sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Goiás vive o mesmo trauma de três anos atrás. Derrota para Cerro lembra jogo contra Estudiantes

No jogo que começou ontem e só terminou hoje o Goiás reviveu um passado que não agrada muito o torcedor esmeraldino. Por mais que o clube esteja disputando até mesmo um título no Campeonato Brasileiro, não dá para esconder que para diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida a Copa Sul-Americana tem muito valor. Enfrentar o time reserva do Atlético Mineiro, de fato é algo irrelevante. Mas quando a equipe esmeraldina passa a representar um país à importância do jogo passa a ser maior.

Na Copa Libertadores de 2006 o Goiás fez o primeiro jogo das oitavas de final fora de casa contra o Estudiantes. O técnico na época Geninho e ele escalou o time com três zagueiros (Leonardo, Rogério Corrêa e Júlio dos Santos) e com três volantes (Fabiano, Danilo Portugual e Vampeta).

Ontem Hélio dos Anjos também usou três zagueiros (Leandro Eusébio, João Paulo e Ernando) e três volantes (Amaral, Fernando e Ramalho). O resultado foi o mesmo nas duas partidas. Quando os times da casa, Estudiantes e Cerro Portenho, decidiram pressionar marcaram dois gols. Placar final de dois a zero para os estrangeiros.

Contra o Estudiantes o Goiás tomou dois gols em 16 minutos, Gálvan as 35 e Calderón aos 46 do segundo tempo. Contra o Cerro Portenho o time goiano tomou dois gols em 14 minutos, Júlio dos Santos aos 7 minutos e Herner aos 20 minutos do segundo tempo.

Em 2006 Souza e Leonardo foram expulsos no primeiro jogo das oitavas e ontem foi à vez do ala Vítor.

Os dois resultados mostram a inexperiência que o Goiás ainda tem jogando competições internacionais. É o caso do clube em si como também de alguns jogadores. No time que jogou ontem poucos têm experiência em competições internacionais.

Contra o Cerro o meio campo errou muitos passes. Vítor não fez boa partida pelo setor direito e Zé Carlos tomou um baile do principal jogador do time paraguaio, Irrazábal. Foi pelo lado esquerdo da defesa esmeraldina que saíram os dois gols do jogo, em dois cruzamentos de Irrazábal. No segundo gol o zagueiro Leandro Eusébio fez o que nenhum zagueiro pode fazer na grande área, preocupar apenas com a bola deixando o atacante livre.


Em 2006, no jogo da volta, Geninho armou um time com três atacantes (Roni, Nonato e Wellington), mas o desespero em busca de marcar pelo ou menos dois gols, resultou em um gol levado aos 31 minutos do segundo tempo. Resultado final de três a um para o Goiás que deu a classificação para os argentinos.

O time de Hélio dos Anjos tem chances sim de reverter à vantagem no estádio Serra Dourada. Mas o time terá que adquirir tranqüilidade e mais experiência para um jogo de mata-mata. Se Fernandão e Iarley jogarem, o ataque do clube esmeraldino terá essa experiência. Porém, a defesa, exceto o goleiro Harlei, não terá como acumular tanto aprendizado em apenas uma semana.

O jogo da volta será na próxima quinta-feira as sete e quinze da noite.


Escalação do Goiás na 1º partida contra o Estudiantes em 2006
GOIÁS
Harlei; Leonardo, Rogério Corrêa e Júlio Santos; Cléber, Fabiano, Danilo Portugal, Vampeta (Cléber Gaúcho) e Jadílson (Aldo); Roni (Nonato) e Souza
Técnico: Geninho

Escalação do Goiás na partida contra o Cerro Portenho
GOIÁS
Harlei; Ernando, Leandro Euzébio e João Paulo; Vítor, Fernando (Everton), Amaral, Ramalho (Fernandão), Léo Lima e Zé Carlos; Felipe
Técnico: Hélio dos Anjos

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