obter sucesso na África do Sul. O ponto fraco do time é visível na própria escalação. Uma equipe que é formada por Romero; Angeleri, Demichelis, Heinze e Papa na defesa não passa confiança. No meio campo, Mascherano fica sobrecarregado e muitas vezes perde a cabeça. Verón, Gutierrez e principalmente Di Maria não têm poder de marcação. No caso de Verón até sim, mas cobrar do veterano uma postura mais defensiva seria desperdício.

No ataque, o mundo cai nas costas de Messi (à esquerda), cobrado na Argentina por não desempenha o mesmo futebol que joga no Barcelona. O parceiro de Messi no ataque segue indefinido. No jogo da classificação contra o Uruguai, Maradona optou por Higuaín. Seja lá quem for o outro atacante, é difícil imaginar uma boa campanha dos hermanos em 2010 que não passe pela individualidade de Messi. Sabe-se que os atletas argentinos jogam por Maradona. Essa pode ser a chave do sucesso do país na Copa.

Mas se a devoção não ultrapassar os limites da competência, a Argentina não passa das semifinais. Mas se pelo menos ficar entre as quatro melhores seleções do mundo depois de 20 anos, os hermanos terão tranquilidade para trabalhar com o objetivo de estragar a festa do Brasil em 2014.



Depois de vencer o Peru no sufoco jogando em casa, Maradona não se conteve.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

França


Depois de disputar uma dramática e polêmica repescagem contra os irlandeses, a França estará na Copa do Mundo 2010. Mesmo que com uma “mãozinha” de Henry para o gol de Gallas, os franceses algozes do Brasil em 2006 poderão novamente cruzar o caminho brasileiro em Copas. O fato é que a jogada irregular de Henry repercutiu e muito no mundo do futebol. O assunto rendeu tanto que se especulou até mesmo que a Copa fosse realizada com 33 seleções incluindo então a Irlanda, mas isso não deve acontecer.

De qualquer forma, sem entrar no mérito da justiça da classificação, a França está na Copa da África do Sul. Essa será a 13ª Copa dos franceses que quase sempre fazem um bom papel quando o assunto é Copa do Mundo. O Brasil sabe bem disso. Foi goleado na final de 1998 por 3 a 0 com show de Zidane, e foi eliminado nas quartas-de-finais de 2006 com um gol de Henry e outro show de Zizou.

A história do futebol francês tem nomes que marcaram a história das Copas, por exemplo o maior artilheiro em uma única edição é Just Fontaine que sacudiu as redes 13 vezes em 1958 na Suécia. Craques como Platini nos anos 80 e Zidane especialmente em 1998 e 2006 mostraram toda a classe do futebol francês.

O total fracasso da Euro-2008 quando os franceses somaram apenas um ponto e voltaram para casa na primeira fase, quase se repete nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Por pouco a França não estaria de fora do Mundial, na fase de grupos ficou em 2º lugar do Grupo 7 que teve como vencedora a seleção da Sérvia, o grupo ainda contava com Áustria, Lituânia, Romênia e Ilhas Faröe. Contudo, a segunda posição garantiu a França na repescagem contra a Irlanda e depois de um desfecho polêmico envolvendo o lance (foto) do gol irregular iniciado por um toque de mão de Thierry Henry veio o passaporte carimbado e manchado.



As opções de Raymond Domenech treinador da seleção francesa são inúmeras, porém dessa vez a França não terá um super-craque no elenco, vaga já ocupada anteriormente por Zidane e Michel Platini. O destaque da seleção é Ribéry jogador que atua no Bayern de Munique (ALE), mas que está longe de alcançar o quilate dos dois jogadores citados no começo do parágrafo. Veja alguns nomes de bons jogadores que vêm sendo convocados para a seleção:

Goleiros: Lloris do Lyon (FRA), 23 anos; e Mandanda do Olympique de Marselha (FRA), 24 anos.

Defensores: Escudé do Sevilla (ESP), 30 anos; Abidal do Barcelona (ESP), 30 anos; Sagna do Arsenal (ING), 26 anos, Gallas do Arsenal (ING), 32 anos , Evra do Manchester United (ING), 28 anos e Clichy do Arsenal (ING), 24 anos.

Meio-campistas: Ribéry (foto) do Bayern de Munique (ALE), 26 anos; Malouda do Chelsea (ING), 29 anos; Lass Diarra do Real Madri (ESP), 24 anos, além dos jovens talentos Gourcuff do Bordeaux (FRA), 23 anos e Nasri do Arsenal (ING), 22 anos.



Atacantes: Karim Benzema do Real Madri (ESP), 22 anos; Gignac do Toulouse (FRA), 24 anos; Anelka do Chelsea (ING), 30 anos e Govou do Lyon (FRA), 30 anos.

Os jogadores são de ótimo nível, mas o time não tem sido tanto, de qualquer maneira é preciso respeitar a camisa azul francesa.

Potes definidos para o dia do sorteio


O primeiro passo para a escolha dos grupos para a Copa do Mundo da África do Sul foi dado ontem, quando a FIFA anunciou na Cidade do Cabo, os 4 potes em que estarão as 32 seleções que disputarão o Mundial de 2010.

A surpresa ficou por conta da França não ser cabeça-de-chave como se esperava. O critério anunciado pela FIFA foi a questão do Ranking organizado pela própria entidade. Os teóricos da conspiração afirmam que a maneira em que a França se classificou incluindo a polêmica da jogada irregular com a mão de Henry tenha influenciado na escolha. O fato é que poderemos ter novamente um grupo da morte, a não ser que a França caia no grupo dos anfitriões.

O sorteio dos grupos será realizado na próxima sexta-feira dia 04/12, a partir das 15h (Horário de Brasília). A expectativa é grande justamente para saber em que grupo os franceses estarão. Portugal poderá ter um grupo difícil pela frente também.

Os quatro potes ficaram definidos da seguinte maneira:

CABEÇAS DE CHAVE : África do Sul, Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra e Itália

POTE 2: Austrália, Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Honduras, México, EUA e Nova Zelândia

POTE 3: Costa do Marfim, Argélia, Nigéria, Camarões, Gana, Chile, Paraguai e Uruguai

POTE 4: França, Portugal, Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia, Sérvia, Suíça e Grécia

O regulamento do sorteio não permite que dois países da mesma Confederação estejam no mesmo grupo a não ser os filiados à UEFA. Portanto o Brasil enfrentará de qualquer maneira um país africano e outro europeu na primeira fase, a outra seleção que deverá compor o grupo encabeçado pelo Brasil será da Ásia, Concacaf ou Oceania.

Dessa maneira hipoteticamente poderemos ter o Brasil caindo no grupo da morte, ou num grupo razoavelmente fraco. Veja as duas hipóteses:

BRASIL, França, México e Costa do Marfim

BRASIL, Eslovênia, Argélia e Nova Zelândia

A equipe de Portugal também poderá encontrar dificuldades logo na primeira fase, já que como é filiada à UEFA poderá encontrar as potências européia que são cabeças-de-chave ou até mesmo no grupo dos sul-americanos Brasil e Argentina.

O certo é que amanhã a partir das 15h, as hipóteses deixarão de existir e o Blog Doutores da Bola acompanhará o sorteio e trará a partir de então a análise do sorteio em geral e posteriormente de cada grupo.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Itália


Tradição é a palavra que traduz o que significa a Itália em Copas do Mundo. A Squadra Azurra como é conhecida a seleção italiana disputou 16 mundiais, ficando de fora somente da Copa de 1930 no Uruguai e da Copa de 1958 na Suécia.

O futebol de marcação forte e aplicação tática característico dos italianos renderam o tetracampeonato mundial, conquistados nos anos de 1934 (em casa), 1938 (Na França), 1982 (Na Espanha) e a última edição em 2006 (Na Alemanha). A Itália ainda foi vice-campeã duas vezes perdendo ambas as finais para a seleção brasileira, 1970 e 1994.

Só que a história de confrontos da Azurra com a seleção canarinho não coleciona só derrotas. Em 1982 a seleção da Itália vivia uma certa crise e enfrentaria a seleção brasileira franca favorita, e tida por muitos especialistas como um dos maiores times de todos os tempos. O resultado depois de uma partida épica e antológica. Foi a vitória italiana com um show de Paolo Rossi um dos maiores carrascos da seleção brasileira na história dos mundiais juntamente com o uruguaio Ghiggia e o francês Zidane.

Depois do tetra em 2006, a Itália não colecionou boas campanhas nos torneios que disputou excetuando as Eliminatórias-2010. Na Copa das Confederações 2009, os italianos não passaram nem da primeira fase, levando de 3 a 0 do Brasil. Na Eurocopa 2008, a campanha também não foi brilhante, sendo eliminada nas quartas-de-finais pelos futuros campeões, no caso a Espanha.


Comemoração após o tetra na Alemanha-06

A campanha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo da Áfrico do Sul por sua vez, foi uma campanha muito sólida e sem sustos. Foram 24 pontos, 7 vitórias e 3 empates, com a Itália saindo invicta da competição. O ataque marcou 18 vezes e a defesa sofreu somente 7. O grupo tinha Irlanda, Bulgária, Chipre, Montenegro e Geórgia.

A equipe base treinada por Marcello Lippi é a seguinte:

Buffon, Grosso, Zambrotta, Cannavaro e Chielini; Camoranesi, Pirlo , Marchisio e De Rossi; Gilardino e Iaquinta.

Um time experiente, que ainda pode render algo em terras africanas ainda mais porque quando se trata de Itália em Copas a tradição faz o time crescer e muito.

Palpite: Estará entre as 8 melhores do Mundial.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Inglaterra

Se a Inglaterra não conquistar o título da Copa do Mundo de 2010, seus torcedores certamente se perguntarão se algum dia o país que inventou o futebol voltará a reinar no mundo da bola. Isso porque a geração inglesa atual é tida como a melhor desde 1966, ano em que os súditos da rainha sediaram e venceram uma Copa do Mundo pela primeira e única vez em sua história. Os ingleses sempre foram e continuam apaixonados pelo futebol. A prova disso é a super organizada Premiere League, o campeonato inglês, que é tido por muitos como a melhor competição nacional do mundo.

Na Inglaterra, os estádios são cheios, a organização é impecável e alguns clubes figuram entre os melhores do mundo. Nas últimas três edições da UEFA Champions League, três clubes ingleses chegaram às semifinais. Na última edição do torneio, o Manchester United, campeão europeu e mundial em 2008, foi derrotado pelo Barcelona, de Messi. Mas ao contrário da Espanha, que sempre teve uma liga forte e só agora obtém sucesso com sua seleção nacional, a Inglaterra sempre teve grandes jogadores e até conseguiu formar bons times, como o de 1990, semifinalista na Copa da Itália.

Jogadores como Paul Gascoine, Alan Shearer e Teddy Sheringham deixaram saudades pelo grande talento que apresentaram enquanto profissionais, mas o time atual possui atletas capazes de levar a Inglaterra a um posto que não é alcançado a 44 anos, o posto de melhor seleção do mundo. O time atual conta com meias espetaculares como Frank Lampard e Steven Gerrard (foto). Outro ponto forte são os zagueiros Rio Ferdinand e John Terry. Em comum esses quatro jogadores tem além do talento, o fato de serem experientes e possivelmente disputarem o seu último mundial em 2010.

O english team conta ainda com os jovens Walcott e Rooney. Wayne Rooney tem apenas 24 anos, mas já conquistou diversos títulos com o Manchester United. Os laterais Glen Johnson e Asley Cole não comprometem o sistema defensivo e ainda ajudam no ataque. O ponto fraco do time comandado pelo italiano Fábio Cabello está nos extremos do campo. No gol, o atual titular é David James, de 39 anos. Na posição de centroavante, Capello não ficou satisfeito com nenhuma aposta feita por ele e buscou Emile Heskey, de 31 anos, que disputou o mundial de 2002, mas não foi à Copa de 2006.

Nas Eliminatórias para a Copa de 2010, a Inglaterra não teve trabalho para se classificar no grupo 6, que também tinha Ucrânia, Croácia, Bielorrússia, Cazaquistão e Andorra. Os ingleses se classificaram com nove vitórias e uma derrota. Depois de fracassar e ficar de fora da Eurocopa de 2008, a Federação Inglesa contratou Fábio Capello, que deu um padrão de jogo à equipe. Em 2010, a torcida do english team não pode se contentar em ficar apenas entre as oito melhores seleções do mundo, fato que aconteceu nas últimas duas Copas, pois o time tem potencial para ser campeão.

Um novo fracasso seria dificilmente digerido na Inglaterra, tendo em vista o talento da geração atual. Se não fizerem boas partidas na África do Sul, os ingleses já podem pensar em inventar outro esporte, para quem sabe alcançarem o topo.



Em 1966, a Inglaterra conquistou o seu único título mundial.



segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Espanha

Cabeça de chave nas últimas três edições da Copa do Mundo, a Espanha sempre decepcionou o mundo da bola quando o assunto é mundial. A exceção talvez tenha sido em 2002, quando foi eliminada pela Coreia do Sul nas quartas-de-final após dois erros absurdos da arbitragem, que invalidou dois gols da fúria. Mas a tradição de revelar bons jogadores para o futebol mundial se equivale a tradição de decepcionar seus torcedores de quatro em quatro anos. Para tentar romper esta escrita, o país que tem como melhor posição em Copas do Mundo em quarto lugar em 1950, conta com a melhor geração de sua história.

O título europeu de 2008 mostrou a capacidade da seleção que hoje é comandada por Vicente del Bosque. A Espanha não tomou conhecimento de seus adversários e só foi ameaçada nas quartas-de-final, quando derrotou a Itália nos pênaltis. Jogando o futebol mais bonito do mundo, os espanhóis transformaram o talento que sempre tiveram em eficiência. Jogadores como Xavi (Barcelona), Iniesta (Barcelona), David Villa (Valência) e Fernando Torres (Liverpool) são capazes de derrotar qualquer seleção mundial. O time é tão bom, que Fabregas, um dos grandes meias do futebol mundial, é reserva na fúria.

Mais do que nunca a pressão por uma boa Copa do Mundo vai ser muito grande em cima dos espanhóis. Tropeçar no próprio salto pode ser um perigo para a equipe, mas nesse sentido, a Copa das Confederações foi muito útil. Depois de atropelar as fracas seleções da África do Sul, Nova Zelândia e Iraque, a Espanha perdeu de 2 a 0 para os Estados Unidos na semifinal, configurando um dos maiores vexames de 2009. Mas o tropeço pode ser benéfico, já que o time tomou o susto que precisava antes da Copa e provavelmente não vai menosprezar nenhum adversário.

O contrário aconteceu com a seleção brasileira na última Copa. Depois de vencer tudo entre 2002 e 2005 (inclusive a Copa das Confederações), o Brasil caiu nas quartas-de-final. Alguns jogadores não acordaram nem a ponto de ver o show de Zidane. A Espanha parece precavida em relação a isso, mas enquanto o título não vier, a pressão será muito grande. Uma ajuda pode vir no sorteio dos grupos, que acontece no dia 4 de dezembro. Nas últimas duas Copas do Mundo, os espanhóis pegaram adversários muito fracos na primeira fase. Nenhuma seleção pôde exigir muito do time, que só "estreou" na segunda fase. Claro que cair em um grupo da morte não é o que ninguém quer, mas é bom enfrentar times minimamente razoáveis na fase de grupos.

O entrosamento entre os jogadores é talvez a grande qualidade da Espanha. Sabemos que não basta ter apenas talento, mas sim formar um time. E nesse aspecto, o time espanhol parece que atua junto toda semana em algum campeonato nacional. As jogadas saem naturalmente e o toque de bola rápido e preciso envolve o adversário. A defesa não é ruim. No gol, Casillas vai para sua terceira Copa do Mundo. Na zaga, o experiente Puyol tem a companhia do jovem Piquet, que é bom nas bolas aéreas. Na lateral-direita, o zagueiro de origem Sérgio Ramos se adaptou bem. E na cabeça-de-área, o brasileiro naturalizado Marcos Senna encaixou como uma luva. A lateral-esquerda, que hoje é ocupada por Capdevila é o ponto fraco.

A Espanha fez uma campanha irretocável nas Eliminatórias, vencendo suas dez partidas. Recentemente, a seleção recuperou o primeiro lugar no ranking da FIFA, que pertencia ao Brasil. Os espanhóis precisam ter equilíbrio caso estejam atrás no placar, o que não aconteceu nas semifinais da Copa das Confederações contra os Estados Unidos. Caso mantenham a cabeça no lugar, a Espanha tem grandes chances de conquistar o título mundial.



Jogadores da Espanha comemorando o título europeu em 2008.


sábado, 28 de novembro de 2009

Portugal


Portugal estará na Copa pela quinta vez em sua história. Os portugueses nossos “patrícios” só obtiveram sucesso em mundiais quando tiveram a presença de brasileiros no comando. Foi assim na primeira participação lusitana em Copas do Mundo na Inglaterra – 1966, quando o brasileiro Otto Glória era o comandante da seleção de Portugal e apresentou ao mundo o “Pantera Negra”, apelido do moçambicano e português Eusébio. Na terra da rainha Portugal ficou com a terceira colocação, melhor dos portugueses na história.

Quarenta anos depois, na Copa da Alemanha, a seleção portuguesa dirigida por outro brasileiro, Luiz Felipe Scolari, conseguiu mais uma boa campanha chegando ao quarto lugar. Na campanha de Scolari em 2006, os portugueses conseguiram importantes vitórias contra Inglaterra e Holanda.

As outras duas participações de Portugal foram em 1986 no México e em 2002 na Coreia e Japão.

E quase que a seleção do atual melhor jogador do mundo fica de fora da Copa na África do Sul. Os portugueses precisaram disputar a repescagem contra a boa seleção da Bósnia e Herzegovina.

Na fase de grupos Portugal ficou na segunda posição do grupo que contava com Dinamarca (1º lugar), Suécia, Hungria, Albânia e Malta. Os portugueses somaram 19 pontos, sendo 5 vitórias, 4 empates e uma derrota. O ataque anotou 17 gols e a defesa sofreu 5. Na repescagem duas vitórias por 1 – 0 sobre a Bósnia e o passaporte carimbado.


Torcida lusa comemora classificação


A seleção portuguesa é treinada por Carlos Queiroz, e conta com bons jogadores, entre eles o melhor do mundo na atualidade, o atacante do Real Madri (ESP) e um dos postulantes de imediato a craque da Copa.

No gol o nome para ser titular é o de Eduardo do Braga (POR), que tem como reserva o ótimo Hilário do Chelsea (ING). Na linha defensiva os nomes são o do brasileiro naturalizado português Pepe, e Ricardo Carvalho. No meio campo além de C.Ronaldo, ainda tem bons jogadores como Deco, Nani e Tiago.
O ataque conta com Simão, Hugo Almeida e mais um brasileiro naturalizado português, Liédson.


Ex-Corinthians, Liédson tem chance de ir à Copa por Portugal

Palpite: Os portugueses têm chance de fazer bonito na Copa, chegando entre as 8 melhores do mundo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Uruguai

Assim que entrar em campo em solos africanos no ano que vem, a seleção do Uruguai já terá que quebrar um longo tabu: a celeste olímpica vai completar 20 anos sem vencer uma partida de Copa do Mundo. A última vitória do país em mundiais foi no dia 21 de junho de 1990, quando derrotou a Coreia do Sul por 1 a 0 no último jogo da primeira fase. Mas depois disso foram apenas quatro jogos em Copas, um no próprio ano de 1990, quando foi eliminado nas oitavas-de-final, e outros três em 2002, quando foi eliminado na primeira fase.

Portanto, além de vencer um jogo de Copa do Mundo, a seleção uruguaia busca a partir de 2010 ser figurinha constante em mundiais. A última participação convincente dos sul-americanos foi em 1970, no México, quando terminaram na quarta colocação. Mas mesmo sem convencer há décadas, a celeste olímpica, com toda sua mística, tradição e história, merece o respeito de seus adversários. O Uruguai ainda é capaz de vencer jogos na base de sua típica catimba, provocação e dos tumultos provocados propositalmente quando a situação parece não caminhar de forma favorável aos uruguaios.

O melhor e mais recente exemplo aconteceu na repescagem para o mundial contra a Costa Rica. Depois de vencer o primeiro jogo fora de casa por 1 a 0, o Uruguai abriu o placar no estádio centenário com Abreu, já no segundo tempo. Pouco tempo depois, os costarriquenhos empataram com Centeno. Então, um grupo de jornalistas do país provocou integrantes do banco de reservas adversário e um tumulto se iniciou. Baixada a poeira, o Uruguai controlou o jogo e se classificou, mesmo após Saborio perder mais uma boa chance para a Costa Rica.

Na África do Sul, devido a grande organização do evento, jornalistas uruguaios não poderão novamente interferir. Mas quem disse que a turma comandada por Diego Lugano precisa disto? Eles são capazes de infernizar os adversários no aspecto psicológico se a dificuldade da partida exigir. Porém, catimba não ganha Copa do Mundo e pode nem ser suficiente para uma classificação à segunda fase. O Uruguai conta com uma boa geração de jogadores o que já não se via há alguns anos. Mas grandes atacantes como Diego Forlan e o jovem Luís Suárez ainda não conseguiram um bom entrosamento, embora sejam jogadores de talento indiscutível.

O técnico Oscar Tabárez pode levar seus comandados às oitavas-de-final em 2010. Talvez falar em sorte no sorteio dos grupos para a Copa não seja o ideal, já que o Uruguai costuma tropeçar em ocasiões improváveis. Para enfrentá-lo, é preciso aproveitar os momentos de afobação que esta seleção passa durante a maioria das partidas, bem como arriscar chutes de longa distância, já que todos os goleiros testados recentemente não passaram confiança. Mas o país que desrespeitar os uruguaios vai se dar mal. Afinal de contas, não é qualquer seleção que já conquistou duas Copas do Mundo, duas Olimpíadas, 14 Copas América, um Mundialito, uma edição dos Jogos Pan-Americanos... conquistas que não acabam mais.



A celeste uruguaia é a maior craque do time. Esta camisa ganha jogo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Grécia


A Grécia vive ainda hoje da conquista da Eurocopa 2004, isso é um fato. E a mesma Grécia decepcionou muito ao não conseguir se classificar para a Copa do Mundo da Alemanha em 2006. Ainda mais por que a história grega em Copas do Mundo não é lá das mais agradáveis. Os gregos disputaram apenas o Mundial de 1994 e foram eliminados na primeira fase com três derrotas, 10 gols sofridos e nenhum gol marcado. Um deles foi um gol especial, pois foi o último gol de Maradona pela seleção argentina, na ocasião a Grécia tomou de 4 a 0, os outros três gols foram marcados por Gabriel Batistuta.

Mas a seleção grega quer tirar essa impressão de ser a equipe da Euro-04 e também conseguir algo mais na Copa do Mundo da África do Sul. Para ter essa chance a Grécia teve dificuldades para se classificar tendo que enfrentar a repescagem europeia. Na fase de grupos os gregos ficaram em segundo lugar, atrás da Suíça, em um grupo fraco que contava com Moldova, Luxemburgo, Israel e Letônia. Foram 20 pontos ganhos com 6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Foram marcados 20 gols e sofridos 10. Na repescagem os gregos venceram a Ucrânia (1-0) jogando fora de casa depois de ter empatado sem gols em terras gregas.


Gregos comemoram vitória em Donetsk (UCR)

A seleção aparece em uma surpreendente 12ª colocação no ranking FIFA desse mês, o que já credencia a pelo menos se ter cuidado com os gregos lá na África do Sul.

O time treinado pelo alemão Otto Rehhagel, tem uma boa estrutura defensiva mas já não conta mais com o bom e experiente goleiro Nikopolidis destaque da Euro-04. O seu sucessor é Michalis Sifakis que joga no futebol do país. Na linha defensiva, alguns jogadores se destacam como Torossidis do Olympiacos (GRE), Seitaridis do Panathinaikos (GRE), e Kyrgiakos do Liverpool (ING) além do experiente Dellas do Anorthosis Famagusta.

Do meio para frente a seleção conta com jogadores experientes mesclados com alguns jovens talentos. Dos meias A.Papadopoulos de 25 anos e que joga no Olympiacos (GRE), e Pliatsikas do Schalke 04 (ALE) o último terá 22 anos na Copa do Mundo. E meio-campistas experientes até mesmo na seleção como são os casos de Katsouranis e Karagounis ambos do Panathinaikos (GRE) e Basinas esse do Portsmouth (ING).

No ataque o grande nome é o de Theofanis Gekas jogador do Bayer Leverkusen (ALE), o autor do gol da classificação Salgipidis (foto) do Panathinaikos (GRE), outro bom nome é o de Samaras jogador do Celtic (ESC). E Rehhagel ainda poderá contar com a experiência de Charisteas ou a juventude de Mitroglou.




Palpite: Tudo pode acontecer com a surpreendente Grécia, eu apostaria em uma vaga nas oitavas-de-final.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Eslovênia


A única participação da Eslovênia em Copas do Mundo foi do tamanho da expressão do futebol no país. Na Coreia e no Japão em 2002 os eslovenos debutaram com três derrotas em três jogos disputados, sem nenhum aproveitamento e apenas dois gols marcados. Na estreia derrota para os espanhóis por 3 x 1 e Cimirotic marcava o primeiro gol dos eslovenos em Copas. No segundo jogo, derrota por 1 x0 para os sul-africanos e no último jogo, nova derrota agora para os paraguaios também por 3 x 1.

Se nas Eliminatórias para a Copa da Alemanha os eslovenos acabaram não conseguindo passar nas eliminatórias, muito pelo fato de estarem no grupo da campeã Itália, para a África do Sul a história já foi diferente. O grupo era um pouco mais tranquilo, mesmo assim foi preciso a repescagem. Na fase de grupo os eslovenos ficaram em 2º lugar, atrás dos eslovacos, num grupo que ainda tinha República Tcheca, Irlanda do Norte, Polônia e San Marino. A campanha somou 20 pontos, sendo 6 vitórias, 2 empates e outras 2 derrotas, 18 gols pró e apenas 4 gols sofridos (2ª melhor defesa das eliminatórias UEFA, somente atrás da Holanda que tomou apenas 2).
Foi necessária então a repescagem e logo no sorteio azar para os eslovenos. O adversário era logo a Rússia, pedreira. Os russos que se destacaram na EURO-08 chegando às semifinais e mostrando jogadores como o ótimo Arshavin eram os favoritos para chegar à primeira Copa em território africano.

No primeiro jogo, em Moscou, vitória dos russos por 2 a 1. Com o gol marcado aos 42 do segundo tempo os eslovenos levaram a esperança para casa. No jogo de volta deu a lógica se considerar a campanha dessa Eliminatória, vitória dos eslovenos por 1 a 0 (a Eslovênia saiu invicta em casa 4 vitórias e um empate), e a classificação para a Copa do Mundo veio através do gol qualificado.
A seleção de Matjaz Kek não poderá contar com Zahovic uma espécie de “Pelé do futebol esloveno” que se aposentou em 2006. Mas contará com alguns bons jogadores como o meia-atacante do Auxerre e o jovem da Inter de Milão, Rene Krhin além dos atacantes Novaković e Zlatko Dedic. Um outro destaque é a linha defensiva em geral que mostrou bastante solidez durante as Eliminatórias.



Palpite: O país que fazia parte da antiga Iugoslávia e que estará com 20 anos de independência o ano que vem, se conquistar o primeiro ponto em Copas do Mundo pode comemorar.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Argélia

Rivalidade, equilíbrio e violência. Para chegar à Copa do Mundo, a terceira de sua história, a Argélia teve que passar por cima de tudo isso. O adversário foi o Egito, maior campeão do continente africano e então favorito para conquistar a vaga. As duas seleções ficaram no Grupo C das Eliminatórias e de forma incrível empataram em todos os critérios de desempate. As duas seleções fizeram 13 pontos em uma chave que também contava com Zâmbia e Ruanda. Houve empate também no número de gols marcados e sofridos, o que forçou uma partida extra, realizada no Sudão.

Os egípcios chegaram empolgados para o jogo decisivo. Afinal, o país precisou vencer os argelinos por dois gols de diferença para forçar a realização de um novo embate. O segundo gol da vitória por 2 a 0 só saiu aos 50 minutos da etapa complementar, na última partida do Grupo C, realizada na capital egípcia, Cairo. O clima que antecedeu o jogo não foi nada amistoso. Jogadores da Argélia foram agredidos antes da partida e a FIFA decidiu que vai abrir uma investigação contra a Federação Egípcia para apurar se a entidade teve responsabilidade nas agressões. O Egito alega que sofreu com a mesma violência no Sudão, local da partida desempate.

Dentro de campo, o duelo era pra saber qual país iria representar o futebol árabe na Copa de 2010, já que as tradicionais Arabia Saudita e Tunísia não se classificaram. Tanto Egito como Argélia apresentam um futebol rápido e de bom toque de bola. Os argelinos foram eficientes e venceram com um belo gol de Antar Yahia, no primeiro tempo. O maior destaque do time foi o goleiro Faouzi Chaouchi, que fechou o gol, principalmente na etapa complementar. A Argélia já participou dos mundiais de 82 e 86, mas sem sucesso. O time tem condições até de se classificar para a fase final dependendo da chave em que cair.

Como não tem nada a perder, a seleção africana deve tentar se aproveitar do alto número de torcedores que terá na África do Sul para obter sucesso. É preciso respeitar as grandes potências, mas sem temer o adversário. Com a rapidez de seus ataques e contra-ataques, a Árgelia pode surpreender o mundo da bola.



Seleção da Argélia é recebida com festa na volta para casa.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Passaporte carimbado

As 32 seleções que vão disputar a Copa do Mundo da África do Sul em 2010 já foram definidas. Hoje as últimas seis vagas para o mundial foram definidas, quase todas elas de forma dramática. A situação mais confortável foi de Portugal, que venceu a Bósnia por 1 a 0 fora de casa. Os portugueses já haviam vencido o jogo de ida pelo mesmo placar.

Em Paris, um erro grave de arbitragem classificou a França. Os azuis, que venceram a Irlanda por 1 a 0 no jogo de ida, precisavam apenas do empate para garantir vaga na Copa. Porém, com um gol de Robbie Keane, os irlandeses devolveram o placar de 1 a 0 e levaram a partida para a prorrogação. No primeiro tempo da prorrogação os franceses marcaram um gol absolutamente irregular. Após cobrança de falta, Thierry Henry ajeitou a bola com a mão para o zagueiro Gallas, que empurrou para as redes e comemorou de forma sem graça, já que a arbitragem validou o gol.

Ainda na Europa, a Eslovênia surpreendeu ao vencer a Rússia por 1 a 0. O país se classificou por causa do critério do gol fora de casa, pois perdeu para os russos em Moscou por 2 a 1. Esta será a segunda participação dos eslovenos em Copas do Mundo. A primeira participação em mundiais desta seleção foi em 2002, quando o time perdeu todos os jogos.

E na Ucrânia, para o desespero de Andriy Shevchenko, a seleção da casa foi derrotada pela Grécia por 1 a 0. Os gregos estavam em situação complicada, já que empataram sem gol em casa na primeira partida. A Grécia vai participar de uma Copa pela segunda vez. A primeira e única participação do país em mundiais foi em 1994, nos Estados Unidos.

No Sudão, a Argélia venceu o Egito no jogo desempate pela última vaga do continente africano. O placar foi de 1 a 0 para os argelinos. O Egito, atual bicampeão africano e maior vencedor das competições regionais no continente, vai ver a Copa novamente pela televisão.

Já em Montevidéu, o Uruguai usou da velha e boa catimba para segurar a Costa Rica. O placar da decisão foi 1 a 1. No primeiro jogo, em San José, capital costarriquenha, os uruguaios venceram por 1 a 0. A nota positiva do próximo mundial é que os sete países campeões do mundo, Brasil, Argentina, Uruguai, Itália, Alemanha, Inglaterra e França estarão presentes da África do Sul.

Como acontece sempre, algumas boas seleções ficarão de fora. Destaque para as eliminações de Egito e Rússia. Os russos têm uma geração de jogadores habilidosos e melhores do que oaqueles que levaram o país à suas duas últimas Copas, em 2002 e 1994. Mas estas duas seleções tiveram suas chances e não mereceram a vaga. Suécia e Croácia caíram em chaves equilibradas nas Eliminatórias e também ficaram de fora, mas ver seleções de volta, como Camarões, Dinamarca e Chile será interessante.

Confira a lista de todos os classificados. O sorteio dos grupos será no dia 4 de dezembro.


América do Sul

Brasil, Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai.


Américas do Norte e Central

Estados Unidos, México e Honduras.


Europa

Alemanha, Itália, Inglaterra, França, Espanha, Holanda, Dinamarca, Sérvia, Eslováquia, Suíça, Eslovênia, Portugal e Grécia.



África

África do Sul, Gana, Costa do Marfim, Nigéria, Camarões e Argélia.



Ásia

Austrália*, Japão, Coreia do Norte e Coreia do Sul.

* A Austrália pertence à Federação Asiática.



Oceania

Nova Zelândia



No blog Doutores da Bola, você vai continuar acompanhando o perfil de todas as seleções classificadas. Amanhã, falaremos mais da Argélia.

Nigéria



Os nigerianos estão de volta à Copa do Mundo. Depois de disputar três mundiais consecutivos (1994, 1998 e 2002), a Nigéria decepcionou e ficou de fora do Mundial da Alemanha em 2006, perdendo a vaga para Angola. Mas garantiu sua vaga para a primeira Copa do Mundo em terras africanas. A seleção que encantou com o futebol ofensivo e teve ótimos jogadores como Amunike, West, Kanu, Babangida e Jay-Jay Okocha sempre se destacou pelo futebol ofensivo, alegre e irresponsável.

A principal conquista dos nigerianos no futebol e a primeira do país em uma competição de primeira linha, foi o ouro em Atlanta-96, onde desbancaram o Brasil no inesquecível “Dida-Aldair” pelas semifinais e depois venceram os argentinos. Depois de uma boa estreia em Copas do Mundo também nos EUA 94, os nigerianos conquistavam um ouro que nem mesmo a Seleção Brasileira possui. Outros títulos importantes são duas Copas das Nações Africanas em 1980 e 1994.

Nigéria x Argentina - EUA 94


A classificação da Nigéria para a Copa de 2010 veio somente na última rodada das Eliminatórias. Os nigerianos que ocupam a 32ª posição no ranking da FIFA atualmente, saíram das Eliminatórias invictos na fase final, foram 3 vitórias e 3 empates, 9 gols marcados e 4 sofridos.

As “super águias” vão voltar a dar rasantes em Copas do Mundo, a geração não é tão boa como a dos anos 90 por exemplo, mas a África está bem representada com a seleção nigeriana. Os destaques da seleção treinada pelo nigeriano Samsom Siasia são: o defensor Joseph Yobo do Everton (ING), o meia Obi Mikel do Chelsea (ING), e os atacantes Utaka e Kanu do Portsmouth (ING), e alguns jovens jogadores como Victor Obinna e Victor Anichebe.

Meia Obi Mikel em ação pela seleção

Palpite: Se tiver com a sorte na hora da definição dos grupos, a Nigéria pode repetir 94 e 98, mas não será fácil.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Camarões

Depois de perder a classificação para a Copa do Mundo de 2006 na última rodada das Eliminatórias, a seleção de Camarões está de volta a um mundial. O time não mudou muito de quatro anos para cá, mas talvez a experiência adquirida tenha sido o fator decisivo para garantir o passaporte para a África do Sul. Os camaroneses ficaram no Grupo A da última fase das Eliminatórias Africanas, ao lado de Togo, Gabão e Marrocos. O início foi preocupante, mas após perder e Togo e empatar com os marroquinos, a seleção comandada pelo técnico francês Paul Le Guen venceu todas as suas partidas e terminou na primeira colocação da chave com 13 pontos.



Em 2010 os leões indomáveis vão disputar o seu sexto mundial. Camarões é o país africano que mais participou de Copas do Mundo. A melhor campanha foi no mundial da Itália, em 1990, quando terminou em sétimo lugar. Foi em solo italiano que os jogadores ficaram conhecidos como leões indomáveis. O principal jogador era Roger Milla (à direita), que na época tinha 38 anos. Logo na estreia de Camarões na Copa, o país venceu a Argentina por 1 a 0 com gol de François Oman-Biyiki. Para nosso azar, a derrota dos argentinos, campeões da Copa de 86, colocou frente a frente brasileiros e hermanos logo nas oitavas-de-final. O Brasil perdeu e voltou mais cedo para casa.

Camarões foi eliminado pela Inglaterra nas quartas-de-final, em uma partida emocionante vencida pelos ingleses por 3 a 2. Depois de 1990, os leões indomáveis ficaram devendo uma boa participação em mundiais. Em 1994, o país foi eliminado na primeira fase depois de empatar com a Suécia e perder para Brasil e Rússia. A derrota para a Rússia por 6 a 1 quando as duas seleções já estavam eliminadas, foi humilhante. Nesta partida, Roger Milla, com 42 anos, fez o gol de honra dos camaroneses e se tornou o jogador mais velho a marcar um gol em um jogo de Copa do Mundo.

No século 21, Camarões segue devendo. Existia uma boa expectativa em torno dos leões indomáveis por causa do título das Olimpíadas de 2000, mas a participação no mundial da Coreia e do Japão, em 2002, foi apagada. Atualmente, o país ocupa a décima quarta posição no ranking da FIFA. Jogadores como Samuel Eto'o, da Inter de Milão, Pierre Webó, do Mallorca, Geremi, do Newcastle e Lauren, do Portsmouth são capazes de justificar a atual posição do país no ranking da FIFA e pelo menos levarem a seleção até às oitavas-de-final. Para isso, não basta ter evoluído apenas no quesito experiência. Se Camarões não tiver uma boa disciplina tática e confundir marcação com violência, como acontece com frequencia, os leões voltarão mais cedo para casa novamente.



Aos 29 anos, Eto'o vai poder jogar mais uma Copa. Talvez a última de sua carreira.

sábado, 14 de novembro de 2009

Nova Zelândia

Com gol de Rory Fallon, aos 45 minutos do primeiro tempo, a Nova Zelândia venceu o Bahrein por 1 a 0 em casa e se classificou para a Copa do Mundo de 2010. Será a segunda participação dos neo zelandeses em um mundial. Na partida de hoje, disputada na cidade de Wellington, empate sem gols levaria a decisão para a prorrogação e depois para os pênaltis, se o empate continuasse. Empate com gols classificaria o Bahrein, já que a primeira partida terminou 0 a 0. Foi a segunda vez seguida que Bahrein deixou escapar a vaga na Copa em um confronto de repescagem. Em 2005, o país foi eliminado por Trinidad e Tobago.

A única participação da Nova Zelândia em mundiais até hoje foi em 1982, na Espanha, quando esta seleção ficou no Grupo F, o grupo do Brasil, e foi saco de pancadas. O país da Oceania estreou perdendo por 5 a 2 para a Escócia, depois tomou 3 a o da União Soviética e encerrou sua melancólica participação perdendo para o Brasil, de Telê Santana, por 4 a 0. Com a migração da Austrália para a Federação Asiática de Futebol, a Nova Zelândia passou a reinar sozinha na Oceania. Os pontos positivos são que além das chances de classificação para a Copa terem aumentado consideravelmente, o país deve ser presença certa em todas as Copas das Confederações, o que dará experiência para os jogadores.

Em 2009, os ''All Whites", como são conhecido os jogadores neo zelandeses, participaram da Copa das Confederações da África do Sul. O time ficou no Grupo A e logo na estreia tomou 5 a 0 da Espanha. Depois, perdereu para os anfitriões por 2 a 0 e na última partida empatou sem gols com o Iraque. A Nova Zelândia não vai à África do Sul para se classificar à segunda fase. Mas conquistar um ponto em 2010 pode ser tão comemorado quanto um título da seleção nacional do país de Rúgbi, os "All Blacks". A seleção de futebol da Nova Zelândia é treinada por Ricki Herbert, que sabe sobre as limitações de sua seleção.



Quem também se garantiu no mundial da África do Sul hoje foi a Nigéria, que venceu o Quênia de forma dramática. Mais tarde, as outras duas vagas do continente da Copa também serão preenchidas. Camarões disputa com Gabão. Egito e Argélia duelam no grupo C e em caso de vitória dos egípcios por 2 gols de diferença uma nova partida vai ser realizada na quarta-feira, pois os times terminarão empatados em todos os critérios de desempate. Também começa hoje a repescagem europeia e a das Américas. Falaremos de tudo isso nos próximos posts.

Holanda



A ofensividade holandesa estará na África do Sul em 2010. A laranja mecânica se classificou mais uma vez para a Copa do Mundo, somando a próxima participação a conta dará 9. Sendo que duas delas em 1974 e 1978 o país ficou com o vice campeonato, em 74 foram derrotados pelos anfitriões alemães e em 78 para os também anfitriões argentinos.

Porém mesmo não conseguindo um título mundial (merecido), a Holanda conseguiu impressionar o mundo da bola, com inovações táticas e um futebol ultra-ofensivo e bonito de se ver. Em 1974 a Holanda dirigida pelo lendário Rinus Michels e orquestrada por craques como Cruyff e Neeskens apresentaram uma revolução no futebol, onde nenhum jogador de linha guardava posição fixa, era o chamado carrossel holandês e também conhecido como “Futebol Total ou Laranja Mecânica”. O futebol era intenso, o objetivo era sempre o gol e a coletividade era uma coisa espantosa. Para muitos estudiosos esse foi o melhor esquema tático inventado no futebol.


Holanda de 1974




Mesmo com a totalidade do futebol, a Holanda não conseguiu ser a campeã do mundo, esbarrou primeiro na Alemanha de Gerd Muller e Franz Beckenbauer e depois na Argentina. Na Copa de 78 a Holanda não contou com o super craque Cruyff (foto) que não quis participar da Copa como um protesto à situação política que a Argentina vivia, então foi lançado o ótimo Rensenbrink.



Nos anos 80, depois de ficar de fora das Copas de 82 e 86, Rinus Michels voltou ao comando da seleção laranja e conquistou a Euro 88, contando com jogadores como Rijkaard, Koeman, Van Basten e o incrível Gullit.

A Holanda sempre gostou de aparecer no caminho do Brasil em Copas do Mundo. Em 1974 a vitória foi holandesa por 2x0, já em 1994 o Brasil de Romário e Bebeto bateu por 3x2 a Holanda do craque Bergkamp (jogador de rara técnica), nas quartas-de-final nos EUA a vitória canarinha foi épica e o gol de Branco cobrando falta contando com o corta-luz de Romário foi um gol antológico. Em 1998, a seleção holandesa voltou a se encontrar com a brasileira dessa vez na semifinal, o empate por 1 a 1 levou a decisão para os pênaltis e Taffarel ao defender dois pênaltis tirou mais uma vez a chance da Holanda conquistar o mundo.

Nas Eliminatórias para 2010 a Holanda foi soberana no Grupo 9 e venceu suas 8 partidas, terminando com 100% de aproveitamento, 17 gols marcados e 2 sofridos apenas. O grupo era muito fraco, com Noruega, Escócia, Macedônia e Islândia.

A Holanda 3ª colocada no ranking da FIFA é treinada pelo holandês Bert van Marwijk. E conta com inúmeros bons jogadores, tem tudo para fazer um ótimo papel na África do Sul. Os destaques são: os meia Van Bommel do Bayern Munique (ALE), o meia De Jong do Man.City (ING), Van der Vaart do Real Madri (ESP) e Sneijder da Inter de Milão (ITA). E no ataque nomes como Kuyt do Liverpool (ING), Robben do Bayern Minique (ALE), Van Persie do Arsenal (ING) e tantos outros bons nomes.


Wesley Sneijder, meia da seleção e da Inter de Milão




Palpite: A Holanda será semifinalista em solos africanos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Alemanha




Calcular o impacto da ausência do goleiro Robert Enke no grupo da Alemanha que vai disputar a Copa do Mundo em 2010 é impossível. Enke (à direita) suicidou no dia 10 de novembro. Aos 32 anos, ele foi considerado o melhor arqueiro do Campeonato Alemão na temporada 2008/2009 defendendo o Hanover. Amigos e familiares do atleta revelaram após a morte do jogador que ele sofria de depressão, principalmente após o falecimento da filha em 2006. Mais do que nunca, a seleção de futebol do país vai precisar de uma velha aliada: a frieza.

Depois da geração de craques que conquistou a última Copa para os kaisers em, 1990, a seleção, que hoje é comandada pelo técnico Joachim Low, foi cercada de desconfiança por muito tempo. O time não tem mais estrelas como Lothar Mathaus, Jurgen Klinsmann, Andreas Moller, Oliver Kahn, entre outros, mas os resultados em Copas seguem impressionantes. A Alemanha só ficou de fora de dois mundiais até hoje: o de 1930, no Uruguai e o do Brasil, em 1950. Em 16 participações, a pior colocação do país foi o décimo lugar conquistado em 1938, na França.

Exceto a décima colocação em 38, os alemães sempre estiveram entre as sete melhores seleções do mundo. O time se transforma em Copas. Mesmo após fracassar em campeonatos europeus, os kaisers conseguem desempenhar um bom papel em mundiais. O melhor exemplo disso aconteceu em 2002, na Coreia e no Japão. A seleção, que tinha como principal jogador o então inexperiente Ballack, sofreu uma goleada humilhante de 5 a 1 para a Inglaterra jogando em casa nas Eliminatórias e, por isso, teve que disputar a repescagem contra a Ucrânia. Na Copa de 2002, a Alemanha estreou vencendo a Arábia Saudita por 8 a 0. Depois empatou com a Irlanda por 1 a 1 e venceu Camarões por 2 a 0 garantindo o primeiro lugar.

Na segunda fase, 1 a 0 até chegar à final. Azar das vítimas Paraguai, Estados Unidos e Coreia do Sul. Na final, o Brasil foi superior, mas ninguém sabe o que aconteceria se a falta cobrada por Oliver Neuville entrasse já no segundo tempo quando o placar ainda estava 0 a 0. Marcos defendeu com a ponta dos dedos e a bola ainda raspou na trave. O vice-campeonato fez os alemães saírem da Copa de cabeça erguida.

Em 2006, apresentando um futebol mais bonito, o país recebeu a Copa e terminou em terceiro lugar, resultado que também agradou aos críticos, temerosos um fracasso em casa. O time atual tem como o principal jogador o agora experiente Michael Ballack. Mas Ballack (foto) tem a companhia de outros jogadores que podem fazer a diferença, como Schwensteiger e Hitzlsperger com seus chutes de fora da área, como o bom lateral Lahm, que pode atuar tanto na esquerda como na direita. E não dá para deixar de lado o artilheiro da última Copa, Miroslav Klose. Klose fez cinco gols tanto em 2002 quanto em 2006. Se mantiver a média na África do Sul, o jogador se igualará a Ronaldo como o maior artilheiro da história das Copas.

A Alemanha conquistou os mundiais de 54, 74 e 90. O país ainda tem quatro vice-campeonatos e ficou na terceira colocação em três oportunidades. É um verdadeiro gigante. Nas Eliminatórias para 2010, alemães e russos dividiram as atenções do grupo 4. O jogo que decidiu a classificação aconteceu em Moscou, capital Russa. Quem vencesse se classificaria de forma direta. A Rússia pressionou, mas a eficiência dos kaisers apareceu: 1 a 0, gol de Klose. Ver a Alemanha eliminada antes das semifinais seria uma decepção. E isso não deve acontecer, a não ser que haja um encontro de gigantes envolvendo os alemães antes de restarem somente quatro seleções na África do Sul.


Seleção alemã campeã do mundo em 1990, na Itália.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Sérvia


Será a primeira vez que a Sérvia disputará um Mundial como país independente, antes pertencente à Iugoslávia disputaram 9 mundiais e o de 2006 como Sérvia e Montenegro somando assim 10 participações. A melhor classificação dos sérvios (iugoslavos) foi a quarta posição em 1962 no Chile.

Na última Copa do Mundo os sérvios ainda em companhia dos montenegrinos mas base do selecionado, caíram em um grupo muito dificil, e nem a boa campanha e a defesa sólida das Eliminatórias foram o suficiente para levar a seleção mais adiante na competição. O time caiu no grupo da morte em 2006, com Argentina, Holanda e Costa do Marfim, o resultado foi a eliminação na primeira fase com três derrotas 1 x 0 para a Holanda na estreia, depois 6 x 0 para a Argentina e 3 x 2 para a Costa do Marfim.
Nas Eliminatórias para a África do Sul 2010, a Sérvia conseguiu vaga direta ao ser a campeã do Grupo 7, deixando na repescagem a tradicional França. O grupo ainda tinha Áustria, Romênia, Lituânia e Ilhas Faroe. A Sérvia conquistou 22 pontos, 7 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, marcou um gol para cada ponto conquistado e sofreu apenas 8.

A seleção 20ª colocada no ranking da FIFA é treinada por Radomir Antic, e tem bons jogadores e um futebol ofensivo que por vezes foi apelidado de “Brasil da Europa”. O time joga num 4-4-2 e pode atuar também no 4-3-3. Os principais destaques e que devem figurar em terras sul-africanas são:

Goleiro: Vladimir Stojković , jogador de 26 anos e que atua no Sporting Lisboa foi o titular na maior parte das Eliminatórias.

Defensores: Na linha defensiva os sérvios tem jogadores de respeito no futebol europeu, é o caso de Branislav Ivanović jogador que defende o Chelsea (ING), Nemanja Vidić jogador do Manchester United (ING) e o experiente Ivica Dragutinovic do Sevilla (ESP).

Meio-campistas: no meio-campo o destaque principal é Dejan Stanković da Inter de Milão (ITA), o jovem Zdravko Kuzmanović jogador do Stuttgart (ALE), Miloš Krasić do CSKA Moscou (RUS).

Atacantes: Milan Jovanović do Standard Liége (BEL), Marko Pantelić do Ajax (HOL) e o gigante Nikola Žigić de 2,02 m jogador do Valência (ESP).



Palpite: Se não cair no grupo da morte, a Sérvia postulará a vaga para as oitavas-de-final.