sábado, 24 de janeiro de 2009

Copa São Paulo, pressão, simplicidade...

A Copa São Paulo de Futebol de Júnior está em sua reta final, mas o título é o que menos importa para os clubes, o que vale mesmo é revelar talentos e saber se eles têm potencial para jogarem na equipe profissional.. Para os garotos, os objetivos são dois: uma vaga na equipe profissional ou a contratação por um grande clube. Mas, esta obsessão em demonstrar talento é prejudicial para eles e para o futebol porque eles sentem necessidade de aparecerem para o jogo a todo instante e de que sempre é preciso dar um toque ou um drible a mais, como conseqüência disto, a marcação chega e eles perdem a bola, quando o necessário é dar apenas um toque.

A genialidade passa por um simples toque e não por firulas excessivas. No futebol atual, o Kaká é um jogador que faz a diferença por ser simples. O meia russonero sabe das suas limitações, sabe que não tem a habilidade de Ronaldinho Gaúcho ou Cristiano Ronaldo, e por isso explora os atributos que possui de melhor: força e velocidade.

A pressão nos jogadores da Copinha, e de qualquer campeonato de junior, é desnecessária e prejudicial ao futebol brasileiro. Os dirigente não se importam com os títulos, mas os técnicos querem o caneco a qualquer custo. Formações extremamente defensivas não contribuem nada para o surgimento de jogadores habilidosos. Prova de que o título não é importante é o número de jogadores que se destacaram no profissional do atual campeão, Figueirense. Quatro atletas foram negociados a baixo custo e nenhum obteve sucesso no profissional. Outro exemplo é o Cruzeiro, campeão brasileiro de júnior em 2008. A equipe era forte e bem postada defensivamente e sem talentos na frente. O resultado foi o não aproveitamento de nenhum jogador no ano. É mais fácil você ensinar um craque a marcar do que um perna-de-pau a driblar

A Copinha revelou bons talentos em 2009, mas nenhum excepcional. Meu destaque é o meia Bernardo, do Cruzeiro, que joga simples e que tem um excelente chute. O garoto na bola parada é letal. Alguns outros também se destacaram como Oscar e Henrique(São Paulo), Felipe(Palmeiras), Wesley(Grêmio) e o goleiro Cestaro(Vasco).

Os técnicos deveriam ter uma preparação melhor e que passassem algumas instruções mais úteis. Falar da importância da simplicidade em alguns momentos no futebol, da necessidade do espetáculo e de driblar na hora certa. O futebol é interessante e apaixonante por causa do drible, acho até que o Kaká poderia ser mais ousado e que enfeitasse algumas jogadas, isso não atrapalharia nem um pouco a sua objetividade, mas isso é para poucos e assunto para uma outra postagem.

2 comentários:

Anônimo disse...

e o guilherme 2008 e agora vendido nao foi nada,,,, ai nao né

Anônimo disse...

e o cruzeiro nao foi campeao em 2008 .. e sim em 2007..... ano ki o guilherme foi pro time principal... juntamente com paulinho.. só ki paulinho nao vingou