sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Que venham mais mudanças

A pós-temporada da Fórmula Um vem se mostrando mais movimentada do que o esperado. Tudo isso porque, as novidades não ficaram restritas às contratação e ao troca-troca de pilotos.
Após muitos dias de especulações, essa semana, o circo pegou fogo e anunciou mudança no sistema de pontuação, alteração do calendário e mais um brasileiro para o grid de 2010.
O novo formato dos pontos não deve trazer grandes diferenças. O primeiro colocado vai faturar 25 pontos, e os próximos nove pilotos levarão 20-15-10-8-6-5-3-2-1. Em termos de estatísticas, dá no mesmo, uma vez que, o segundo colocado vai continuar levando 80% dos pontos do primeiro e o terceiro, 60%.
A FIA quer agradar as equipes novatas, que agora são muitas. Por isso, decidiu que dez pilotos vão pontuar a cada corrida. Não é nenhum absurdo, se pensarmos que, esse ano, a categoria tinha 20 pilotos e oito pontuavam, ou seja, 40% marcavam pontos. Para 2010, dos 26 pilotos, 10 pontuarão, ou seja, aproximadamente 38%.
Se a FIA está interessada em aumentar o interesse por ultrapassagens, como diz que está, errou feio. O segundo colocado vai ficar receoso de tentar o primeiro lugar da mesma forma que acontece desde a última mudança na pontuação. Mas dos males o menor, a comissão da Federação conseguiu tirar da cabeça de Bernie Ecclestone que as medalhas são inviáveis.
Em relação à mudança da data do Grande Prêmio do Brasil, pelo segundo ano consecutivo, a etapa brasileira vai ser a penúltima, no dia 7 de novembro. A organização da prova de Interlagos aceitou, Abu Dhabi permanece encerrando o calendário. Além do que, em uma temporada cheia de mudanças, quem garante que o título só vai ser definido na última prova?


Por fim, a notícia que estampou todos os sites e jornais: Lucas Di Grassi assinou contrato com a Manor. O brasileiro fez o certo e deixou a Renault de lado. Lucas já estava esperando uma resposta da equipe francesa, mas com o chove-não-molha do time, preferiu a equipe novata. E ele está certo. A Renault vai vender 75% de suas ações e pode virar Prodrive. Se a equipe já não estava bem sob o comando de Briatore e com Alonso fazendo milagre com os carros, o próximo ano pode reafirmar que a má fase do time não é passageira.
Di Grassi vai ser o quarto brasileiro da temporada de 2010. A última vez que vimos quatro brasileiros na abertura da temporada foi em 2001, com Rubens Barrichello, Enrique Bernoldi, Luciano Burti e Tarso Marques. Lucas vai ser companheiro de Timo Glock, o que é bom, pois o alemão não é dos mais experientes e pode ser mais facilmente batido pelo brasileiro.
Quem pensava que Bruno Senna que iria pagar para correr se enganou: Di Grassi vai levar muito dinheiro para a Manor. O brasileiro vai ser patrocinado pela Unilever (que aliás, já estava o patrocinando desde o Desafio das Estrelas e das 500 Milhas da Granja Viana). Lucas vai estrear na categoria após dois anos batendo na trave e voltando para a GP2. Sorte ao brasileiro e à Manor.

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